Política

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Candidatos à reeleição vencem 16 das 19 disputas em capitais pelo país

Dez destes haviam conquistado a vitória no primeiro turno e outros seis conseguir se reeleger neste domingo (27)

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Os prefeitos de seis capitais brasileiras se reelegeram no segundo turno das eleições municipais realizado neste domingo (27). Somado aos resultados do primeiro turno, quando dez já haviam garantido um novo mandato, são 16 os que seguirão no comando dessas 26 capitais brasileiras.

Ao todo, 19 prefeitos concorreram a um novo mandato, sendo que 3 já haviam sido derrotados ainda no primeiro turno.

O resultado representa uma manutenção na taxa de reeleições nas capitais comparado ao pleito de 2020, realizado em meio à pandemia da Covid-19 e marcado pela prevalência dos prefeitos com mandato. Naquela eleição, 13 prefeitos de capitais concorreram a um novo mandato e 10 foram reeleitos.

Três dos prefeitos reeleitos em segundo turno se elegeram em 2020 como vices e assumiram o mandato por renúncia ou morte dos titulares. Foi o caso de Ricardo Nunes (MDB), que assumiu em 2021 após da morte de Bruno Covas (PSDB) e se reelegeu neste domingo em São Paulo.

Também foram reeleitos Adriane Lopes (PP), eleita em 2020 como vice de Marquinhos Trad (PDT, no PSD à época) em Campo Grande, e Fuad Noman (PSD), que era vice de Alexandre Kalil (PSD) em Belo Horizonte. Trad e Kalil deixaram seus cargos em 2022, para disputar o governo do estado, mas perderam.

Foi também o caso de Topázio Neto (PSD), reeleito em primeiro turno no último dia 6. Ele era vice de Gean Loureiro (União Brasil), que deixou o cargo para concorrer ao governo de Santa Catarina há dois anos e também não venceu.

Atualmente, ele e Topázio estão em grupos adversários, com o atual prefeito alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao governador Jorginho Mello (PL).

CAMPEÃO DE VOTOS

A vitória mais expressiva entre os reeleitos nas capitais no segundo turno foi a de Cícero Lucena (PP), em João Pessoa. Ele recebeu 63,9% dos votos válidos neste domingo e derrotou o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro Marcelo Queiroga (PL).

Na capital da Paraíba, a reta final da campanha teve trocas de acusações mútuas, pedidos de cassação e o temor de um "terceiro turno" judicial.

Entre as vitórias mais esperadas, além de Nunes, também está a de Sebastião Melo (MDB), que se manteve com ampla vantagem nas pesquisas de intenção de votos para o segundo turno em Porto Alegre.

Melo derrotou a deputada federal petista Maria do Rosário. O prefeito deixou de vencer já no primeiro turno por causa de uma diferença de pouco mais de 2.000 votos. Neste domingo, ele recebeu 61,53% dos votos válidos, e ela, 38,47%.

O prefeito terá pela frente a reconstrução da capital gaúcha, que acumula bilhões em prejuízos com as enchentes que atingiram todo o estado em maio deste ano. O Aeroporto Internacional Salgado Filho ficou 171 dias fechado e só voltou a receber voos comerciais no último dia 21.

Em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) derrotou o deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PL).
Noman, 77, se manteve à frente nas pesquisas de intenções de votos durante todo o segundo turno. Engler, 27, reuniu apoio de importantes nomes do campo da direita.

No fim de semana que antecedeu a votação, o ex-presidente Bolsonaro e sua esposa Michelle participaram de comício com Engler na capital mineira. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL), importante cabo eleitoral da direita, também esteve lá, junto do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos).

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), também declarou apoio a Engler, assim como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.

Em São Paulo, Nunes foi reeleito no segundo turno em disputa com Guilherme Boulos (PSOL), o candidato apoiado pelo presidente Lula.

O emedebista foi o candidato do campo conservador, mas no primeiro turno dividiu a preferência desse eleitorado com o novato Pablo Marçal (PRTB).

Em Manaus, o prefeito David Almeida (Avante) foi reeleito com 54,59% dos votos válidos. A disputa na maior cidade amazônica também foi de racha no campo ideológico da direita.

O prefeito reeleito enfrentou o deputado federal Alberto Neto (PL), policial militar e candidato do ex-presidente Bolsonaro. Ele teve 45,41% dos votos.

