O nome da primeira-dama de Campo Grande, Tatiana Trad – esposa do prefeito Marquinhos Trad (PSD) –, surgiu nos bastidores tucanos como possível vice-governadora na chapa de Eduardo Riedel (PSDB) ao governo de Mato Grosso do Sul, em 2022.
Além dela, o PSDB trabalha com outros dois nomes de pratas da casa (um deles nem tanto): a deputada federal Rose Modesto e o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.
A medida em que 2022 se aproxima, as articulações políticas para as eleições do próximo ano começam a se aproximar do que poderão ser chapas.
Em meio a estas negociações, os cargos de vice-governador têm se tornado não somente cobiçados por alguns políticos, mas até mesmo estratégicos para a formação de alianças.
Tatiana, se colocada como vice-governadora na chapa de Eduardo Riedel, poderia abrir caminho para que Riedel tenha um adversário a menos nas próximas eleições: Marquinhos Trad, cuja pré-candidatura foi lançada no fim de outubro, pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
Interlocutores do PSDB disseram ao Correio do Estado que o arranjo de Tatiana Trad na candidatura de Eduardo Riedel é interessante, porque não acaba com o objetivo maior que levou Gilberto Kassab a lançar candidaturas do PSD em todos os estados:
A de eleger uma bancada numerosa na Câmara dos Deputados, demonstrar força no Congresso e, de quebra, ter acesso a um bom naco do fundo partidário.
Dentro do PSD, a hipótese de inserir a esposa do prefeito da Capital na chapa de Eduardo Riedel ainda é vista como uma possibilidade. Marquinhos Trad tem até o dia 2 de abril para decidir se vai ou não candidatar-se ao governo.
Para disputar as eleições, ele teria de abrir mão de mais de dois anos de mandato como prefeito de Campo Grande e entregar o Executivo municipal a sua vice, Adriane Lopes (Patriota).
Caso Tatiana entre para a chapa de Riedel, a trajetória dela poderá ser muito similar à de Adriane Lopes, esposa do deputado estadual Lídio Lopes (Patriota), que entrou para a política para ser vice de Marquinhos
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PRATAS DA CASA
Mas as conversas para escolher o próximo vice de Eduardo Riedel podem ficar dentro de casa, caso o PSD, de fato, opte por uma candidatura própria e se outros partidos aliados não oferecerem um nome com mais apelo para a vice-governadoria.
Um dos nomes que ainda está no radar dos tucanos é o da deputada federal Rose Modesto.
Mesmo os muitos flertes da deputada federal com o PSL/DEM (futuro União Brasil) e com o Podemos (partido que sempre foi sua linha auxiliar), a deputada poderá receber o convite para voltar a ser vice-governadora.
Não seria tudo o que ela queria – já que desde o início ela já cogitou ocupar o posto de pré-candidato do PSDB ocupado por Riedel – mas poderia ajudar nos planos dela, caso o projeto de candidatar-se governadora por outro partido não avance.
O outro plano do PSDB e de Rose é manter ela na Câmara dos Deputados.
O outro tucano que está no radar para a vice-governadoria é o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. Assim como no caso de Rose Modesto, trata-se de outro nome do PSDB que tem um bom prestígio em vários setores da população, sobretudo nas classes mais populares (e mais numerosas).
Recentemente, em entrevista ao Correio do Estado, Geraldo Resende admitiu que “joga em todas as posições” e que está à disposição do partido.
Seu plano A, porém, é o de ser candidato a deputado federal. Atualmente, Resende é o primeiro suplente da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e só não está na Câmara dos Deputados, na vaga atualmente ocupada por Bia Cavassa, porque é o titular da Secretaria de Saúde.


O voto do deputado apareceu durante as deliberações das propostas na última sessão plenária da ALEMS de 2025 nesta quarta-feira (17) / Fonte: Reprodução


