Com Covid-19, Jamil Name, 82 anos, teve sete prisões preventivas suspensas pelo juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, que recebeu o pedido de prisão domiciliar, após o empresário ser diagnosticado com Covid-19 e precisar ser intubado em um hospital particular de Mossoró (RN), em 31 de maio.
O advogado de Jamil Name, Tiago Bunning se mostrou indignado com a posição do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) em se posicionar contrariamente a prisão domiciliar e solicitar que Name volte para a penitenciária após receber alta.
"É desumana a posição do Ministério Público. Se depender do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Jamil será enterrado com algemas", alegou.
Bunning informou que o quadro de saúde de Name é grave. Ele se enquadra no grupo de risco por ser idoso e possuir comorbidades, e mesmo já imunizado com as duas doses da vacina Coronavac, segue intubado na UTI do hospital em Mossoró.
A família agora aguarda estabilização de Name e disponibilização de uma vaga em UTI de Mato Grosso do Sul para que seja feita a transferência, que deverá ser autorizada antecipadamente pela Justiça.
“No momento a prioridade é a estabilização do estado de saúde, o quadro clínico é grave. Neste ambiente é inimaginável cogitar que Jamil retorne a prisão após a alta hospitalar".
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Após a concessão do juiz, Name não está mais escoltado no hospital e não tem mais vinculação com a Penitencia Federal de Mossoró.
Esbalqueiro Júnior alegou que não nega a grande periculosidade do preso, que é suspeito de liderar organização criminosa violenta, mas que os princípios de dignidade humana cobram postura responsável da Justiça.
O juiz entendeu que a custódia poderia atrapalhar os encaminhamentos médicos e que uma transferência dependeria de escolta ou remoção oficial.
Jamil Name foi preso em 27 de setembro de 2019, na Operação Omertà, sendo chefe de milícia e responsável por uma série de assassinatos no Estado.
Já no dia 30 de outubro, foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró. Os advogados já tentaram mais de 20 pedidos de prisão domiciliar, mas todos foram negados.
No dia 31 de maio, a Unidade Prisional onde Jamil estava preso, o encaminhou com urgência para uma UPA, onde ele chegou em estado crítico.
Tabletes de crack. Foto: Polícia Civil
Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos
Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos


