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CLÁUDIO HUMBERTO

"O governo está arrombando a população"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre rombo fiscal recorde de R$1,128 trilhão de Lula

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“O governo está arrombando a população”
Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre rombo fiscal recorde de R$1,128 trilhão de Lula

Governo acredita em avanço de pacote anti-STF 
A avaliação dentro do governo Lula é de que o pacote com propostas que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) tem tudo para avançar na Câmara e, mais do que isso, com votos da base governista.

Este já era o diagnóstico após a decisão do ministro Flávio Dino que pressionou o governo federal ao estipular 15 dias para que os ministros de Lula se virem e combatam os incêndios que destroem parte do País. Decisão de Alexandre de Moraes sobre o “X” agravou o quadro.

Por pouco
Na proposta sobre decisões monocráticas, tramitando na Câmara, só aos 45 do segundo tempo o governo conseguiu vista. Rejeição, impossível.

Sai pra lá
No caso de Dino, a expectativa era que o ministro empurrasse o abacaxi para os executivos estaduais, mas sobrou mesmo para o governo Lula.

Chove no molhado
Além do desgaste ao governo Lula, pouco muda. Boa parte do fogo está em área que não é da União e o pedido por Dino já estava sendo feito.

Interesse em alta
Outra proposta que ganhou atenção nos últimos dias é o fim do foro privilegiado, que retira do STF o julgamento dos parlamentares federais.

PL e PT são o que mais faturam multas eleitorais
Partidos que mais recebem verbas do fundão partidário e do fundão eleitoral, PL e PT também são os partidos que recebem os maiores valores decorrentes das multas eleitorais.

Tudo porque o “Fundo de Assistência Financeira a Partidos Políticos”, nome de batismo do fundão partidário, é constituído por verbas do Orçamento, doações eventuais e também por “multas e penalidades pecuniárias” aplicadas. O PL levou R$5 milhões pagos em multas eleitorais em 2024, e o PT, R$3,7 milhões.

Top 3
O União Brasil, que tem três ministérios na Esplanada de Lula, fecha o pódio com R$3 milhões oriundos de multas eleitorais.

Calma, piora
O pior é que partidos estão autorizados a usarem verbas do fundão para pagar suas dívidas, após a aprovação da PEC da Anistia dos Partidos.

Tem para todos
Rede e PV são os partidos que menos receberam verbas oriundas de multas eleitorais. Ainda assim, levaram R$321 mil cada.

Era ruim, mas era bom?
Se o STF e ministros como Alexandre de Moras têm tanta raiva do “tóxico” X, deveriam ter desativado suas contas na rede social. Mas as mantiveram até o banimento, e ainda pagando para que ser verificadas.

Escafedeu
Tanto quanto o escândalo denunciado pela Folha sobre os métodos de Alexandre de Moraes na investigação dos seus alvos, também sumiu do noticiário a reviravolta no barraco do aeroporto de Roma.

Cangaço baiano
A Polícia Civil baiana não descarta motivação política em atentado contra a prefeita de Aporá, Carine de Ataíde (Avante), que tenta a reeleição. O motorista da política foi atingido de raspão na cabeça, mas passa bem.

Paraná decola
O governador Ratinho Junior (PSD) celebrou os bons números do mercado de trabalho do Paraná, 120 mil novas vagas entre janeiro e julho deste ano. É o melhor saldo desde 2021.

Reação
A Câmara quer que o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) explique o motivo de o delegado federal Raphael Soares pedir ao “X” dados pessoas do deputado André Fernandes (PL-CE) sem ordem judicial.

Na agenda
No climão provocado pela falta de comunicação ao Senado da escolha de Gabriel Galípolo para o Banco Central, o senador Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, nem mesmo se falaram para marcar a sabatina.

Cadê o dinheiro?
Famílias de ao menos 52 municípios do Amazonas relatam atraso no pagamento do programa Criança Feliz. O não pagamento fez o deputado Adail Filho (Rep-AM) cobrar o ministro Wellington Dias.

Apagão vem aí
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) alerta que o Brasil pode parar. Lembra que 56% dos satélites operacionais são Starlink, de Elon Musk, “Até onde vai o ego, o orgulho e a vaidade de Alexandre de Moraes?”.

Pensando bem...
... geralmente poder político é submetido ao voto.

