Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Não é só a grande mídia brasileira a distorcer fatos"

Osmar Terra reage às manchetes internacionais sobre o atentado contra Donald Trump

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Senadores veem ‘teatro’ de Pacheco com anistia

Assim como na Câmara, poucos senadores acreditam que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não leve adiante a proposta que perdoa partidos que não cumpriram repasses mínimos para candidatos pretos e pardos em eleições anteriores. Entre deputados, inclusive, há irritação com o discurso de Pacheco, se afastando da proposta. À coluna, quatro líderes avaliam que o suposto “freio” na tramitação do projeto é blefe, com risco de ser votado nesta terça (17) na Comissão de Constituição e Justiça.

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A quem interessa

“É um golpe contra a sociedade, né? E só interessa aos caciques, aos donos de partidos”, diz Eduardo Girão (Novo-CE), contrário ao texto.

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Excluído

“Tudo pode acontecer inclusive de nada, né?”, diz Plínio Valério (PSDB-AM), ao se queixar que os senadores são alijados da decisão.

Pedra cantada

É lembrado que Pacheco inicialmente se dizia contra os R$5 bilhões do fundão, mas, com aprovação mais do que prevista, colocou na pauta.

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Canal direto

Senadores duvidam que Pacheco rejeite a pauta que interessa inclusive ao partido dele. Relatam pressão direta entre partidos e Mesa Diretora. 

Ministro do TCU julga caso defendido pelo filho

O Tribunal de Contas da União (TCU) julga hoje (17) pedido do Ministério Público junto ao próprio tribunal para que a corte de contas públicas julgue a disputa entre a J&F – dos irmãos Batista – e a Paper Excellence pelo controle da Eldorado Celulose. Todas empresas privadas. A Paper comprou a Eldorado em 2017 dos irmãos Batista, que desde então se recusam a entregar o controle da empresa. O filho do ministro Aroldo Cedraz, relator do caso, advogou para a J&F na audiência de arbitragem.

De volta

Após ser alvo da Op. E$squema S e deixar o Brasil, Tiago Cedraz virou representante dos irmãos Batista na arbitragem contra a Paper, em 2022.

Apelou, perdeu

A audiência de arbitragem deu ganho de causa à Paper Excellence. A J&F depois passou a tentar desqualificar o resultado na Justiça paulista.

Nada a ver

A questão chegou ao TCU após o STF anular a multa de R$10,8 bilhões oriunda do acordo de leniência do grupo dos irmãos Batista, alvo da PF.

Autonomia do BC

Até o fim da tarde desta terça-feira (16), senadores de centro e de oposição descartavam acordo com o governo Lula (PT) para alterar o relatório final do projeto que amplia a autonomia do Banco Central.

Placar apertado

Relator da PEC da autonomia financeira do BC no Senado, Plínio Valério (PSDB-AM) prevê placar apertado na Comissão de Constituição e Justiça: 13 a 13 ou 14 a 12 para um lado, mas sem arriscar qual.

Corte sem corte

Lula será obrigado a bloquear ao menos R$10 bilhões das contas só este mês para que o governo petista consiga cumprir a meta fiscal este ano. Mas o valor necessário para cobrir o buraco é superior a R$20 bilhões.

Sem acessibilidade

Levantamento BigDataCorp e do Movimento Web para Todos captou piora na acessibilidade de sites governamentais brasileiros. Das páginas mapeadas, 90% apresentam algum problema de acessibilidade.

Taxa Humana

Parou na Times Square um dos memes do Fernando Haddad (Fazenda) por causa da sanha arrecadatória do ministro. Por lá, foi a imagem do “Taxa Humana”, alusão ao Tocha Humana, personagem dos quadrinhos.

Turbinou

Enquanto Joe Biden pena para conter debandada de doadores para campanha presidencial nos EUA, Donald Trump ganhou um aporte de peso. Elon Musk prometeu US$45 milhões por mês para o republicano.

Tá difícil

Há oito dias nenhuma pesquisa nacional nos EUA aponta vitória de Joe Biden, que disputa contra Donald Trump a presidência do país. Até a vice Kamala Harris, que ensaiou substituir o chefe, aparece atrás.

