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Plantar eucalipto é colher sustentabilidade

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O Dia da Árvore, celebrado anualmente em 21/9, tem um significado especial para o setor florestal. Além do momento de conscientização sobre a importância do papel das árvores no equilíbrio ambiental, é ainda um momento de refletir sobre a responsabilidade de atuar no ramo que cultiva árvores de forma responsável, com o compromisso de práticas que também preservam as florestas nativas existentes.

São as árvores, plantadas e nativas, nossas principais aliadas na redução das emissões de carbono necessárias para o planeta.

Segundo dados do último Boletim de Florestas Plantadas – elaborado pelo Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-MS) e divulgado no começo deste mês pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul) –, há pouco mais de 1,45 milhão de hectares de eucalipto cultivados. Essa quantidade faz parte dos mais de 9 milhões de hectares plantados no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro das Árvores (Ibá).

Em MS, o plantio de eucalipto tem se consolidado como uma peça-chave no desenvolvimento econômico no Estado, principalmente nas cidades localizadas na região da costa leste, na divisa com o estado de São Paulo, conhecida como Vale da Celulose.

O setor em constante expansão gera empregos diretos e indiretos em toda cadeia produtiva, o que promove diretamente o crescimento dos pequenos municípios no interior do estado com operações florestais. Além disso, o cultivo de eucalipto não apenas fortalece e desenvolve a economia local, mas também posiciona Mato Grosso do Sul como protagonista no cenário nacional.

Nos últimos anos, MS tem assumido a posição de um dos maiores polos de produção de eucalipto do Brasil. O que faz o Estado se sobressair é uma expansão que vem acontecendo de forma planejada e preocupada com as exigências ambientais.

Dentro da MS Florestal, levamos a sério a gestão eficiente de áreas plantadas, o controle de pragas e todas as adaptações a legislações ambientais rigorosas e o compromisso com práticas de manejo florestal sustentável.

No Vale da Celulose, é em Água Clara que está instalado o viveiro da MS Florestal, com capacidade de produção de 40 milhões de mudas anualmente. É no viveiro que o plantio de eucalipto começa, e são as práticas de lá que dão o tom de todo o cuidado e o esforço envolvidos no restante do processo de produção e das operações florestais.

Neste mês, o viveiro de mudas de Água Clara passou a operar com geração de energia sustentável, sendo o primeiro do Grupo RGE e de todo setor de florestas plantadas no Brasil a ser autossuficiente. O viveiro conta com uma usina fotovoltaica, com geração de energia inicial aproximada de 3.290 kWh por dia, composto por dois geradores, 1.820 placas solares e dois inversores distribuídos em uma área de 8 mil m².

É energia verde pura! Mas para além do viveiro, o eucalipto tem se destacado como uma das principais soluções para enfrentar desafios ambientais globais. É o tipo de árvore mais popular na produção de madeira e celulose, em função do seu potencial de rápido crescimento e adaptação a diferentes condições climáticas.

Por ser uma árvore de crescimento rápido, com capacidade de absorver grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera, é um aliado na mitigação do aquecimento global. Logo nos primeiros anos, florestas de eucalipto já são capazes de sequestrar carbono.

Além disso, o bom manejo do solo para o plantio, pode ser utilizado para a recuperação de áreas degradadas, uma vez que entre suas qualidades também está a rápida adaptação a solos pobres de nutrientes, o que faz do eucalipto uma excelente opção de reflorestamento.

Cada hectare de eucalipto plantado representa uma oportunidade não apenas econômica, mas de promover melhorias ambientais nos ecossistemas onde a cultura está inserida. Neste Dia da Árvore, celebramos não apenas a riqueza das florestas, mas também o compromisso de continuar promovendo práticas sustentáveis que respeitam e valorizam os recursos naturais.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Moraes está destruindo a reputação da Polícia Federal"

Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) após Moraes mandar a PF investigar quem usou o X

20/09/2024 07h00

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Deputados Câmara do DF esbanjam no exterior

Deputados distritais não tiveram o menor constrangimento ao impor ao brasiliense pagador de impostos a fatura de R$253 mil com diárias que suas excelências embolsaram enquanto batiam pernas fora do Brasil. Destinos não turísticos são descartados: o roteiro dos deputados inclui Suíça, França, Portugal, Estados Unidos, Canadá, México e Japão. São da transparência da própria Câmara Legislativa do DF os dados sobre a gastança no exterior de parlamentares eleitos para legislar no DF.

