Política

Prejuízo

AGU pede bloqueio de bens de 59 financiadores dos atos em Brasília; dois deles são de MS

Valor bloqueado deverá ser utilizado para cobrir as despesas dos atos de vandalismo que depredaram as sedes dos Três Poderes no último domingo

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Nesta quinta-feira (12), a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o bloqueio de bens de 52 pessoas físicas e sete jurídicas, responsáveis por financiar o fretamento dos ônibus que levaram à Brasília, no último fim de semana, os passageiros que participaram dos atos de vandalismo, realizados na Capital no domingo (8). 

No processo, divulgado com transparência no portal da AGU, podem ser identificados dois empresários de Mato Grosso do Sul: Aparecida Solange Zanini, de Três Lagoas, e Adoilto Fernandes Coronel, natural de Dourados.

Segundo dados, Aparecida Solange Zanini é empresária de um comércio varejista de produtos alimentícios, situado em São José do Rio Preto, cidade localizada no interior do estado de São Paulo.

Já Adoilto Fernandes Coronel é o segundo secretário da Associação Empresarial de Maracaju, e proprietário da Madeportas, loja de material de construção localizada em Maracaju, cidade localizada a aproximadamente 160 quilômetros de Campo Grande.

A AGU informou que o valor bloqueado - que no total, equivale a R$ 6,53 milhões -, é apenas um valor inicial, baseado na estimativa preliminar de prejuízos causados pelos manifestantes que cometeram os atos de vandalismo.

Conforme noticiado pela Agência Brasil, dentre os bens bloqueados pela AGU estão imóveis, veículos e valores em contas correntes.

A lista com os nomes foi feita com auxílio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e inclui apenas o nome de financiadores que tiveram os ônibus contratados apreendidos durante as ações policiais.

Segundo Jorge Messias, advogado-geral da União, as pessoas que tiveram seus bens bloqueados devem responder pelo vandalismo juntamente com os que praticaram os atos, já que o movimento só foi possível graças ao transporte oferecido, e que os financiadores, ao realizarem o fretamento, estavam assumindo o risco dos possíveis danos. 

“E sob esse aspecto é de se ressaltar que tais pessoas possuíam plena consciência de que o movimento poderia ocasionar o evento tal como vimos, de modo que a responsabilização civil é medida que se impõe em regime de solidariedade com quem mais deu causa ao dano ao patrimônio público”, acrescentou.

Além disso, o advogado explicou que o bloqueio é necessário diante do risco de dissipação do patrimônio, com demora de uma eventual condenação final, o que poderia inviabilizar o ressarcimento da União.

Confira a lista completa:

PESSOAS FÍSICAS

Adailton Gomes Vidal, de São Paulo (SP)
Ademir Luis Graeff, de Missal (PR)
Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS)
Adriane de Casia Schmatz Hagemann, de Realeza (PR)
Adriano Luis Cansi, de Cascavel (PR)
Alethea Veruska, de São José dos Campos (SP)
Amir Roberto El Dine, de Porto União (SC)
Aparecida Solange Zanini, de Três Lagoas (MS)
Bruno Marcos de Souza Campos, de Belo Horizonte (MG)
Carlos Eduardo Oliveira, de São Pedro (SP)
Cesar Pagatini, de Bento Gonçalves (RS)
Claudia Reis de Andrade, de Juiz de Fora (MG)
Daniela Bernardo Bussolotti, de Belo Horizonte (MG)
Dyego Primolan Rocha, de Presidente Prudente (SP)
Fernando José Ribeiro Casaca, de São Vicente (SP)
Franciely Sulamita de Faria, de Nova Ponte (MG)
Genival Jose da Silva, de Ribeirão Preto (SP)
Hilma Schumacher, de Belo Horizonte (MG)
Jasson Ferreira Lima, de Paracatu (MG)
Jean Franco de Souza, de Mirassol (SP)
João Carlos Baldan, de São José do Rio Preto (SP)
Jorge Rodrigues Cunha, de Pilar do Sul (SP)
José de Oliveira, de Bom Jesus dos Perdões (SP)
José Roberto Bacarin, de Cianorte (PR)
Josiany Duque Gomes Simas, de Cuiabá (MT)
Leomar Schinemann, de Guarapuava (PR)
Marcelo Panho, de Iguaçu (PR)
Marcia Regina Rodrigues, de Ribeirão Preto (SP)
Márcio Vinícius Carvalho Coelho, de Marília (SP)
Marco Antonio de Souza, de Leme (SP)
Marcos Oliveira Queiroz, de São Paulo (SP)
Marlon Diego de Oliveira, de Tupã (SP)
Michely Paiva Alves, de Limeira (SP)
Monica Regina Antoniazi, de Piracicaba (SP)
Nelma Barros Braga Perovani, de Piratininga (SP)
Nelson Eufrosino, de Piratininga (SP)
Pablo Henrique da Silva Santos, de Belo Horizonte (MG)
Patricia dos Santos Alberto Lima, de Belo Horizonte (MG)
Pedro Luis Kurunczi, de Londrina (PR)
Rafael da Silva, de Catalão (GO);
Rieny Munhoz Marcula, de Campinas (SP)
Rosângela de Macedo Souza, de Riolândia (SP)
Ruti Machado da Silva, de Nova Londrina (PR)
Sandra Nunes de Aquino, de Sorocaba (SP)
Sheila Mantovanni, de Mogi das Cruzes (SP)
Stefanus Alexssandro Franca Nogueira, de Ponta Grossa (PR)
Sulani da Luz Antunes Santos, de Vinhedo (SP)
Terezinha de Fátima Issa da Silva, de Caxias do Sul (RS)
Vanderson Alves Nunes, de Francisco Beltrão (PR)
William Bonfim Norte, de Promissão (SP)
Yres Guimarães, de Rio Verde (GO)
Zilda Aparecida Dias, de Rio Claro (SP)


EMPRESAS

Alves Transportes LTDA., sediada em Araguaína (TO)
Associação Direita Cornélio Procópio, sediada em Cornélio Procópio (PR)
Gran Brasil Viagens e Turismo LTDA., sediada em Frutal (MG)
Primavera Tur Transporte EIRELI, sediada em Primavera do Leste (MT)
RV da Silva Serviços Florestais LTDA, sediada em Piraí do Sul (PR)
Sindicato Rural de Castro, sediado em Castro (PR)
Squad Viagens e Turismo LTDA., sediada em Cariacica (ES

Prejuízo

Até o momento, calcula-se um prejuízo de R$ 3,5 somente no Senado. Na Câmara dos Deputados, o valor estimado chegou a R$ 3 milhões. Os danos causados no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal ainda não foram contabilizados.

*Com informações de Agência Brasil

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Explicações

Tereza Cristina cobra embaixador francês por "boicote" ao agronegócio do Brasil

Senadora pediu explicações ao embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain

25/11/2024 15h06

Tereza Cristina, senadora pelo PP em Mato Grosso do Sul.

Tereza Cristina, senadora pelo PP em Mato Grosso do Sul. Foto: Marcelo Victor

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A senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP) cobrou explicações ao embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, ao  que classificou de “boicote” de empresas francesas, como a rede Carrefour, ao agronegócio brasileiro.

A reação da ex-ministra é em resposta ao comunicado recente do CEO mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, de que a rede varejista se compromete a não vender carnes do Mercosul, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer.

Assinada por Bompard e divulgada em suas redes sociais, a carta foi endereçada ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas, Arnaud Rousseau, e, segundo ele, a decisão foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

O Carrefour França afirmou que a medida é restrita apenas às unidades francesas, enquanto o Carrefour Brasil afirmou que não há mudanças na operação local.

Tereza Cristina, senadora pelo PP em Mato Grosso do Sul. Senadora Tereza Cristina em entrevista ao canal AgroMais

“Apresentei um pedido de explicações ao embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, para esclarecer a posição do governo francês e as razões por trás dos recentes boicotes promovidos por grandes empresas francesas ao agronegócio brasileiro”, disse em seu perfil do Instagram.

Tereza saiu em defesa do agronegócio brasileiro e salientou a qualidade da produção local.