Ponte JK

Brasília colocou a belíssima Ponte Juscelino Kubitscheck na lista das “27 pontes mais bonitas do mundo”, da revista norte-americana de viagens Condé Nat Traveler. É a única brasileira na lista.

Pensando bem...

...orçamento secreto virou “emenda vetada pelo STF”.

PODER SEM PUDOR

A Batalha de Itararé

O ex-presidente FHC ainda se diverte quando lembra o dia em que destacou o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, aquele do escândalo Sivam, para atuar como mediador da crise Peru-Equador. “Engalanado e investido de poderes plenipotenciários”, recordou-se FHC, divertido, papeando com amigo, “ele não pôde cumprir a missão: acabou protagonizando uma autêntica Batalha de Itararé”, aquela que não houve. Ao desembarcar, foi acometido de uma diarreia que durou cinco dias.

     

ARTIGOS

O que podemos aprender com outros países sobre felicidade no trabalho

08/04/2025 07h45

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Somente em agosto de 2024, o Brasil começou a considerar como prioridade a saúde psicológica no ambiente de trabalho. Antes da mudança trazida pela NR-1, não tínhamos exatamente uma norma que classificasse o risco ocupacional, deixando para as companhias a responsabilidade de decidir o que é seguro para o colaborador, abrindo margem para descuido ou possíveis erros nesse tratamento. Segundo pesquisa realizada pela InfoJobs, 86% dos funcionários consideram a saúde mental um fator determinante para escolher trocar de empresa, o que reforça a importância desse assunto. 

Enquanto isso, outros países já estão mais avançados no tema. A Dinamarca, que está entre as nações do mundo que melhor equilibram vida pessoal e profissional, tem como diretriz a confiança nos trabalhadores. A Finlândia, também no ranking, trabalha com a filosofia de work life balance, na qual o ofício faz parte da vida, mas não é a prioridade. Já a Holanda, conhecida por sua cultura de trabalho baseada em produtividade sustentável, mostra que jornadas mais curtas podem aumentar a eficiência e o bem-estar.

Agora no Brasil, a NR-1 vai obrigar as empresas a mapear fatores que possam representar riscos psicossociais em suas estruturas organizacionais e gerenciar soluções que melhoram o ambiente de trabalho. A partir dessa nova diretriz, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) vai passar a implementar planos de ação mais abrangentes, que levam em consideração questões como assédio e violência no trabalho. Mas vale destacar que, para garantir o cumprimento da norma, a alta gestão precisa acompanhar de perto estratégias de áreas como comunicação interna, RH e T&D.

O relatório The Happiness Index, elaborado a partir de dados de 23 mil funcionários de empresas situadas no Brasil, mostrou que o índice nacional de felicidade é de 7,3 – contra 7,6 globalmente. A pesquisa dialoga com uma triste realidade: muitos trabalhadores não se sentem valorizados como indivíduos nem reconhecidos pelas suas conquistas, aspectos centrais da discussão sobre saúde mental, já que esses sentimentos levam ao burnout, à ansiedade e ao estresse. Portanto, é preciso que as companhias foquem na criação de políticas bem estruturadas, como horários flexíveis e incentivo ao bem-estar, que impactem diretamente na satisfação dos colaboradores.

Mas mudar a cultura interna e valores não depende só das novas regras e obrigações da NR-1. Uma pesquisa da Robert Half em parceria com a The School of Life concluiu que 70% da infelicidade está ligada diretamente aos chefes e os maiores agravantes são falta de plano de carreira, de um propósito e relacionamentos tóxicos. Dados como esses precisam servir de alerta para os líderes, que devem repensar sua gestão e a forma como lidam com os seus colaboradores.

Por fim, concluo que os exemplos globais nos mostram que priorizar a felicidade, a saúde e o bem-estar dos colaboradores traz benefícios para todos os lados, além de ajudar na criação de uma sociedade mais equilibrada e sustentável. Já passou da hora das organizações investirem de verdade em ambientes colaborativos, incentivando que os funcionários tenham voz ativa nas decisões estratégicas para que se sintam pertencentes e engajados – fatores fundamentais para a felicidade no trabalho.

