“Não existe ninguém insubstituível. Tem muita gente no momento muito mais competente do que eu, mas não tem conhecimento nacional que eu tenho”,
de JAIR BOLSONARO // sobre possível resultado da CPI.
Passado pouco tempo na casa nova onde está morando em Brasília, no Jardim Botânico (foi escolhida e mobiliada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro), Jair Bolsonaro já está procurando outra casa. Não gostou do tamanho (400 m²).
Mais: também não gostou do barulho e nem das condições para receber uma visita. Um de seus advogados, Marcelo Bessa, diz que “é um imóvel que não condiz com um presidente”, seja lá quais forem as condições básicas para isso.
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Alternativa
Com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, totalmente blindada no cargo, emissários de Lula sondaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, agora um pouco recuado pelas denúncias envolvendo equipamentos robóticos em Alagoas, sobre a possibilidade de seu grupo indicar um titular para o Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Wellington Dias e que controla o maior orçamento na Esplanada (inclui o Bolsa Família, principal vitrine eleitoral de Lula). Dias é aliado de primeira linha do presidente e o Piauí foi o estado que deu, proporcionalmente, mais votos a ele em 2022.
NOVO POSTO
Enquanto o governo discute a transferência do Ministério do Desenvolvimento Social, com o Bolsa Família incluído para um indicado de Arthur Lira, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann defende que o atual titular Wellington Dias assuma a Casa Civil no lugar de Rui Costa. Gleisi aproveita para jogar mais óleo fervente na fritura de Costa, de quem o mesmo Lira, já pediu a cabeça. Lula não considera Rui Costa tão intocável quanto a ministra Nísia Trindade, mesmo até há pouco tempo o chamando de “Dilma de calças”, apostando em sua competência.
Eu, não!
A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) considerou que o depoimento do coronel Jean Lawand Junior na CPMI de 8 de janeiro “foi uma mentira do começo ao fim”. Ele disse que as mensagens que enviou para Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens de Jair Bolsonaro, tinham a intenção de pedir a ele que o presidente fizesse algo para apaziguar os ânimos no país. E ressaltou que o país estava “um caos com paralisações em rodovias e precisava de uma manifestação de Bolsonaro”. De quebra, garantiu que “nunca defendeu um golpe de Estado”. Lawand estava de terno (exigência do Exército) e levou uma cola com respostas prontas.
REELEIÇÃO
Pode até parecer cedo demais: Lula, em conversas com mais chegados, já fala em sua reeleição. Potenciais candidatos da direita ao Planalto já incomodam o presidente, ele traça planos para abatê-los ainda na estrada. Os alvos preferenciais são os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e de Minas Gerais, Romeu Zema. Uma das estratégias está sendo criada no gabinete do ministro Renan Filho (Transportes) com a participação de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Será um investimento, neste ano, de cerca de R$ 1,6 bilhão em obras de rodovias federais em Minas Gerais.
Recurso à OEA
A defesa de Jair Bolsonaro pretende recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA caso se confirme sua condenação pelo TSE. A defesa do ex-presidente em especial o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, já fez consultas ao Tribunal, onde contaria com um interlocutor privilegiado. É o advogado Rodrigo Mudrovitsch, um dos sete juízes da Corte Interamericana, indicado pelo próprio Bolsonaro. No processo, o ex-presidente alegará que é alvo de perseguição política e de não ter direito a ampla defesa. As chances da argumentação vingar são mínimas.

Permaneceu firme
A cantora, atriz, produtora, autora de livros infantis e empresária Jennifer Lopez, 53 anos, contou a revista Vogue mexicana, no qual é capa e recheio, que sua carreira de atriz só deu certo porque foi persistente. “No começo, acho que só consegui papéis em que tinha sotaque. E então nós mudamos gradualmente porque eu me mantive firme”. Ainda bem porque está fazendo um sucesso estrondoso na série The Mother, na Netflix. Com origem hispânica, filha de porto-riquenhos (apesar de ter nascido em Nova York) garante que tem muito orgulho de sua representatividade latino-americana na frente das câmeras e na indústria fonográfica, e que isso abriu as portas para outros artistas. “Adoro que a comunidade latina seja vista como uma comunidade economicamente forte que as pessoas querem frequentar, ver e ouvir. Acho que isso mudou ao longo dos anos, o que, do meu ponto de vista, foi emocionante de ver. Lembro-me de quando comecei, era eu e depois Ricky Martin e Shakira, entrando no mercado inglês, e que coisa boa! Isso nos deu muita exposição, que vive até hoje. Ver e ouvir que a música em espanhol é um sucesso mundial é emocionante. Acho que estamos em um momento muito bom”. Sobre seu lado empreendedora foi direta: “Acho que os artistas estão finalmente percebendo seu verdadeiro valor, porque estamos em uma era tão empreendedora, entendemos o peso que trazemos às coisas, em vez de deixar que todos tirem vantagem de nós e usem nosso nome - estamos nos apropriando disso”.