“Passou da hora do Brasil se colocar. O Brasil é um grande produtor de alimentos de qualidade, de excelência, recebemos dezenas de missões aqui todo ano vindo ver os nossos protocolos sanitários, ver como nós produzimos. Nós temos muito mais reserva legal, temos muito mais a oferecer na área do meio ambiente do que qualquer país europeu, então tá na hora de sermos respeitados lá fora, né?“, falou em entrevista ao canal AgroMais.

A senadora destacou que é importante não deixar que a imagem do produto brasileiro seja “deteriorada”.
“Não deixar que a imagem do produto brasileiro possa ser deteriorada e possa ser colocada de uma maneira que não é a correta. O Brasil produz com excelência, nós somos muito competitivos, agora, o medo da competitividade, não pode ser colocado da maneira que as empresas francesas vem fazendo.”, finalizou. 

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ELEIÇÕES 2026

Indiciamento de Bolsonaro fortalece o nome de Tereza e de outras lideranças

No entanto, a senadora sul-mato-grossense ainda pede calma, para ver em que essa história vai dar, pois falta "muito tempo"

25/11/2024 08h00

A senadora Tereza Cristina (PP) durante entrega de nove vans para oito prefeitos na Assomasul

A senadora Tereza Cristina (PP) durante entrega de nove vans para oito prefeitos na Assomasul Foto: Edson ribeiro/Assomasul

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O indiciamento do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) pela participação em um plano de golpe de Estado deve dificultar ainda mais as chances de ele se manter no páreo para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2026, uma vez que já está inelegível – e a conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF) reforça a impossibilidade de ele reverter a situação.

Diante disso, as lideranças políticas de centro-direita e direita aceleraram nos últimos dias a necessidade de encontrar uma alternativa para tentar voltar ao poder no próximo pleito, e os nomes da senadora Tereza Cristina (PP) e dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), se fortaleceram.

A parlamentar sul-mato-grossense é tida como uma das postulantes ao cargo em função da sua influência junto ao setor agropecuário brasileiro desde o tempo em que foi ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento na gestão de Bolsonaro.

Além disso, o fato de Tereza Cristina ter obtido uma grande vitória em Campo Grande – tirando o candidato apoiado pelo ex-presidente do segundo turno da eleição municipal na Capital – repercutiu junto à direita por todo o País e teria demonstrando que o nome de Bolsonaro estaria perdendo a força em redutos considerados bolsonaristas.

Procurada pelo Correio do Estado, a senadora disse que ainda precisa entender melhor toda essa situação do indiciamento do ex-presidente. “Quantas vezes a gente já não foi para frente e depois foi para trás com esse assunto da inelegibilidade do Bolsonaro? 

Por isso, agora temos de ter muita calma e vamos esperar [para ver] no que isso tudo vai dar”, declarou. Tereza Cristina completou que “a eleição para a Presidência da República ainda está longe, temos mais de um ano pela frente”.

“No entanto, em 2025, com certeza, será o ano de discutir os nomes para disputar a Presidência do Brasil, pois tem muita gente boa, inclusive ainda temos a possibilidade de o Bolsonaro ser o nosso nome. Afinal, o Brasil é um país onde tudo é possível”, afirmou. 

OUTRO NOMES

Considerado o herdeiro político de Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas já afirmou não haver provas contra o ex-presidente.

“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, postou em suas redes sociais.

Único da lista a admitir publicamente a intenção de disputar o Palácio do Planalto em 2026, Ronaldo Caiado é cauteloso ao analisar a situação do ex-presidente. “Vejo com muita preocupação [o indiciamento pela PF] e aguardo o fim do julgamento. [É] muito cedo para fazer esse diagnóstico [sobre 2026]”, afirmou o governador.

Caiado rompeu com Bolsonaro durante as eleições municipais deste ano em Goiânia (GO), quando estiveram em lados opostos na disputa pela capital de Goiás, porém, diferentemente de Tereza Cristina, o seu candidato foi para o segundo turno contra o candidato do ex-presidente e impôs outra derrota ao bolsonarismo.

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