Política

CAMPO GRANDE

"A força do trabalho venceu", diz Adriane Lopes sobre vitória no segundo turno

No primeiro pronunciamento após a reeleição, Adriane Lopes disse que saúde e infraestrutura serão prioridades no próximo mandato

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Em sua primeira declaração como prefeita reeleita, Adriane Lopes agradeceu os eleitores e disse que o resultado nas urnas é o fruto de um bom trabalho realizados nos últimos dois anos e meio a frente da Prefeitura de Campo Grande.

 "A gente chega aqui numa eleição dificil, nós fizemos uma eleição propositiva, foi uma caminhada dura, mas a força do trabalho venceu", disse.

"Nesses dois anos e meio nós colocamos nossa Capital para avançar e as pessoas reconheceram que, em pouco tempo, nós conseguimos despertar Campo Grande para um novo tempo de avanço", acrescentou a prefeita.

Adriane Lopes destacou ainda o fato de ser a primeira eleita pelo voto direto, já que ela atualmente ela ocupa o cargo que assumiu por ser vice de Marquinhos Trad, que renunciou a prefeitura para concorrer ao Governo do Estado em 2022.

"Estou muito feliz em ser a primeira mulher da história dessa Capital a ser eleita com voto democrático e em poder representar não só as mulheres, mas as famílias, e poder dar continuidade nos avanços que fizemos", declarou.

Ela também agradeceu os mais de 222 mil votos que recebeu

"Eu quero agradecer a todos aqueles que acreditaram e os que não acreditaram também, vou ser uma prefeita para todos, vou trabalhar pela nossa cidade".

Com relação aos trabalhos para os próximos quatro anos, a prefeitura disse que o foco será dar continuidade ao que já vem sendo feito, com objetivo de fazer de Campo Grande uma capital boa para se trabalhar e para se viver.

"A partir de segunda vamos começar a sentar para fazer os planejamentos para os próximos quatro anos, mas uma das pautas prioritaárias seré saude e infraestrutura, zerar a fila de espera por uma vaga nas Emeis [Escolas de educação infantil], fazer com o que o Hospital Municipal traga um novo caminho. Queremos trabalhar e vou calçar minha botina junto com a minha vice e dizer para Campo Grande que nós vamos avançar com muito trabalho", concluiu a prefeita.

A vice eleita, Camila Nascimento de Oliveira, também declarou que será feito um trabalho em parceria com a prefeita.

"Quero fazer o que a nossa prefeita Adriane me colocar para fazer, o que ela me determinar, estarei sempre ao lado dela aconselhando, ajudando, tentando abrir os olhos dela ao máximo, tenho muito tempo de gestão pública, no serviço público e quero colocar isso em prática", disse.

Reeleição

Com 100% das urnas apuradas, Adriane teve 51,45% dos votos válidos, contra 48,55% de Rose. Em números absolutos, foram 222.699 votos para Adriane e 210.112 votos para Rose, uma diferença de 12.587 votos entre elas.

No primeiro turno, Adriane Lopes também teve a maioria de votos, somando 31,67% dos votos válidos, contra 29,56% da candidata do União Brasil.

Apesar de já ocupar o cargo atualmente, Adriane Lopes é a primeira mulher eleita prefeita em Campo Grande. Isto porque o mandato atual da pepista foi "herdado" após a renúncia de Marquinhos Trad.

A Capital de Mato Grosso do Sul já teve duas prefeitas. Além de Adriane, Nely Bacha também ocupou o cargo nos anos 1980.

Nenhuma delas, porém, foi eleita pelo voto direto. Adriane Lopes foi vice na chapa de Marquinhos Trad (PSD), que renunciou em 2022 para candidatar-se a governador, pleito em que saiu derrotado. Na ocasião, ela assumiu o cargo.

Já Nelly Bacha foi vereadora e presidente da Câmara Municipal em 1983. Ela foi nomeada prefeita em março, após a exoneração do então prefeito Heráclito de Figueiredo, e ficou no cargo por dois meses.

Política

Presidente do TSE diz que eleição tem "clima de muita tranquilidade"

"Estamos tendo um domingo democrático", afirma ministra Cármen Lúcia

27/10/2024 21h00

Presidente do TSE diz que eleição tem

Presidente do TSE diz que eleição tem "clima de muita tranquilidade" Agência Brasil

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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, assegurou, neste domingo (27), em Brasília, que o clima do segundo turno das eleições municipais é de absoluta tranquilidade nas 51 cidades em que o pleito é realizado.

“Realmente, estamos tendo um domingo democrático. Um domingo de eleições sem nenhum tipo de dificuldade”, disse a jornalistas a também ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo que, até às 13 horas, nenhuma ocorrência grave tinha sido registrada.

“A eleição segue com muita tranquilidade. Não houve nenhuma intercorrência e nenhum tipo de dificuldade quanto ao número de urnas devidamente distribuídas e em andamento no trabalho”, acrescentou, após manter contato com presidentes de tribunais regionais eleitorais.

Segundo a presidente do TSE, as autoridades eleitorais temiam por eventuais impactos de adversidades climáticas, como as recentes chuvas que, nos últimos dias, deixaram cidades às escuras em diferentes partes do país, como nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Os contratempos, contudo, não causaram grandes transtornos, de acordo com Cármen Lúcia.

