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Poluição do ar no Brasil

Por Gabriel Amadei, Gerente de Vendas para Plataformas Automotivas da Corning na América Latina

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Diversas cidades brasileiras têm enfrentado um desafio ambiental colossal: a poluição do ar. De acordo com o IQAir, empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar, o estado de São Paulo registrou por cinco dias consecutivos, entre 120 cidades monitoradas, o pior ar do mundo. Esse problema persistente também, já afetou várias outras regiões do País no último mês e é alimentado principalmente por duas fontes: as emissões de automóveis e a fumaça das queimadas.

As ruas da cidade estão perpetuamente cheias de carros, ônibus e caminhões. Cada um desses veículos libera, diariamente, uma quantidade significativa de gases poluentes no ar, incluindo monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e partículas finas. Esses poluentes degradam a qualidade do ar e contribuem para um amplo espectro de problemas de saúde, desde irritações respiratórias até doenças cardiovasculares.

Nesse contexto, a introdução de tecnologias de pós-tratamento de poluentes veiculares adotadas há alguns anos em outros países surge como uma alternativa para enfrentar essas problemáticas. Os catalisadores, por exemplo, são dispositivos que promovem a transformação química de gases poluentes em substâncias menos nocivas. Já os filtros de particulados são capazes 
de reter partículas finas presentes nos gases de exaustão, ajudando a reduzir a poluição atmosférica.

Em paralelo, as florestas brasileiras, especialmente a Amazônia e o Pantanal, têm experimentado um aumento alarmante nas queimadas nos últimos anos. A fumaça das queimadas, carregada de poluentes e partículas finas, pode viajar longas distâncias e afetar a qualidade do ar em áreas densamente povoadas, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

Essas duas fontes de poluição do ar interagem de maneiras complexas. Por exemplo, os gases emitidos por automóveis podem reagir com a luz solar para formar ozônio troposférico, um poluente perigoso. Quando combinado com a fumaça das queimadas, isso pode resultar em um “coquetel” tóxico de poluentes que reduz ainda mais a qualidade do ar, impactando diretamente na qualidade de vida e saúde das pessoas.

Além disso, ambos os tipos de poluição contribuem para a mudança climática, a qual, por sua vez, pode levar a um aumento na frequência e na intensidade de secas, ondas de calor e enchentes. Essas condições extremas aumentam o risco de incêndios florestais, criando um ciclo virtuoso entre poluição e mudança climática.

Para enfrentar efetivamente a poluição do ar, é urgente um esforço conjunto focado em reduzir as emissões de veículos 
e maquinários e prevenir as queimadas. Precisamos de leis mais rigorosas relacionadas ao tema, incentivos para o uso de transportes públicos ou de carros com tecnologias híbridas, adoção de tecnologias de pós-tratamento de poluentes e políticas de proteção florestal realmente eficazes. 

A saúde dos brasileiros, bem como do nosso planeta, depende de tais ações.

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Paradigmas, uma escada invisível

29/09/2024 05h00

Dijan de Barros - colunista de empreendedorismo

Dijan de Barros - colunista de empreendedorismo

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Formar um paradigma é como construir uma jaula invisível, onde as barreiras não são físicas, mas psicológicas, e muitas vezes, imperceptíveis. A fábula dos Macacos e da Escada ilustra de maneira contundente como modelos mentais se estabelecem e perpetuam, mesmo quando as condições iniciais que os criaram já não existem mais.

Como líderes e gestores, é crucial que compreendamos esse fenômeno para evitar que práticas obsoletas continuem a guiar nossas decisões e as de nossas equipes. Eu, Dijan de Barros, vejo isso como um dos grandes desafios na liderança moderna.

A Fábula dos Macacos e da Escada é a seguinte:

Uma experiência científica colocou um grupo de cinco macacos numa jaula e, no meio dela, uma escada e lá em cima um cacho de bananas. Quando um macaco começava a subir na escada para pegar bananas, um jato de água fria era jogado nos que estavam no chão.

Foi então que, depois de certo tempo, quando algum macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e batiam nele. Depois de algum tempo, apesar da tentação pelas bananas, nenhum macaco subia mais. É agora que começa o experimento. Os cientistas substituíram um dos macacos por um novo e a primeira atitude desse novo foi subir a escada.