ARTIGOS

O Brasil reabre as feridas da guerra, será?

08/04/2025 07h30

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As declarações do atual mandatário paraguaio, Santiago Penha, que apontam que a agência de inteligência brasileira espionou, entre 2022 e 2023, autoridades paraguaias, reacendeu uma ação desnecessária que apontou para as feridas não cicatrizadas da Guerra do Paraguai e de cujas memórias lutamos para borrar da história. A espionagem apontada precisa ser investigada com todas as cautelas recomendadas pela diplomacia dos dois estados nacionais.

O jogo de empurra entre o atual inquilino do Planalto e o seu antecessor sobre esse nefasto episódio precisa ser esclarecido, e quem tiver responsabilidade que pague com o seu quinhão político. Mas daí apontar que essa crise diplomática reabriu as feridas da Guerra do Paraguai precisa ser questionada com base científica relatada pela História. Nesse aspecto o mandatário paraguaio errou.

O nosso país não fomentou a guerra. O seu embrião remonta a José Gaspar Rodrigues de Francia, o primeiro mandatário paraguaio que, ao adotar a política do isolacionismo, transformou o Paraguai na maior força econômica e militar do nosso continente, mas sem saída para o mar, não podia escoar sua produção. Essa política avançou com Carlos Antonio López (1844 e 1862), pai do Marechal Francisco Solano López, que à época estudava na França e se empolgara com as guerras napoleônicas.

Ao suceder o pai, Francisco traçou um plano desafiador. Construir o Paraguai marítimo e maior. Seu plano incluía parte do sul do então Mato Grosso uno, as províncias argentinas de Corrientes e Entre Rios e toda a Província Cisplatina, atual Uruguai, para onde transferiria a capital paraguaia. Era a tão sonhada saída para o mar. Seu plano belicoso voltou-se contra os seus próprios irmãos. Foi o começo da bancarrota de um país próspero e rico. E isso é o que está registrado nos anais dos livros pedagógicos de História ensinados para os nossos estudantes.

O embrião para esse ato de loucura foi o aprisionamento do Navio Marquês de Olinda. Navegava em paz pelas águas do Rio Paraguai em direção a Cuiabá. Não é da índole do povo brasileiro a inclinação para os atos de barbáries. Já somos o maior do nosso continente em área territorial. Mantemos uma relação diplomática respeitosa com todos os países ao redor do mundo.

Não temos problemas de linhas de divisa com nossos vizinhos. Brasil e Paraguai vivem atualmente um dos momentos mais lindos de suas histórias. Uma convivência pacífica e que enriquece as nossas ricas tradições. Os fatos falam mais que palavras. Uma quantidade enorme de estudantes brasileiros de todos os quadrantes do nosso território nacional estudam em universidades paraguaias.

Essa nova geração que busca a qualificação profissional jamais reacenderá antigas discórdias, discussões estéreis, feridas não cicatrizadas. Aqui, pelo lado da minha fronteira sempre linda e heroica, o nosso governador Eduardo Riedel embelezou a nossa linha internacional, dando um ar de civilidade para essa rica região. Um presente idealizado por Pedro Pedrossian. Juntas, as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero somam mais de 200 mil habitantes.

O nosso comércio é intenso, a nossa fronteira está aberta para receber os homens de bem e não precisamos de documentos para ultrapassarmos as linhas de divisa. Nossos jovens se casam entre si e formam suas famílias e as nossas autoridades se respeitam mutuamente.

Porto Murtinho, terra sagrada do meu amigo e colega da Faculdade de Direito de Campo Grande (Fucmat) e do Ministério Público de MS, Heitor Miranda dos Santos, é a nossa sentinela mais avançada a afiançar o nosso propósito. Pelo seu território sagrado, encontraremos o tão sonhado caminho para o Pacífico. Um sonho de todos, esperança maior do valoroso povo paraguaio.

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