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Começa amanhã a Semana do Artesão

Começa amanhã a Semana do Artesão

Redação

15/03/2010 - 22h55
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A partir de hoje, uma série de atividades – workshop, exposições, debates, entre outras ações – acontecerão em Campo Grande destacando a produção artesanal de Mato Grosso do Sul, que nos últimos anos apresentou impulso inédito. “Antes a única referência do artesanato local eram as criações de Conceição dos Bugres, hoje isso mudou muito, apareceram outros artesãos que com suas obras trouxeram mais identidade local à produção do Estado. No ano passado, levamos peças feitas por aqui para um evento em Curitiba, numa tarde vendemos praticamente tudo que levamos”, conta o presidente da Fundação de Cultura do Estado Américo Calheiros. O bom momento do artesanato local é reflexo direto da ação do Sebrae e do Governo do Estado, que buscam estabelecer programas que auxiliem os artesãos. “Há 15 anos, o Sebrae investe no segmento e o resultado pode ser visto agora com a qualidade e a criatividade dos trabalhos apresentados”, destaca Américo. Hoje, das 8 às 18h, abrindo o evento, acontece no Auditório do Sebrae – Avenida Mato Grosso 1.661 – workshop sobre estratégias de vendas, tendências de consumo e potencialidades do mercado corporat ivo em Mato Grosso do Sul. Amanhã, das 8h30min às 16h, no Mezanino da Fundação de Cultura – Avenida Fernando Corrêa da Costa 559 – será realizada rodada de negócios. Na quinta e sexta-feira, das 8h às 18h acontece feira de artesanato com exposição e venda de artesanato regional na entrada do Sebrae. De 19 de março até o dia 14 de abril na Casa do Artesão – acontece mais uma edição do Exposições Temporárias, com a participação de vários artesãos. No contexto dos negócios, a Semana do Artesão pretende valorizar a qualificação e colocar o produtor frente a frente com o comprador, explorando toda a potencialidade do artesanato como gerador de renda. Além dos negócios, a semana contará com a exposição dos trabalhos de artesãos participantes do projeto Comércio Brasil na Casa do Artesão dentro do cronograma das Exposições Temporárias 2010. Além de apresentar as características próprias de cada artista aliada à identidade regional impressa no Estado, a exposição é uma oportunidade única para quem gosta e procura por peças artesanais. O workshop, aberto para 80 pessoas, irá orientar os artesãos quanto às potencialidades do mercado. A rodada de negócios pretende aproximar o artesão do consumidor. Devem participar 20 grupos, com receita de negócios prevista em R$ 50 mil. Em paralelo, a Feira do Artesanato beneficiará 40 artesãos de todo o Estado, com exposição e comercialização de produtos no Sebrae. A Casa do Artesão abre Exposição Temporária para o artesanato de artistas do projeto Comércio Brasil. Os artesãos têm recebido uma atenção especial da Fundação de Cultura. O artesanato sul-mato-grossense é presença marcante no mercado nacional e a visibilidade de seus produtos artesanais é alcançada principalmente pela participação em feiras estaduais e nacionais. Profissionais do Estado também conquistaram o prêmio Top 100, do Sebrae, obtendo reconhecimento pela qualidade dos trabalhos. Além disso, a fundação vem multiplicando os núcleos de produção, por meio do projeto Artesania, que leva oficinas de diversos ramos do fazer artesanal para comunidades do interior do Estado, aproveitando sempre as potencialidades de matériaprima de cada local. Ele visa a resgatar também, os ofícios tradicionais transformandoos numa possibilidade econômica de geração de trabalho e renda nas comunidades. Entre as oficinas realizadas figuram as que usam a palha de milho e de bananeira, frutas típicas para a produção de doces em compotas e cristalizados, fibra de taboa, tecidos, crochê e bordado com motivos pantaneiros, modelagem em cerâmica, madeira, osso, bambu, cabaça, entre outras. Os artesãos recebem ainda capacitações para gestão dos produtos como formação de preços, a elaboração da identidade visual, criação de embalagem, logomarca, rótulos e material de divulgação, para agregar valor na comercialização dos produtos e atender as exigências do mercado consumidor. “A melhor forma de enaltecer o trabalho do artesão é possibilitar uma ampla parceria à divulgação de seus trabalhos e a reflexão e capacitação em seu fazer. O artesanato sul-mato- grossense cresceu em qualidade e valor cultural e hoje se situa com muita propriedade no mercado local, nacional e internacional”, destaca o presidente da Fundação de Cultura, Américo Calheiros.