Mas de pronto foi retirado pelos outros macacos, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada. Fizeram então com um segundo macaco, que foi substituído e, ao tentar subir a escada, foi também surrado pelos demais, inclusive pelo novato que o antecedeu, com o mesmo entusiasmo dos outros.

Trocaram o terceiro e o quarto e o mesmo aconteceu. Até que trocaram todos os macacos e o comportamento deles se manteve o mesmo. Ninguém ousava subir a escada porque era surrado pelos demais, mesmo sem nunca ter tomado um banho de água fria.

Os paradigmas são frequentemente sustentados por tradições e crenças que, em algum momento, foram eficazes, mas que, com o passar do tempo, perdem sua relevância. No entanto, a resistência à mudança pode ser tão forte que, mesmo quando não há mais uma justificativa clara para certos comportamentos, eles continuam sendo seguidos.

Isso acontece em muitas organizações, onde a frase "sempre fizemos assim" se torna uma barreira à inovação e ao progresso. Como Peter Drucker, um dos grandes nomes da administração, afirmou: "A maior ameaça para o sucesso de amanhã é o sucesso de hoje". Para mim, essa citação reflete a importância de não nos acomodarmos com os resultados passados.

Essa história dos macacos nos leva a refletir sobre a importância de questionar o status quo.

Como líderes, nossa responsabilidade não é apenas seguir tradições, mas sim desafiá-las quando necessário. Precisamos criar um ambiente onde a inovação seja incentivada, onde novas ideias possam florescer sem medo de represálias.

Isso exige coragem para quebrar os ciclos viciosos que perpetuam práticas ultrapassadas. Um exemplo claro disso é o conceito de "destruição criativa", popularizado pelo economista Joseph Schumpeter.

Ele argumenta que, para que haja inovação e crescimento, é necessário que certos paradigmas sejam destruídos, mesmo que temporariamente causem desconforto. Em uma empresa, isso pode significar abandonar um produto ou serviço que outrora foi o carro-chefe, mas que já não atende às demandas do mercado atual.

Além disso, técnicas comportamentais, como a Análise Transacional de Eric Berne, nos ensinam a identificar e modificar comportamentos autossabotadores dentro de uma organização. Ao entender os jogos psicológicos que ocorrem em nossas equipes, podemos trabalhar para desmantelar padrões que limitam o potencial de nossos colaboradores.

Assim como os macacos na fábula, muitos de nós somos vítimas de paradigmas que não fazem mais sentido, mas que continuamos a seguir por inércia. Como líderes, é nosso dever identificar esses padrões e trabalhar ativamente para substituí-los por práticas que realmente promovam o crescimento e o sucesso da organização.

Devemos lembrar, como bem disse Albert Einstein, que "insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes". Portanto, se quisermos resultados diferentes e melhores, precisamos estar dispostos a subir a escada, mesmo que isso signifique enfrentar a resistência inicial.

O verdadeiro progresso acontece quando temos a coragem de desafiar os paradigmas e criar novos caminhos para o futuro. E é com essa mentalidade que eu, Dijan de Barros, encorajo todos os líderes a buscar o
novo e a promover a mudança em suas organizações.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Lógico, é um regime ditatorial"

Guilherme Boulos, candidato de extrema-esquerda em São Paulo, mudando subitamente de idéia sobre a Venezuela

27/09/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Brasileiros de direita são o dobro de esquerdistas

A preferência política dos eleitores brasileiros pela direita prevalece, independente da renda familiar, escolaridade, raça, gênero e Estado ou região onde vive.

De acordo com o Panorama Político 2024, maior pesquisa do DataSenado em parceria com a Nexus, da FSB Holding, divulgada nesta quinta-feira (26), 29% dos entrevistados se identificam com a direita, o dobro daqueles que se denominam de esquerda (15%), enquanto 11% se consideram de centro. Os três grupos somam 55%. 

Evangélicos: 35 a 8%

Entre evangélicos, 35% se dizem de direita, 9% centro e 8% esquerda. Entre católicos, 28% de direita, 15% de esquerda e 10% de centro.

