Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Quem paga a conta somos nós!"

Governador Romeu Zema (Novo-MG) sobre aposta de Lula na gastança para se reeleger

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Na Lava Jato, corrupção e não batom dava 14 anos

Caso emblemático de primeiro político condenado no âmbito da Lava Jato, o ex-deputado petista André Vargas (PR) pegou em 2015 pena de prisão de 14 anos e quatro meses por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

No regime atual, 14 anos é o que pretende Alexandre de Moraes na condenação da cabelereira Débora Santos, mãe de duas crianças pequenas, presa há dois anos por ter reproduzido com “perigoso” batom, na estátua da Justiça, a expressão “Perdeu, Mané” de Luís Barroso.

Muita raiva nessa hora

O ressentimento do ministro Joaquim Barbosa, alvo do deboche de André Vargas, lembra o “sangue nos olhos” de Moraes na atualidade.

Cadeia é ‘pouco’?

Moraes incluiu também 100 dias-multa, o equivalente a quase quatro meses de penas. Custo: um terço do salário-mínimo/dia ou R$50 mil.

Livre e solto

André Vargas foi solto em 2018, após cumprir três anos e meio, e o STF, claro, já sem Barbosa, anulou as condenações do ex-deputado em 2023.

Ops, erro de Cep

O STF entendeu que o então ex-deputado pelo Paraná não deveria ter sido julgado em Curitiba (PR) por fatos consumados no Distrito Federal.

PSD prefere Pacheco longe da Esplanada de Lula

Lula não oficializou o convite para que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ocupe uma vaga em seu ministério. Até porque acha, no fundo, que nada ganharia com isso, mas teria enviado “emissários” sondar o ânimo do senador.

Na direção nacional do PSD, há o entendimento de que a proximidade com Lula, a ponto de virar ministro do petista, seria um tiro no pé, caso Pacheco resolva mesmo disputar o governo de Minas Gerias em 2026, com risco de respingar na campanha presidencial.

PSD com Tarcísio

Enraizado no Governo de São Paulo está Gilberto Kassab, dono do PSD, que vê o governador Tarcísio de Freitas (Rep) como herdeiro da direita.

Só milagre

Pacheco não fechou as portas para o convite e pode reavaliar a proposta caso Lula desponte com boa avaliação no Estado.

Nem pintado de ouro

Pesquisa Genial Quaest do mês passado dá bons motivos para o distanciamento de Lula: o petista tem 63% de rejeição em Minas Gerais.

Ladra não entra

Ex-presidente da Argentina e amigona de Lula e Dilma, Cristina Kirchner não pode mais pôr os pés nos Estados Unidos. Foi proibida pelo governo de Donald Trump, acusada de “corrupção significativa”.

Faça o que digo

Viralizou vídeo de Tabata Amaral (PSB-SP) criticando prefeito que deixa o cargo para disputar outro. É exatamente o que fará seu namorado João Campos (PSB), prefeito do Recife e pré-candidatíssimo a governador.

Regalias a criminosos

O governador Romeu Zema (Novo-MG) rebateu críticas de Ricardo Lewandowski (Justiça), para quem a polícia “prende mal”. “Em vez de proteger pessoas de bem, concede regalias a criminosos”, disparou.

Cada vez pior

Fãs do “Operação Fronteira Brasil”, do canal Discovery, acham bizarro o Lewandowski retirar a Polícia Rodoviária Federal do combate ao crime. O programa documenta o papel notável da PRF contra a criminalidade.

Simples assim

O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) fez um discurso tão corajoso quanto elogiado, criticando métodos e decisões do STF sem amparo na Constituição, e deu uma definição translúcida sobre ser de direita: “conservador nos costumes e liberal na economia. Simples assim.

Gleisi escanteada

As negociações para a tramitação da reforma do Imposto de Renda devem ser tocadas pela equipe do Ministério da Fazenda. A turma estima que o projeto deve ser aprovado até o meio do ano, em junho ou julho.

Linha sucessória

Com Lula viajando com os presidentes da Câmara e Senado, o vice Geraldo Alckmin vira titular. Em eventual impedimento, quem assumiria é o presidente do STF, Luis “Derrotamos o Bolsonarismo” Barroso.