Torneira aberta

Da dinheirama entregue a suas excelências, R$227 mil foram só neste ano. O troco, R$25,9 mil, foi usado em duas viagens no ano de 2023.

Malas prontas

Doutora Jane (MDB) liderou a gastança usando R$52,3 mil em duas viagens: Japão e Estados Unidos, para onde embarca amanhã (21).

Por nossa conta

Iolando (MDB) recebeu 9 diárias e meia, no valor de R$26,7 mil, para passar uma bela temporada em Paris, por ocasião das Paraolimpíadas.

Valor de um Celta

Até junho, custaram mais R$83,2 mil as passagens dos deputados ao exterior, como a R$19,5 mil para Eduardo Pedrosa (União) ir aos EUA.

Faz-tudo de Joesley tenta melar negócio bilionário

Advogado de fé dos irmãos Batista, Francisco de Assis tem visitado o Rio para acompanhar a denúncia de “falsidade ideológica” contra Anderson Schreiber, árbitro que deu ganho de causa à Paper Excellence na disputa pela Eldorado Celulose. Francisco age para permitir aos Batista descumprir contrato de venda da Eldorado, melando a arbitragem. Mas o caso foi arquivado várias vezes pelo promotor Alexandre Themístocles: nada havia contra o árbitro. Repetiu a tática fracassada de São Paulo, ao inventar denúncia contra a Paper por “espionagem”, também arquivada.

Encrencados

Francisco se aliou a Ary Bergher, amigo de Marfan Vieira, todo-poderoso no MP do Rio. Ary e Marfan aparecem na delação de Sérgio Côrtes.

Velhos conhecidos

Ex-secretário de Saúde de Sérgio Cabral, Côrtes os acusou de negociar R$600 mil em propina. Marfan assessora o chefe do MP, Luciano Mattos.

Disfarce?

Antes de Mattos decidir se arquiva o caso, Francisco deu um mortal de costas: a J&F diz concordar em arquivar o inquérito que provocou. Hum...

Advogado anti-abuso

Um dos advogados constituídos por Elon Musk para representar a rede social X no Brasil, Sérgio Rosenthal é tido como grande crítico da metodologia da operação Lava Jato e “atos arbitrários de autoridades”.

Não deu as caras

Leitores da coluna souberam com antecedência da ausência de Lula na reunião-factoide de ontem (19) sobre incêndio. Ciente do esvaziamento, cancelou a presença e empurrou o abacaxi para Rui Costa (Casa Civil).

Hora do ‘mea culpa’

Lula deveria aproveitar o discurso na ONU para pedir perdão por nada ter feito para tentar impedir os incêndios, mesmo tendo sido avisado desde o começo do ano. Seria um sucesso. Mas não o fará.

Não é hora de passear

Se depender de Rodolfo Nogueira, Marina Silva (Meio Ambiente) pode desfazer as malas e desistir de ir aos Estados Unidos. O deputado quer sustar autorização para a ministra deixar o país no meio da crise do fogo.

Sem gestão

O deputado Evair de Melo (PP-ES) solicitou por requerimento para a CGU investigar indícios de crime do Ministério da Saúde no atraso na compra de vacinas e no prejuízo de R$260 milhões com doses da Coronavac vencidas. A repartição do Bessias deve ignorar a solicitação.

O que é crime

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) comparou a liberação para o porte de 40 gramas de maconha, que não rende punição, com o uso da rede social X (antigo Twitter): “é crime e será multado?!”.

Brasileiro é da paz

Pela pesquisa Datafolha de ontem (19), cresceu a rejeição a José Luiz Datena (PSDB), em São Paulo, após a agressão com uma cadeira contra Pablo Marçal (PRTB), cuja rejeição também aumentou.

É uma mãe...

Moisés Feltrin conseguiu uma boquinha daquelas: ganhou pensão vitalícia com salário de governador do Mato Grosso após passar 33 dias no cargo. O despudorado pagamento foi ordem do Supremo.

Pensando bem...

...já que nada faz por aqui contra os incêndios, Marina Silva decidiu exercer sua inapetência em Nova York.

PODER SEM PUDOR

Carcereiro gentil

Preso em 1964, Francisco Julião, das Ligas Camponesas, foi metido num cubículo da 2ª Companhia de Guardas, no Recife. Ele não passava bem e um oficial do Exército chamou um médico, que prescreveu apenas alimentação decente. Gentil, todos os dias o militar “contrabandeava” um litro de leite para Julião. E ainda lhe fez uma surpresa: levou-o para o banho, certo dia, em um inesperado encontro com outro preso político, Paulo Freire. Trocaram abraço, palavras, força. O oficial, o alagoano Carlito Lima, relatou a história em seu livro “Confissões de um capitão” (Garamond, Rio), prefaciado pelo ex-líder estudantil Vladimir Palmeira.

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Artigos

Independência financeira ou ilusão de liberdade?

Por Gregório José, Jornalista, radialista e filósofo

19/09/2024 07h45

Caminhos da vida

Caminhos da vida Arquivo

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No mês da nossa tão celebrada Independência, a Serasa nos brinda com uma pesquisa fresquinha que traça um diagnóstico de nossa autonomia... ou a falta dela. O Instituto Opinion Box conversou com 1.200 brasileiros, de todas as regiões e faixas etárias, para entender como andamos no quesito independência financeira. A resposta? Só 35% se consideram independentes. E o resto? Bem, o resto está aí, lutando para pagar as contas no fim do mês e sonhando com o dia em que os boletos deixarão de ser assombrações recorrentes.

Pagar as contas em dia e planejar gastos são os primeiros passos, certo? Ao menos é o que afirmam 48% dos entrevistados, que veem o ato de quitar as dívidas como um dos pilares dessa tal independência. Mas a ironia do nosso cotidiano não falha: 46% dos que se consideram independentes confessam que esse “sonho” os estimulou a contrair dívidas. Para muitos, a independência financeira acaba sendo um troféu de vidro – bonito de longe, mas fácil de quebrar.

Estamos brincando de independência com as regras de um jogo de tabuleiro sabotado. O brasileiro entra no mercado de trabalho, sai da casa dos pais, comemora o primeiro emprego ou a promoção, mas aí as contas chegam. E junto delas, a surpresa: autonomia? Não. É um convite ao endividamento. Somos um País em que a independência não se alcança, tropeça-se nela. E quase sempre com a cara no chão.

O brasileiro não sabe poupar, ponto. No Sudeste, 75% dizem que a independência financeira está a anos-luz de distância. E por que será? Porque controlar os gastos e planejar o orçamento são vistos como obrigações chatas, reservadas a um futuro incerto. Investir, economizar, planejar? Ah, isso fica para depois, quando der tempo ou quando sobrar dinheiro (spoiler: não vai sobrar).

E a pesquisa ainda oferece uma pitada de comédia trágica. Dos que conseguem sair de casa, casar, ter filhos ou se aventurar no primeiro emprego, muitos acabam nas mãos da dependência financeira. Isso sem contar os 49% que sentem culpa por ainda depender de alguém para pagar as contas. Culpa? É quase uma piada, como se viver no Brasil já não fosse um desafio financeiro diário.

Enquanto lá fora as economias funcionam em ciclos de crédito conscientes, por aqui, a gente ainda acredita que um carnê de 12 vezes sem juros é a chave para a liberdade financeira. E a “educação financeira”? Essa vai muito bem, obrigado... nos discursos, nas planilhas que ninguém usa e nos APPs que ninguém baixa.

Os brasileiros continuam a lutar pela sua independência financeira, mas, na prática, estamos todos jogando um Monopoly com regras que ninguém explica. E como já diriam nossos avós, o barato sai caro. O caminho para a autonomia exige mais do que pagar contas em dia. Demanda disciplina, planejamento e, quem diria, um pouco de sorte. Afinal, no país do “jeitinho”, ser financeiramente independente é, por enquanto, apenas um sonho para muitos e uma realidade frágil para poucos.

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