 

Pista para favoritismo

Os números são tão contundentes que podem explicar o favoritismo dos candidatos conservadores nas próximas eleições municipais.

Mostra expressiva

A pesquisa entrevistou 21.808 eleitores nas 27 unidades da Federação. Do total, 40% alegam não ter posição e 6% não sabem ou silenciaram.

 

Confiança elevada

O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro média é bastante reduzida: 1,22 ponto porcentual.

Problema do STF é excesso de protagonismo’

Apontado como favorito em eventual disputa pela presidência da OAB do Distrito Federal, o advogado Cléber Lopes, um dos mais admirados criminalistas da cidade, vê o Supremo Tribunal Federal com problema de “excesso de protagonismo”.

Em entrevista ao podcast Diário do Poder, afirmou que ministros do STF deveriam evitar comentários políticos e se manifestar apenas nos autos. “Eu ousaria dizer que o grande problema do STF é a TV Justiça”, afirmou, referindo-se aos julgamentos ao vivo.

Exposição

Cléber acha que sessões do STF ao vivo, na TV, “expõem e coloca os ministros numa posição de vulnerabilidade” diante da opinião pública.

Opinião pública

Ele também critica recomendações de que ministros devem obediência à opinião pública. “Tenho dificuldades de conviver com isso”, lamentou.

 

Respeito à Lei

“Se voltarmos na História, o povo mandou soltar Barrabás e crucificar Jesus”, ponderou Cleber, para quem respeitar a Lei é o que importa.

 

Libertad, carajo’

Pior do que ver sua passagem pela ONU considerada irrelevante pela mídia, que a ignorou, foi Lula ver o argentino Javier Milei, aquele que o chamou de “ladrão”, ser manchete nos maiores jornais americanos.

 

Lula come poeira

Com o governo Lula em catatonia, a Havan de Luciano Hang doou 70 casas para famílias atingidas pelas enchentes no RS, em parceria com o ex-jogador Dunga, o pastor Deive Leonardo e o lutador Minotauro.

Vivo morre, viva Musk

Outra vez, a Vivo Fibra deixou inúmeros clientes de Brasília sem internet e TV desde as 10h de ontem. Por essa e outras, tem sido cada vez maior a opção pela Starlink, internet via satélite e baixo preço de Elon Musk.

Fest nega ser ong

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia garante não ser ong e que auxilia universidades e instituições de ciência e tecnologia “na captação e gestão de recursos, sob regime de compliance e prestação de contas. Diz que “investir em pesquisa e formação acadêmica não é farra”.

 

Lorotas não colam

Com metade do Brasil em chamas, o aspone Celso Amorim meteu Lula no mico de propor “assembleia constituinte” e retirar do poder, na ONU, os cinco países mais importantes do mundo. Foi solenemente ignorado.

O Senhor da guerra

No dia após a abertura da assembleia geral das Nações Unidas, em Nova York, o governo americano de Joe Biden anunciou novo aporte de US$8 (R$45) bilhões na Ucrânia. Tudo isso em armas.

 

Mercado se agita

O fundo imobiliário Capitânia Office (CPOF11, na B3) pagou R$373 milhões por 12,4 mil metros quadrados (30%) do Ed. Faria Lima Plaza, em São Paulo. Pertenciam ao XPPR11, fundo do XP, que caiu 10,6%.

Tá errado

O estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) entrou na Justiça para afastar seis dirigentes da Petrobras indicados por Lula. O deputado defende que a turma não cumpre requisitos, como qualificação, para ocupar o cargo.

Pensando bem...

...também existe ditadura relativa.

PODER SEM PUDOR

Demissão na marra

Artur Bernardes assumiu o governo de Minas e começou a demitir os adversários. Mas quis ser gentil no caso da Imprensa Oficial, solicitando a um amigo que procurasse o diretor, Augusto Lima, seu oponente. “Vou direto ao ponto, dr. Augusto”, disse o amigo comum, cumprindo a tarefa, “o governador mandou sugerir que o senhor peça demissão.” Augusto Lima se mostrou altivo: “Alto lá! Ao adversário nada peço. Nem demissão!” Foi demitido no dia seguinte.

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