Política

eleições 2024

Bolsonaro muda de pré-candidato a prefeito de Campo Grande pela 6ª vez

Depois de declarar apoio aos deputados Pollon, Coronel David, Tavares e Catan, o ex-presidente volta a citar Adriane Lopes

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A imprevisibilidade do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) quanto à questão de seu apoio político já está virando uma novela repetida em Campo Grande.

Apenas no ano passado, Bolsonaro trocou de pré-candidato na Capital pelo menos três vezes, sendo o primeiro o deputado federal Marcos Pollon (PL), depois a atual prefeita Adriane Lopes (PP) e, em terceiro lugar, o deputado estadual Coronel David (PL).

No início deste ano, o ex-presidente "lançou", primeiro, o nome do deputado estadual Rafael Tavares (PRTB), que trocaria de partido para concorrer pelo PL, e, na semana passada, "indicou" o deputado estadual João Henrique Catan (PL).

No entanto, na manhã de ontem, durante entrevista ao Blog do Elielson, da Rádio CBN de Recife (CE), o ex-chefe de governo voltou a deixar subentendido que o PL de Campo Grande vai apoiar a reeleição de Adriane Lopes.

Ou seja, em menos de um ano, Bolsonaro mudou de pré-candidato ao cargo de prefeito da Capital seis vezes, deixando seus apoiadores completamente desorientados, sem saber em quem deverão votar no dia 6 de outubro. 

O imbróglio sobre quem o ex-presidente da República apoiará para a Prefeitura de Campo Grande ganhou força na semana passada, quando ele declarou que seu candidato seria João Henrique Catan, durante entrevista ao jornalista Benedito de Paula, o B. de Paula, na Rádio Difusora.

Ao fazer o anúncio, ele disse que conversou em Brasília (DF) com o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que seria, em tese, o nome mais provável da direita, já que chegou ao segundo turno da disputa pelo governo do Estado em 2022, mas foi preterido por Bolsonaro, que o aconselhou a sair candidato a vereador pelo PL.

O anúncio do apoio do ex-presidente a Catan teve como consequência a desistência de Coronel David de se colocar à disposição do PL como pré-candidato na Capital. Além disso, o presidente estadual do PL, Marcos Pollon, também foi pego de surpresa, mas disse que acataria a decisão.

Porém, na manhã de ontem, em entrevista ao Blog do Elielson, Bolsonaro citou a candidatura em Campo Grande. "Estamos acertando agora com a Tereza Cristina, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Não só com ela, mas também com o deputado Pollon, que é o presidente estadual de lá, entre outros parlamentares", falou.

O Correio do Estado apurou que a nova declaração do ex-presidente veio um dia depois de a senadora Tereza Cristina (PP) ter uma reunião com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, alinhando uma aliança entre os dois partidos na Capital.

Nesse encontro, ficou acertado que a cabeça de chapa será a prefeita Adriane Lopes e o vice será uma indicação do PL. Ainda conforme a reportagem, Marcos Pollon deve indicar sua esposa, Naiane Bittencourt, atual presidente do PL Mulher no Estado.

No entanto, o nome preferido por Bolsonaro é o do velho amigo de caserna, o Tenente Portela, atual presidente do PL em Campo Grande e assessor especial da Defesa Civil da prefeitura da Capital.

Após a repercussão, João Henrique Catan foi questionado sobre a declaração de Bolsonaro e publicou nas redes sociais que a decisão definitiva só será tomada na convenção. 

"O presidente Bolsonaro sempre foi muito criticado por não compor, não fazer acordos, não ser político. Se hoje a ex-ministra Tereza, nossa senadora, tem vontade de colocar a candidata dela e o PP na frente de um candidato do PL, e o presidente está sendo político, bom, todo mundo sempre criticou ele por isso. Então, nós temos de entender que existem circunstâncias maiores e mais importantes", declarou.

Política

Kits de robótica: ex-assessor de Lira pede de volta R$ 107 mil que PF confiscou

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores

21/09/2024 21h00

Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar no plenário virtual recursos de investigados para resgatar valores apreendidos pela Polícia Federal no inquérito dos kits de robótica. São reivindicados R$ 3.799.840,00 e US$ 24 mil, além de cheques. O dinheiro foi encontrado pela PF em cofres, malas e mochilas durante as buscas na Operação Hefesto, em junho de 2023.