Condições climáticas

“Temíamos pelas condições climáticas em alguns locais mas até agora [a votação] continua [ocorrendo] também sem nenhum tipo de problema”, assegurou a ministra, conclamando os eleitores a exercerem seu direito a eleger os futuros prefeitos e vice-prefeitos até às 17 horas.  Pouco mais de 33,99 milhões de eleitores estão aptos a votar nos 51 municípios em que há segundo turno.  

“O que queremos é que este domingo termine com o mesmo clima de tranquilidade; de direito exercido sem qualquer tipo de obstáculo. Queremos muito que os eleitores compareçam [às seções eleitorais]”, disse a ministra.

Mais cedo, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrey Rodrigues, divulgou um primeiro balanço da ação dos mais de 23 mil agentes da segurança pública e do Poder Judiciário que estão atuando neste segundo turno. Segundo ele, até o fim da manhã, 11 pessoas tinham sido conduzidas para averiguação; duas foram presas em flagrante e um veículo foi apreendido. “Ainda estão sendo apurados os detalhes. É um procedimento de polícia judiciária que está transcorrendo neste exato momento”, finalizou Rodrigues.

Após visitar a sala de situações do TSE no início da tarde, Cármen Lúcia deixou o prédio por volta das 16h para ir ao Centro Integrado de Controle e Comando da Polícia Federal. A presidenta do tribunal informou que fará um novo pronunciamento após o encerramento da votação, prevista para acabar às 17h (horário de Brasília), em todo o país.

Política

Eleições OAB/MS: Chapa troca vice após advogada ter nome envolvido em venda de sentenças

Filha de desembargador, Camila Bastos era vice na chapa de Bitto Pereira, mas foi substituída; Ela também deixou o cargo de vice-presidente a OAB

27/10/2024 20h26

 Marta do Carmo Taques assume como candidata a vice no lugar de advogada citada em esquema de venda de sentença

Marta do Carmo Taques assume como candidata a vice no lugar de advogada citada em esquema de venda de sentença Foto: Divulgação

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Além de deixar o cargo de vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), a advogada Camila Cavalcante Bastos também foi substituída como vice na chapa de Bitto Pereira para as eleições da seccional do órgão. Camila teve o nome envolvido em suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça Mato Grosso do Sul.

Para as eleições da seccional, no lugar dela, entrou a advogada Marta do Carmo Taques como candidata a vice-presidente, ao lado de Bito Pereira, que concorre a reeleição.

Em nota, a chapa informa que Marta do Carmo foi presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MS nas gestões 2016/2018 e 2019/2021.

Atualmente, Marta é vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Mato Grosso do Suç e recebeu a maior comenda da Ordem destinada as mulheres, a Comenda Mulher de Ordem.

A chapa "Pelo futuro da OAB" foi registrada no dia 8 de outubro, pelo presidente, futura diretoria e futuros conselheiros seccionais e federais que vão representar a advocacia do Mato Grosso do Sul pelos próximos três anos, caso vençam o pleito.

Venda de sentença

A antiga vice da chapa, Camila Cavalcante Bastos é filha do desembargador Alexandre Bastos, um dos cinco afastado por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última quinta-feira (24). 

Conforme noticiou o Correio do Estado, a investigação aponta que Camila Bastos e o então marido compraram um imóvel e pagaram à vista R$ 600 mil. Porém, este imóvel não foi declarado no Imposto de Renda de 2020. A suspeita é de que a origem deste dinheiro seja ilícita. 

Parte deste pagamento, conforme aponta o despacho do Superior Tribunal de Justiça no documento que determinou o afastamento do pai dela, foi feito em dinheiro vivo, num total de R$ 144 mil.

E, nas declarações do IR, nem Camila nem o então marido declararam ter este valor em mãos, “levantando o questionamento da origem e licitude de tais recursos”. 

Camila também aparece na investigação pelo fato de o escritório dela, que pertencia ao pai antes de ele ser nomeado desembargador, em 2015, prestar serviços a uma série de prefeituras do interior e algumas das causas são julgadas pelo próprio pai, o que lhe garantia ganho de causa. 

Parte do dinheiro que estas prefeituras pagavam para o escritório de Camila acabava indo parar numa conta bancária da qual o magistrado era titular até 2024. 

Em nota divulgada nesse sábado (26), a OAB informou que ela se afastou das gunções a pedido, "em respeito à instituição e para o pleno exercício da ampla defesa e contraditório".

A seccional disse ainda que "cobrará apuração rigorosa dos fatos noticiados pela mídia nacional a respeito da Operação 'Última Ratio' envolvendo Desembargadores do TJMS, membro do Ministério Público, Tribunal de Contas e Advogados e reafirma seu compromisso em apoiar o combate a corrupção, com respeito ao Estado Democrático de Direito e com uma justiça imparcial, proba e transparente."

Desembargadores afastados

Além de Alexandre Bastos, na operação do dia 24 foram afastados também os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Sideni Soncini Pimentel e Marcos José de Brito Rodrigues.

Dois recém-aposentados (Divoncir Maran e Júlio Roberto Siqueira) também foram alvos das buscas feitas pela Polícia Federal e da Receita Federal.  

Na operação que mirou num suposto esquema de corrupção e venda de sentenças judiciais também foram afastados o juiz Paulo Afonso de Oliveira o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Osmar Domingues Jeronymo. 

Por conta das suspeitas de que haja envolvimento de algum ministro do STJ, o caso agora está sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal. 

* Colaborou Neri Kaspary

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