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Alcolumbre marca análise de vetos de Lula após um ano

A leitura do requerimento ainda é vista como uma possibilidade, pois não consta na ordem do dia da próxima terça-feira. (17)

15/06/2025 20h00

Antonio Cruz / Agência Brasil

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), convocou sessão conjunta do Congresso Nacional na próxima terça-feira, 17, para analisar uma série de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Existe ainda a possibilidade de o parlamentar fazer a leitura do requerimento para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fraudes no INSS.

A leitura do requerimento ainda é vista como uma possibilidade, pois não consta na ordem do dia da próxima terça-feira. A CPMI para investigar o esquema de descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas contou com o apoio de 223 deputados e de 36 senadores.

Embora a CPM não conste na ordem do dia, Alcolumbre avisou os líderes partidários no dia 22 de maio que eles deveriam se reunir o mais rápido possível para firmar acordos, pois haverá uma sessão do Congresso "para deliberar tudo o que tiver para deliberar: vetos acordados ou não, vetos da lei de diretrizes orçamentárias acordados ou não, e o requerimento da CPMI".

Essa será a primeira sessão do Congresso de análise de vetos presidenciais no último ano. A última vez em que deputados e senadores se reuniram para votar as decisões do presidente Lula sobre leis foi em maio do ano passado.

Confira alguns dos principais vetos que serão analisados pelo Congresso:

- Veto parcial à lei complementar da reforma tributária, que institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).

- Veto parcial à lei institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).

- Veto total à lei que classifica diabetes tipo 1 como deficiência.

- Veto total à lei que dá direito a indenização por dano moral e a concessão de pensão especial à pessoa com deficiência permanente decorrente de infecção pelo vírus Zika.

- Veto parcial à lei que mantém por dez anos o nome de pessoas condenadas por pedofilia no Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, após cumprimento da pena.

Na lista de vetos a serem analisados pelo Congresso consta, por exemplo, a decisão de Lula a favor de barrar o "jabuti" que poderia ser usado para reduzir a transparência dos salários do Poder Judiciário e do Ministério Público, conforme revelado pelo Estadão.

Os parlamentares vão analisar 60 vetos, dentre os quais boa pare divide o governo e a oposição. Alcolumbre declarou recentemente que esperava um movimento dos dois lados em prol de um acordo para apreciação dos vetos.

Além dos vetos, serão votados dois projetos de lei do Congresso e duas propostas de resolução. Um dos texto em pauta muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano para possibilitar que as propostas do governo de mudanças no Imposto de Renda de pessoas físicas possam valer por tempo indeterminado, e não mais por cinco anos.

Como revelou o Estadão, foram inseridos dois "jabutis" no texto para atrelar a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês ao aumento do número de deputados na Câmara e à recuperação de verbas do orçamento secreto que haviam sido canceladas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

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G7 tem volta de Trump e presença de Lula, com conflito Irã-Israel e tar

Além do Brasil, Austrália, Ucrânia, Coreia do Sul, México e Índia foram convidados para participar da cúpula do G7 neste ano

15/06/2025 19h00

Agência Brasil / Reprodução Internet

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A Cúpula do Grupo dos Sete (G7) começa neste domingo, no Canadá, com tensões elevadas em razão da escalada do conflito entre Israel e o Irã e da ameaça de uma guerra comercial global, faltando menos de um mês para o fim da trégua tarifária anunciada em abril pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença na semana passada e deve chegar amanhã à noite para participar do encontro dos países mais ricos do mundo

Além do Brasil, Austrália, Ucrânia, Coreia do Sul, México e Índia foram convidados para participar da cúpula do G7 neste ano O encontro acontece entre hoje e terça-feira, em Kananaskis, Alberta, no Canadá. Essa é a 50ª reunião do grupo, formado por EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

Será a primeira vez que Lula e Trump estarão na mesma mesa de negociações desde a posse do republicano, em janeiro. O presidente brasileiro deve aproveitar a alta cúpula global para encontros bilaterais, em especial com Trump. Uma das reuniões já pré-acordadas deve ser com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, que busca apoio para a guerra contra a Rússia. Se realizada, será a segunda reunião entre ambos. A primeira ocorreu durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2023, em Nova York, após a tentativa frustrada de um encontro durante o G7 daquele ano, no Japão.