De mal a pior

A Serasa Experian captou retração na atividade do comércio em fevereiro. De acordo com marcador, o índice registrou atividade negativa de 0,2% em comparação com janeiro.

Pensando bem…

…precisou ficar sem Orçamento para o governo apertar os gastos, mas só um pouco.

 

PODER SEM PUDOR

Deus e o Diabo na terra do sol

Do tipo que perde o amigo, mas não a piada, FHC gostava de contar uma piadinha envolvendo Antônio Carlos Magalhães. A história começava com a morte de ACM, após 120 anos de poder.

“Toninho Malvadeza? Ele é meu!”, reivindicou o diabo. “Também era chamado de Toninho Ternura”, lembra Deus, querendo agradar.

No dia seguinte tocou o celular de Deus. Era o Diabo: “Não aguento mais. O ACM dá palpite em tudo, quer saber as maldades, sugere aperfeiçoamentos. Não dá. Leve ele aí pra cima.” No dia seguinte, o Diabo telefonou para o Céu: “Deus?”, perguntou. Responderam do outro lado da linha: “Qual dos dois?”

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ARTIGOS

Pantanal patrimônio universal da humanidade

27/03/2025 07h45

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Uma notícia que nos deixa felizes e esperançosos por dias melhores para os pantaneiros, verdadeiros guardiões desse santuário ecológico, maltratado por repetidos incêndios com características criminosas e queimadas inconsequentes. A aprovação do projeto de lei que torna o Pantanal de Mato Grosso do Sul em Patrimônio Nacional, de autoria da senadora Tereza Cristina, sinaliza que, finalmente, nossas autoridades voltaram os olhos para essa riqueza que, tal qual um tesouro, estava enterrada e esquecida por várias gerações de políticos.

A renovação de valores na administração pública tem razão de ser. O ex-governador do nosso estado, Reinaldo Azambuja, acendeu uma luz, indicando um novo caminho que, com toda certeza, levará Mato Grosso do Sul a uma situação de excelência na arte de administrar a coisa pública, ou seja, olhando para o futuro. Um político jovem, que voltou sua administração para o interior do Estado, fortalecendo a economia dos municípios, interligando-os por rodovias e, com isso, facilitando o escoamento da produção, ao mesmo tempo em que gerou empregos e renda.

A aprovação de seu governo teve um elevado índice pela população, o que facilitou a escolha de seu sucessor, o atual governador Eduardo Riedel, também jovem e dinâmico, o que, por si só, é um indicativo de que a velha prática política de um rodízio vicioso na administração pública começou a ser enterrada. O atual governador demonstra vitalidade e vontade de fazer com que Mato Grosso do Sul saia do ostracismo de uma economia voltada apenas ao binômio boi-soja. Só não vê quem não quer, mas essa juventude na administração estadual chamou atenção de jovens para que ingressassem na vida política do Estado e dos municípios.

O projeto de lei que torna o Pantanal sul-mato-grossense em Patrimônio Nacional foi aprovado no Senado e agora deverá passar pela análise da Câmara dos Deputados. Vale a pressão dos Três Poderes do Estado para que a tramitação seja célere, pois excelentes projetos estão prontos, com o objetivo de obter recursos destinados à preservação do bioma pantaneiro e à sua autossustentabilidade, valendo ressaltar que o velho problema da Bacia do Taquari possa finalmente ser resolvido.

Estamos falando do projeto que torna o Pantanal sul-mato-grossense em um Patrimônio Nacional, mas o título do texto é Pantanal – Patrimônio Universal da Humanidade. Seria um equívoco? Não. Trata-se de um sonho de todos nós que aqui vivemos: ver esse santuário ecológico transformado em Patrimônio Universal, atraindo para cá não apenas turismo, mas também recursos financeiros a serem investidos na preservação de toda e qualquer espécie de vida animal, vegetal e ictiológica, além do surgimento de novas técnicas e profissionais necessários às atividades.

Vamos construir um novo Mato Grosso do Sul. O nosso Pantanal pode ser a porta de entrada para essa mudança. Vamos trabalhar juntos, povo e governo, na busca desse ideal sonhado há muitas décadas. Vamos aproveitar a luz que indica o fim do túnel rumo a um horizonte grandioso para todos nós e para as futuras gerações. Vamos depositar nossos sonhos na capacidade de realização de novos políticos jovens!