PODER SEM PUDOR

Medo do alto
Afonso Arinos de Melo Franco exercia o pior cargo para quem tinha pavor de avião: ministro das Relações Exteriores de João Goulart. Certa vez, ao concluir uma visita a Portugal, ele foi despedir-se do presidente anfitrião, Américo Tomás, que logo tocou no ponto fraco: “O senhor gosta de avião?” Ele admitiu: “Não muito, excelência.”

Ao invés de tranquilizar o chanceler brasileiro, Américo Tomás fez um comentário que o atormentaria durante todo o percurso de volta: “É, enquanto eles voam lá em cima, as oficinas continuam cá em baixo...”

CLÁUDIO HUMBERTO

"Comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre Guilherme Boulos, de extrema-esquerda, virar ministro

06/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Especialistas: liberar FGTS faz disparar inflação

A decisão de Lula (PT) de injetar R$12 bilhões na economia liberando o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), objetiva estimular o consumo, que o Banco Central luta exatamente para desestimular, e por isso deve fazer disparar a inflação, segundo os especialistas. Werton Oliveira, da Ekonomy Consultoria Econômica, confirma o risco na alta da inflação e prevê que isso pode fazer o BC alongar o ciclo de alta da taxa de juros, passando os 15%, algo que não acontece desde 2006”. 

Oferta e demanda simples

Oliveira explica que mais dinheiro circulando pode aumentar a demanda por bens e serviços, pressionando preços, caso a oferta não cresça.

Qualidade do gasto

Segundo João Fossaluzza, da EXP Empresarial, o efeito inflacionário dependerá da velocidade e destino do gasto pelos beneficiados.

Inflação de alimentos

Há risco elevado de que a liberação desses recursos pressione ainda mais a inflação, especialmente nos itens alimentícios, diz Fossaluzza.

Salários corroídos

Os especialistas concordam que o FGTS liberado pode aliviar famílias endividadas, mas a inflação corrói o poder de compra dos salários.

Ação em Londres contra Mastercard rendeu 74 reais

Decisão da Justiça de Londres, de há duas semanas, vem preocupando municípios mineiros e vítimas do desastre de Mariana. Tramitando havia 9 anos, ação de consumidores contra a Mastercard, terminou com o escritório de advocacia ganhando 18 milhões de libras (R$134 milhões), enquanto os lesados levaram só 10 libras (74 reais) cada. Os lesados sonhavam embolsar de 10 a 14 bilhões de libras, mas um acordo reduziu o sonho a 200 milhões. Temendo desfecho semelhante na ação contra a BHP em Londres, crescem as adesões ao acordo oficial no Brasil.

Municípios vazam

Até agora, já são vinte os municípios que optaram pelo acordo no Brasil, deixando escritório Pogust Goodhead (PG) falando sozinho. 

Prazo fatal próximo

Vence em duas semanas o prazo final para adesão ao acordo costurado pelo governo brasileiro com a indenização recorde de R$120 bilhões.

Contrato maroto

As cidades deixam a ação no Reino Unido após a PG tentar impor novo contrato com punição para quem receber dinheiro no acordo brasileiro.

Apenas maluquice

A plantação sobre o deputado de extrema-esquerda Guilherme Boulos na Secretaria Geral foi um “balão de ensaio”, mas a mídia ativista tenta viabilizar o que era “apenas uma maluquice”, como disse Lula a amigos.

Crime tem opinião

Juíza aposentada no Rio, que honrou a magistratura metendo poderosos bicheiros na cadeia, adora desfile na Sapucaí. E ironiza: “Não tem nada mais importante do que crítica social feita por bicheiro e traficante”.

Importância relativa

Os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores divulgaram com quatro dias de atraso uma nota conjunta sobre o prêmio ao filme “Ainda Estou Aqui” no Oscar. A ministra da Cultura estava ocupada faturando em shows carnavalescos. E diplomacia brasileira já foi mais ágil e atenta.

Palanque particular

Para não voltar à “planície” no Senado, após uma presidência medíocre, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) assumiu o comando da CCJ (Constituição e Justiça) e uma comissão (Defesa da Democracia) que ele próprio criou.

R$50 bi compartilhados

Cláudio Cajado (PP-BA), da Comissão Mista de Orçamento, defendeu os R$50 bilhões em emendas parlamentares para 2025 e compartilhar a execução orçamentária entre parlamentares e membros do Executivo.