Um outro arraial
No sábado (1º de julho), acontecerá em um clube de Brasília, a festa julina “Arraiá do PT”, com muita canjica, quentão, muita comida típica - e casamento caipira. A confirmação de que Lula comparecerá com a primeira-dama Janja fez a procura dos convites aumentar muito. O próprio presidente comprou seu convite, quando Gleide Andrade, secretária nacional de finanças do PT foi convidá-lo. Os convites custam entre R$ 350 e R$ 5.000. As entradas mais caras, contudo, não dão direito a privilégios. Os valores arrecadados irão financiar iniciativas político-partidárias. Nos tempos de seus dois primeiros governos, Lula é quem organizava a festa na Granja do Torto. Ele usava camisa xadrez, chapéu de palha e Marisa Letícia, primeira-dama da época, era a noiva do “casamento caipira”. Agora, Lula e Janja não deverão repetir a façanha (ela até toparia).

Sempre lembradas
As atrizes Luciana Vendramini, afastada da TV aberta desde a novela Espelho da Vida (2018) e Giselle Tigre que interpreta Ada na novela Reis (Record), sempre são lembradas pela interpretação de Dra. Marcela e Marina na novela Amor e Revolução (SBT, 2011) quando protagonizaram o segundo beijo entre duas mulheres, numa rede aberta, que durou 30 segundos. Antes delas somente Vida Alves e Geórgia Gomide no teleteatro Calúnia, na TV Tupi em 1962, teve uma cena de beijo entre as duas personagens. E no dia do Orgulho LGBTQIAPN+ (28) elas fizeram uma live juntas e anunciaram a novidade com um mini ensaio feito pelo fotógrafo Renato Moraes. “É por meio do entendimento, do diálogo e da empatia que a sociedade galga passos em direção a evolução do direito à liberdade de amar sem ser estigmatizado e isso está cada vez mais sendo retratado na arte”, frisou Vendramini.
Vendendo o Brasil
A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) será peça-chave na delegação brasileira que participará da reunião de cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a União Europeia, marcada para os dias 17 e 18 de julho, em Bruxelas. Terá uma agenda de encontros com autoridades da área do meio ambiente da comunidade europeia. No Planalto, a expectativa é que a ministra de maior prestígio internacional do governo Lula volte da Bélgica com novos investimentos em ações ambientais e até mesmo transição energética no Brasil.

Afago
O Planalto cogita nomear o atual embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro, para o comando da PPSA. À frente da estatal do pré-sal, que vai ganhar novo fôlego na gestão Lula após ser escanteada por Jair Bolsonaro. Carreiro teria, por exemplo, a missão de conduzir o programa de aumento da oferta de gás natural, já anunciada pelo governo. Não é de hoje que o Planalto buscas um cargo para repatriar Carreiro e fazer um afago a José Sarney, seu tutor político. Outra hipótese e aninhar o embaixador e ex-ministro do TCU na diretoria de relações institucionais da Petrobras.
Alternativa
Com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, totalmente blindada no cargo, emissários de Lula sondaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, agora um pouco recuado pelas denúncias envolvendo equipamentos robóticos em Alagoas, sobre a possibilidade de seu grupo indicar um titular para o Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Wellington Dias e que controla o maior orçamento na Esplanada (inclui o Bolsa Família, principal vitrine eleitoral de Lula). Dias é aliado de primeira linha do presidente e o Piauí foi o estado que deu, proporcionalmente, mais votos a ele em 2022.
NOVO POSTO
Enquanto o governo discute a transferência do Ministério do Desenvolvimento Social, com o Bolsa Família incluído para um indicado de Arthur Lira, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann defende que o atual titular Wellington Dias assuma a Casa Civil no lugar de Rui Costa. Gleisi aproveita para jogar mais óleo fervente na fritura de Costa, de quem o mesmo Lira, já pediu a cabeça. Lula não considera Rui Costa tão intocável quanto a ministra Nísia Trindade, mesmo até há pouco tempo o chamando de “Dilma de calças”, apostando em sua competência.
Eu, não!
A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) considerou que o depoimento do coronel Jean Lawand Junior na CPMI de 8 de janeiro “foi uma mentira do começo ao fim”. Ele disse que as mensagens que enviou para Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens de Jair Bolsonaro, tinham a intenção de pedir a ele que o presidente fizesse algo para apaziguar os ânimos no país. E ressaltou que o país estava “um caos com paralisações em rodovias e precisava de uma manifestação de Bolsonaro”. De quebra, garantiu que “nunca defendeu um golpe de Estado”. Lawand estava de terno (exigência do Exército) e levou uma cola com respostas prontas.