O petista confirmou sua participação na cúpula somente na semana passada, após convite formal feito pelo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, durante telefonema, a poucos dias do evento nas montanhas canadenses. A presença de Lula na cúpula do G7, contudo, já era prevista. Em visita a Paris, o brasileiro fez, inclusive, uma brincadeira sobre o assunto e disse que iria ao Canadá enquanto os Estados Unidos não anexassem o país vizinho. "Vou participar do G7 antes que os EUA anexem o Canadá como estado americano. Aproveitar esse pouco tempo de respiro que o Canadá tem como soberano", disse Lula, na ocasião.

Para a vice-diretora do Centro de Geoeconomia do Atlantic Council, Ananya Kumar, o convite do G7 a países como o Brasil ocorre em meio ao maior peso dessas nações na economia global, em detrimento da menor representatividade das mais desenvolvidas Em 1992, quando a Rússia participou pela primeira vez do G7, as economias combinadas dos cinco países fundadores do bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) respondiam por menos de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) global, enquanto o Grupo dos Sete concentrava 63%. "Hoje, a participação do G7 é de 44% do PIB mundial e a dos membros fundadores do Brics mais que dobrou, chegando a quase 25%", destaca Kumar.

Neste ano, a cúpula do G7 deve ser marcada pela escalada de novos conflitos entre Israel e o Irã, com reflexos na segurança e na economia mundial devido ao salto nos preços do petróleo. A renovada tensão no Oriente Médio tende a pautar parte da reunião, consumindo a agenda dos líderes para outros assuntos. Os membros do G7 devem tentar persuadir Trump, único líder com real influência sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Israel solicitou ao governo americano que se juntasse à guerra contra o Irã para eliminar o programa nuclear de Teerã, segundo a imprensa estrangeira.

Fim da trégua tarifária

As atenções com os conflitos no Oriente Médio dividem o palco com as tarifas de Washington, faltando menos de um mês para o fim da pausa das novas taxas, anunciadas em abril. Há expectativa de avanço nos acordos entre os EUA e países como Japão e Canadá durante a cúpula. Até o momento, os americanos selaram acordo apenas com o Reino Unido e avançaram em tratativas preliminares com a China.

O primeiro-ministro do Canadá afirmou que uma reunião bilateral com Trump, à margem do encontro do G7, será determinante para avaliar o quão próximos os dois países estão de um acordo sobre tarifas dos EUA. "A cúpula do G7 em Alberta será importante por várias razões", disse Carney, em entrevista à emissora Radio-Canada.

Em comunicado, o G7 lista três prioridades para 2025: proteção mundial, com o combate à interferência estrangeira e a melhoria de respostas conjuntas a incêndios florestais; segurança energética e aceleração da transição digital; e parcerias para ampliar os investimentos privados, com a geração de empregos mais bem remunerados. "A Cúpula de Líderes do G7 em Kananaskis é um momento para o Canadá trabalhar com parceiros confiáveis para enfrentar os desafios com união, propósito e força", diz o primeiro-ministro do Canadá, em nota do bloco.

O G7 se reúne anualmente para debater as principais questões econômicas e políticas globais. O grupo foi criado em 1975, quando a França convidou os líderes, juntamente com a Itália, para a primeira cúpula oficial. No ano seguinte, o Canadá juntou-se ao bloco dos países mais ricos do mundo, criando o G7. A União Europeia também participa das reuniões, mas não é considerada membro oficial.

Nos últimos anos, grandes mercados emergentes têm sido convidados para participar da cúpula, a exemplo de Brasil, Índia, México, África do Sul e até mesmo a China, cujo papel na economia global tem sido debatido no bloco. "O comunicado dos líderes do ano passado foi especialmente crítico em relação à China, que foi mencionada vinte e nove vezes?", observa Kumar, do Atlantic Council. A Rússia foi suspensa em 2014, devido à anexação da Crimeia.

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