Governo adora feriado

O assunto quente da semana do Carnaval na internet foi o futebol, aponta o Google Trends. Nada de política. Corinthians e Real Madrid dominaram as buscas, além do filme “Anora”, grande vencedor do Oscar.

Conta não fecha

Segundo as contas do próprio governo Lula, 13,6% da população (25,9 milhões) recebe algum benefício social em 2025. Após a isenção até R$5 mil, pagadores de impostos serão 10 milhões, diz estimativa da Unafisco.

Censores se animaram

O governo petista adorou previsão de projeto da senadora Damares Alves (Rep-DF) e ex-ministra de Bolsonaro punindo “estelionatário digital” que “prejudicar a honra e a imagem” de vítimas na internet. Já se discute usar o projeto – da oposição – na tentativa de censurar as redes sociais.

Pensando bem...

...tem balão de ensaio que sai furado de fábrica.

PODER SEM PUDOR

O salário do governador

José Aparecido de Oliveira governava o Distrito Federal, em 1985, e não conseguia trabalhar com o barulho de grevistas, diante do Palácio do Buriti. “Vou lá!”, decidiu, irritado. Atravessou a pista sozinho e encarou os manifestantes. “Quanto você ganha?”, provocou um deles, às suas costas. Aparecido se voltou encarando o sujeito, e disparou, dedo em riste: “O que você nunca vai ganhar, porque não gosta de trabalhar!” Os manifestantes caíram na gargalhada. Ele não sabia, mas o provocador era mais um desses grevistas profissionais. Com sua atitude, porém, Aparecido ganhou o respeito deles, obteve o fim da greve e daquele barulho infernal.

ARTIGOS

Mais uma fraude financeira que lesa milhares de brasileiros

05/03/2025 07h45

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No dia 25 de fevereiro, a Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal (PF) realizaram uma operação especial com foco na desarticulação de uma organização criminosa que usava a empresa Alpha Energy, com escritórios em Natal (RN) e Barueri (SP), como fachada para a prática de fraudes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

Apesar da forma de atuação dos operadores do esquema ainda não estar oficialmente relacionada a uma pirâmide financeira, considerada crime no Brasil, as investigações revelaram que o objetivo era semelhante: captar recursos de investidores com a falsa promessa de rendimentos muito além dos praticados no mercado, supostamente obtidos por meio da comercialização de créditos de energia solar.

De acordo com as investigações, os operadores do esquema conseguiram movimentar mais de R$ 150 milhões, com dinheiro investido por 6.300 pessoas de 732 cidades brasileiras. Pessoas essas que viram seus recursos serem transformados em imóveis, veículos de alto padrão e outros patrimônios para os investigados.

À frente da Alpha Energy estava Danilo Batista, já conhecido da PF por liderar a Manah Mineradora, uma suposta mineradora de ouro que agia com o mesmo modus operandi, ou seja, com a promessa de grandes retornos de investimentos para aqueles que aportavam recursos para a atividade de mineração de ouro divulgada fortemente pela empresa, inclusive com a participação de celebridades.

O que a operação da Alpha Energy e da Manah Mineradora muito tem de parecida é que, apesar de áreas diferentes – uma energia solar, a outra mineração –, ambas dependiam mais da entrada contínua de novos investidores do que suas ações verdadeiramente lucrativas, o que caracteriza um sinal claro de esquema Ponzi. 

Mais além, ambas infringiam os crimes contra o sistema financeiro, crime esses federais, como a oferta pública de investimento coletivo sem autorização de órgão regulador, bem como a oferta de rendimentos, ou seja, funcionando como uma instituição financeira sem autorização do órgão regulador.

O novo caso da Alpha Energy, por todos os números que envolve – tanto de vítimas quanto de localidades e cifras –, mostra que é mais um grave esquema de fraude financeira. As investigações avançam, 
e com elas é fundamental que se tenha um rigoroso acompanhamento das autoridades e do sistema de Justiça brasileiro.

Já há uma associação de consumidores lesados criada para o estudo de estratégia para uma ação civil pública, de modo que coletivamente se busque o ressarcimento de quem acreditou na energia solar como fator de acelerado enriquecimento, mas acabou por se tornar mais uma vítima dos cada vez mais sofisticados esquemas de fraude financeira no País.

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