ARTIGOS

Um gesto de reconhecimento

27/03/2025 07h30

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Ao longo de 40 anos, navegando pelo Pantanal, aprendi dia após dia a respeitar essa gente que há quase 300 anos habita a região: a gente pantaneira. Em seu livro “Pioneiros”, Abílio Leite de Barros tenta definir a saga de coragem da chegada ao Pantanal, e assim descreve: “Não queriam ser heróis, tampouco tinham ideia do épico”. A ocupação de um território equivalente a vários países se deu de forma pacífica. Marcado por coragem, determinação.

Entendendo as dimensões e a força da natureza, especialmente das águas, um pacto foi estabelecido: o respeito aos limites. Esse pacto é respeitado por gerações, que vêm usufruindo do que o bioma e suas características podem oferecer. Não ousaram, derrubando, modificando e transformando as paisagens em um padrão homogêneo, sem cores e diversidade. 

A vida silvestre ali existente, com suas cores, ajudaram a embelezar a casa-sede das fazendas. Não eliminaram a vida silvestre pela clareza de que cada espécie compunha uma paisagem rica e única. A sobrevivência pessoal e econômica era fruto de uma perseverança e coragem em harmonia com o lugar.
Esse processo não ocorreu em outros biomas, a exemplo da Mata Atlântica, onde a voracidade humana com sua ambição destruiu mais de 80% da sua condição original. No Pantanal, o resultado de uma ocupação respeitosa nos permite, hoje, ter mais de 85% original, íntegro. 

Esse mérito de um bioma conservado vem sendo reconhecido, e nos últimos 40 anos inúmeras titulações foram conferidas: Patrimônio Nacional na Constituição de 1988, Patrimônio Natural da Humanidade, Reserva da Biosfera. Mas esses méritos não se traduziram em benefícios à gente pantaneira. Até hoje a energia elétrica é um desafio, bem como a comunicação, as estradas, as escolas.

Nunca houve uma política pública direcionada, como subsídios, linhas de crédito especiais, construção e manutenção de escolas rurais. O pantaneiro assistiu, também, a ocupação do planalto e o seu enriquecimento às custas de impactos, oriundos dos assoreamentos, como o desastre do Rio Taquari. Muitos se sentiram usados como personagens nas fotos e nos vídeos de uma paisagem, e a cada grande matéria, ou campanha, ou discursos, persistia o abandono. 

Um sábio pantaneiro me narrou uma passagem, após uma importante visita de um jornalista, onde após apresentar os desafios da sobrevivência no Pantanal, ao retornar para sua cidade, ele escreve uma linda matéria sobre um “João Pinto” que o encantou durante a visita. Disse o pantaneiro, decepcionado com a matéria: “Acho que, ao retorno, eles sofrem de disfunção cognitiva…”.

Os poucos sobreviventes carregam na pele as cicatrizes do sol quente, forjados na lida, nas comitivas eternas. Foi a maturidade política atual, um biólogo e a capacidade de diálogo entre atores que habitam ou atuam no Pantanal que permitiram um avanço histórico por meio da Lei do Pantanal, em 2024, com a criação do Fundo Pantanal. Uma legislação moderna e harmônica aos interesses de produção e conservação. 

Com a regulamentação do fundo, agora finalmente as boas e tradicionais práticas serão valoradas. Ao mesmo tempo, oportunidades como o crédito de carbono pagarão pelas cordilheiras. Já o crédito de biodiversidade pagará pela onça-pintada. Mais do que métricas, essa gente, literalmente “ameaçada de extinção”, como descreveu Abílio de Barros, ante a sobrevivência de muitas espécies silvestres, merecem nosso respeito, nossa admiração e a inspiração de que é possível conviver para sobreviver.

Diz a música: “Cada um de nós compõe a sua história cada ser em si carrega o dom de ser feliz!” Mais do que feliz, podemos nos orgulhar dessa iniciativa fantástica e que no presente valoriza e protege o futuro. Parabéns!

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