Na capital sul-mato-grossense, a prefeita Adriane Lopes (PP) foi reeleita neste domingo com 51,45% dos votos. As duas fizeram campanha defendendo temas conversadores e com acenos à direita.

BOLSONARO AJUDA ADRIANE

No segundo turno, Adriane teve o apoio de Bolsonaro, enquanto Rose Modesto (União Brasil) preferiu manter distância dos cabos eleitorais nacionais, evitando polarização. No segundo turno, ela recebeu 48,55% dos votos válidos.

Outros dez prefeitos já haviam garantido novo mandato no primeiro turno em 6 de outubro. O Nordeste concentrou a maioria das reeleições, com as vitórias dos prefeitos João Campos (PSB), no Recife, Bruno Reis (União Brasil), em Salvador, JHC (PL), em Maceió e Eduardo Braide (PSD), em São Luís.

Nas demais regiões, foram reeleitos Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, Topázio Neto, em Florianópolis, Lorenzo Pazolini (Republicanos), em Vitória, Tião Bocalom (PL), em Rio Branco (AC), e Arthur Henrique (MDB), em Boa Vista (RR).

O prefeito de Macapá (AP), Dr Furlan (MDB), foi reeleito com a maior vitória dentre as capitais brasileiras, chegando a 85% dos votos válidos.

Entre os prefeitos que não chegaram ao segundo turno, as derrotas em Belém, Teresina e Goiânia eram previstas.
 

Edmilson Rodrigues (PSOL), de Belém, ficou em terceiro lugar, com 9,8% dos votos. O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), ficou em sexto lugar com apenas 3,4% dos votos. Ele foi eleito vice-prefeito em 2020 e havia assumido com a morte do prefeito Maguito Vilela (MDB).

Em Teresina, o atual prefeito José Pessoa Leal, conhecido como Dr. Pessoa (PRD), terminou a disputa do primeiro turno em terceiro lugar, com apenas 2,2% dos votos válidos. Na capital do Piauí, a decisão saiu já no primeiro turno, com a vitória de Silvio Mendes (União Brasil).

(Informações da Folhapress)

 

CRISE POLÍTICA

Permanência do PT na administração do governador Riedel divide o partido

Provável presidente da sigla, o deputado federal Vander Loubet defende que legenda mantenha os cargos no governo estadual

08/04/2025 08h00

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto Foto: Giovanni Colett/Divulgação

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A publicação feita pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) nas suas redes sociais, defendendo a anistia irrestrita aos presos do 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), causou uma divisão dentro da executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul.

Uma ala do partido defende a imediata saída da legenda da administração estadual, entregando os vários cargos que ocupa e até o comando da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), enquanto outro grupo atende que o PT deve continuar na gestão de Riedel como uma forma de marcar presença até, pelo menos, que ele decida para qual partido vai migrar ou se vai continuar no ninho tucano.

Entre os que defendem a permanência no governo Riedel, está o deputado federal Vander Loubet (PT), que informou sobre a reunião da executiva estadual do partido na manhã de ontem, em Campo Grande.

“Na reunião, não houve nenhum tipo de decisão no sentido de que o PT vá deixar a base ou vai abandonar de vez o governo Riedel”, revelou ao Correio do Estado.

O parlamentar explicou que tanto ele quanto outras lideranças do partido, como o deputado estadual Zeca do PT, já se manifestaram contra a posição do governador sobre a questão da anistia aos presos que depredaram os prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“No entanto, o fato de haver divergência a respeito desse tema não significa que o PT tenha que abandonar o governo Riedel, ou ainda pior, cortar relações. Muito pelo contrário, entendemos que o governo estadual continua sendo um governo em disputa, ou seja, que o PT precisa ocupar os espaços dentro dele para conseguir colocar em prática as políticas públicas”, argumentou. 

Para ele, o partido entende que a implantação de políticas públicas é importante, principalmente as voltadas para a questão da agricultura familiar, que envolve os assentados da reforma agrária, bem como a questão dos povos indígenas e dos quilombolas, que é uma pauta importante para o PT.

Ainda em relação à permanência ou não do PT na base de apoio do governo Riedel, ocupando cargos e espaços na gestão estadual, Loubet entende que ainda há muitos outros fatores, sendo necessário o partido aguardar para tomar qualquer tipo de decisão.