REELEIÇÃO
Pode até parecer cedo demais: Lula, em conversas com mais chegados, já fala em sua reeleição. Potenciais candidatos da direita ao Planalto já incomodam o presidente, ele traça planos para abatê-los ainda na estrada. Os alvos preferenciais são os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e de Minas Gerais, Romeu Zema. Uma das estratégias está sendo criada no gabinete do ministro Renan Filho (Transportes) com a participação de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Será um investimento, neste ano, de cerca de R$ 1,6 bilhão em obras de rodovias federais em Minas Gerais.
Recurso à OEA
A defesa de Jair Bolsonaro pretende recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA caso se confirme sua condenação pelo TSE. A defesa do ex-presidente em especial o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, já fez consultas ao Tribunal, onde contaria com um interlocutor privilegiado. É o advogado Rodrigo Mudrovitsch, um dos sete juízes da Corte Interamericana, indicado pelo próprio Bolsonaro. No processo, o ex-presidente alegará que é alvo de perseguição política e de não ter direito a ampla defesa. As chances da argumentação vingar são mínimas.
Contra o terrorismo
O Ministério da Justiça está discutindo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos um acordo de cooperação voltado especificamente ao combate à chamada criminalidade complexa. Entram nesse rol, entre outras modalidades, os crimes cibernéticos, a lavagem de dinheiro e o terrorismo. Este último é o ponto mais sensível para os norte-americanos. Os Estados Unidos miram, sobretudo, na Tríplice Fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. Há algum tempo, investigações internacionais apontam a atuação de células ligadas a grupos terroristas na região. Os norte-americanos querem incluir na batalha integrantes do Bureau of Counterterrorism, agência de combate ao terrorismo no exterior.
“QUAISQUER”
Com sinais de depressão e se esforçando em fazer piadas fora da hora, Jair Bolsonaro tem dedicado os últimos dias a dar entrevistas em que reforça que “nunca pensou em dar golpe” e que o TSE “não pode cassar um presidente”. Está economizando novos ataques aos sistema eleitoral (com direito a algumas recaídas) e anda cismado – e sem entender muito seu significado – com a palavra “quaisquer”. E acusa apoiadores do atual governo pelo quebra-quebra de 8 de janeiro. Mais: repete que sua mulher Michelle Bolsonaro pode disputar o Senado em 2026, mas a Presidência, não. “Ela não tem experiência”.
MISTURA FINA
O GOVERNO acha que deveria ter mais poder de mando na Vale, privatizada em 1997. Parte do PT, Lula incluído, defende que ela deveria funcionar devidamente alinhada aos “interesses estratégicos nacionais”. O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo (R$ 55 milhões de salário em 2021) não gosta da ideia e ficou assustado quando lhe disseram que o governo estudava o nome de Guido Mantega para substituí-lo.
A CPI do MST deve exibir nas próximas sessões um vídeo mais que surpreendente considerado “um tesouro” pelos integrantes da comissão que apura atividades criminosas de propriedades rurais e outras invasões. No vídeo, confirmado pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI, um sem-terra aparecia afirmando que o deputado Valmir Assunção (PT-BA) estaria tomando R$ 125 mil mensais de assentados do MST no Estado. Assunção duvida que o vídeo exista.
NINGUÉM acreditou no teor amigável da foto de Alexandre Padilha, Rui Costa e José Guimarães em almoço no Itamaraty. Os três compõe o tripé da problemática articulação política do Planalto na Câmara. Padilha é acusado de arrogante e de fazer só o que Lula gosta; Costa tem sido bombardeado por parlamentares e chamado de “inoperante”; e Guimarães, dependendo do movimento interno do PT, pode virar o novo ministro da Articulação.
DEPOIS da quinta visita do presidente Alberto Fernández, da Argentina, ao Brasil, nesta semana, a secretária de Energia do país argentino, Flávia Royón, desembarca em Brasília nos próximos dias. Na agenda, duas missões: negociar com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um acordo de compra de gás do Brasil e acertar detalhes e o encaminhamento do possível empréstimo do BNDES à construção do gasoduto Nestor Kirchner.
TRÊS meses após se tornar alvo de ações por ter usado as instalações da Empresa Brasil de Comunicação para fazer uma transmissão ao vivo, a primeira-dama Janja acaba de retomar o projeto “Papo de respeito”. Desta vez, preferiu se utilizar de uma estrutura caseira para a live. Do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, ela conversou com a ministra da Cultura, Margareth Menezes. Hoje, será a vez da influenciadora Nath Finanças: vai falar sobre o Desenrola, programa que possibilitará renegociação de dívidas. A audiência é que é o problema.
DURANTE o lançamento do Plano Safra 2023/ 2024 na terça-feira (27) o presidente Lula resolveu soltar o verbo contra a ditadura. Há quem garanta que ele estava mandando uma indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Esse país não tem aptidão para autoritarismo, não tem aptidão para voltar a ter ditadura. A nossa geração já derrubou uma ditadura uma vez e derrubou outra em 8 de janeiro. Quem quiser implantar ditadura, vá para outro lugar”.