O ministro Gilmar Mendes é o relator do processo e abriu a votação. Ele já havia negado, em decisão individual, a devolução do dinheiro. O ministro manteve o posicionamento e defendeu que, por "cautela", os valores permaneçam depositados em uma conta judicial até que os investigados comprovem a origem.

"Como condição para liberação do dinheiro, os interessados deverão ingressar com ação cível contra a União e comprovar a origem lícita do numerário", defendeu o ministro.

Em seu voto, Gilmar argumenta que "o contexto de desvio de verbas públicas e a existência de dúvida razoável acerca da origem dos recursos, justificam a remessa das partes ao juízo cível, para que ali discutam sua titularidade".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores. Em manifestação enviada ao STF, o órgão afirmou que a apreensão de altas somas de dinheiro vivo, no contexto da investigação sobre desvios de verbas públicas e lavagem de capitais, "suscita dúvidas razoáveis sobre a origem dos recursos e pressupõe um juízo de valor sobre a sua titularidade".

O julgamento foi aberto na sexta-feira, 20, e vai até o próximo dia 27. Integram a Segunda Turma, além de Gilmar Mendes, os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

O ex-assessor parlamentar Luciano Ferreira Cavalcante, e a mulher dele, Glaucia Cavalcante, pediram a restituição de R$ 107,5 mil. O motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus requer a devolução de R$ 150 mil. O policial civil Murilo Sergio Juca Nogueira Junior busca recuperar R$ 3,5 milhões e US$ 24 mil, encontrados em um cofre.

A investigação se debruçou sobre suspeitas de desvios em contratos para a compra de kits de robótica para escolas municipais de Alagoas. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e aliados entraram na mira da PF. O inquérito foi arquivado por Gilmar Mendes, que considerou que a apuração não poderia ter começado na primeira instância.

Bens apreendidos, como automóveis e computadores, foram devolvidos. O dinheiro em espécie encontrado pela PF, no entanto, permanece sob custódia da Justiça.

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Política

Lula segue para 79ª Assembleia da ONU, em Nova York

Combate à fome e à crise climática serão temas de seu discurso

21/09/2024 20h00

Ricardo Stuckert / PR

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na noite deste sábado (21) em Nova York (EUA), onde participa da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Lula discursará na terça-feira (24) na abertura do evento e deve falar sobre o combate à fome e à crise climática. Por tradição, desde a 10ª sessão da cúpula, o presidente do Brasil é sempre o primeiro país a discursar.

Na última terça-feira (17), o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Carlos Márcio Cozendey, falou sobre os temas prioritários presentes no discurso de Lula. “Podemos esperar que eles [temas] sigam um pouco a agenda que o Brasil propôs para o G20, ou seja, que falem de inclusão, combate à fome, transição energética e reforma da governança global”, afirmou Cozendey.

A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos principais órgãos da ONU e reúne os 193 estados que fazem parte da organização, com cada nação tendo o direito a um voto. Para o Brasil, a abertura do Debate Geral da AGNU permite apresentar as prioridades do país, tanto internamente quanto internacionalmente.

Uma nova sessão da Assembleia Geral é iniciada anualmente, em setembro, com a abertura do debate geral. A 79ª AGNU será presidida pelo embaixador Philémon Yang, de Camarões, que conduzirá os trabalhos da Assembleia até setembro de 2025. É esperada a participação de chefes de Estado ou de governo, criando uma oportunidade para fortalecer relações e diálogos entre os líderes mundiais.

Pacto para o Futuro

Antes da Assembleia na terça, porém, Lula participa da abertura Cúpula do Futuro, que ocorrerá neste domingo (22). Ele será o segundo a discursar no encontro de dois dias. O evento reunirá líderes mundiais para debater formas de enfrentar as crises de segurança emergentes, acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.

Como resultado, a Cúpula do Futuro deve produzir o documento Pacto para o Futuro, negociado entre os estados-membros para reforçar a cooperação global e estabelecer compromissos para uma melhor adaptação aos desafios atuais, para o futuro do multilateralismo renovado e eficaz, para benefício das gerações futuras.

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