“É necessário aguardar para ver para que partido o governador Eduardo Riedel vai migrar, se vai continuar no PSDB, se vai para alguma outra legenda. Isso é um elemento que pode pesar em uma decisão dessas, portanto, ainda temos muitas questões para se aguardar e, só depois, analisar uma decisão como essa”, explicou ao Correio do Estado.

CONTRÁRIOS

Entre os que são favoráveis à debandada do PT do governo Riedel está o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que defendeu que o partido precisa deixar a base aliada da gestão estadual.

“Acredito que chegou a hora do PT desembarcar desse governo. Não é possível conviver com um governo que apoia golpistas e não tem apreço pela democracia”, declarou.

O parlamentar defendeu que o compromisso do PT em Mato Grosso do Sul é com a reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições gerais do ano que vem.

“O atual governo lidera um projeto de combate às desigualdades sociais, defesa da democracia e crescimento sustentável. Precisamos apresentar uma proposta coerente com essa visão. Sem anistia para golpistas. Golpe nunca mais. Democracia sempre”, reforçou.

Além de criticar a fala de Riedel, a deputada estadual Gleice Jane (PT) também defendeu que o partido se retire da base de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). De acordo com ela, a posição do governador gera preocupação, indignação e questionamentos, tendo em vista que, após os atos de vandalismo, Riedel foi até Brasília e caminhou com o presidente Lula ao pedir justiça pelos atos.

“Permitir que os responsáveis por atos de violência, destruição e ameaças à democracia sejam isentos de punição representa um retrocesso perigoso para o povo brasileiro, e a postura adotada pelo chefe do Executivo sul-mato-grossense coloca em risco a segurança do povo. Por isso, reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”, finalizou.

Saiba - Executiva critica Riedel e prioriza reeleger Lula

A executiva estadual do PT considerou inaceitável a manifestação do governador Eduardo Riedel em favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. A direção cobrou coerência dele, tendo em vista que o PT apoiou a candidatura dele no segundo turno das eleições de 2022.

As consequentes medidas políticas decorrentes dessa posição serão tomadas em consonância com a base, levando em conta a prioridade de reeleger o presidente Lula, com ampliação das bancadas e a conquista de uma das vagas ao Senado.

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Política

Trump diz que EUA estão em 'conversas diretas' com Irã e confirma reunião bilateral

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca

07/04/2025 20h00

Deputados de MS acompanham posse de Trump

Deputados de MS acompanham posse de Trump Reprodução redes sociais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda, 7, que seu governo está em "conversas diretas com o Irã" e classificou como "muito importante" uma reunião bilateral prevista para o próximo sábado "Prefiro que cheguemos a um acordo com o Irã", disse, sem revelar o local do encontro. "Não posso falar mais desse encontro, nem onde será", acrescentou.

O tom, no entanto, foi ambíguo. Apesar de demonstrar otimismo ao afirmar que espera que as "conversas com o Irã sejam muito positivas", Trump foi rígido ao dizer que, se não houver avanços, "será um péssimo dia para eles". Ele também reiterou uma das principais exigências dos EUA na questão nuclear: "Posso falar que o Irã não pode ter armas nucleares."

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. "Eles não podem ter armas nucleares", concordou o premiê, que afirmou ter conversado com Trump sobre tarifas, reféns e Gaza. Segundo ele, os dois países trabalham em "outro acordo sobre Gaza para derrotar o Hamas" e em uma nova troca de reféns. Trump também comentou a situação no território: "Seria ótimo ter uma força americana controlando parte da Faixa de Gaza", disse. "Gaza é um ótimo local, mas que ninguém quer viver ali agora."

Em meio ao alinhamento diplomático, Netanyahu sinalizou disposição para avançar em questões comerciais com Washington. "Reconheço que precisamos ter relações comerciais justas com os EUA. Vamos eliminar o déficit comercial e barreiras comerciais", afirmou. Mesmo com a promessa de Netanyahu, Trump destacou que não deve eliminar as tarifas aplicadas sobre importações de Israel aos EUA.

Em paralelo, o governo dos EUA intensificou a retórica contra os Houthis. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que "foram três péssimas semanas para os Houthis e isso vai piorar". Segundo ele, Washington foi "muito claro ao Irã para que não apoiem os Houthis ainda mais" e prometeu aumentar a pressão. Trump reforçou a mensagem: "Nosso exército está muito poderoso e continuará assim."

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