Política

BRASÍLIA

"Gordinho do Bolsonaro" é único deputado de MS a assinar pedido de impeachment de Lula

Deputado federal foi o único da bancada da bancada local a assinar pedido e também incluiu como justificativa a indicação de Zanin ao STF

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Único deputado federal de Mato Grosso do Sul a assinar o pedido de destituição do presidente da República Inácio Lula da Silva (PT), Rodolfo Nogueira (PL), diz que o Chefe de Estado não representa o Brasil ao receber Nicolás Maduro, presidente da Venezuela “com honras” em visita oficial ao país. O encontro entre o petista e o venezuelano aconteceu no dia 31 de maio. 

De acordo com ele, o principal motivo para o pedido de afastamento, feito  pelo parlamentar Sanderson, do PL do Rio Grande do Sul, é o convite que Lula fez para que Maduro visitasse o Brasil. Este já é o segundo pedido de impeachment do presidente protocolado pelo deputado gaúcho em seis meses de governo petista. 

Rodolfo, fiel seguidor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o país não pode compactuar com esta atitude de Lula e seria errado ficar calado diante deste acontecimento, que o parlamentar classificou como “afronta”. 

Não podemos compactuar com esse tipo de comportamento. Um absurdo um chefe de estado tentar construir uma narrativa grosseira de que Maduro não é um ditador”, disse Nogueira em nota, acrescentando que, além disso, o presidente venezuelano seria um “narcoditador” e genocida. 

Outro ponto levantado pelo deputado é o fato de que o presidente indicou Cristiano Zanin para a próxima vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin é advogado pessoal do petista e o defendeu durante todo o processo na Lava-Jato. 

A indicação foi feita no dia 1º deste mês e, se aprovada a indicação, ele deve ocupar a cadeira de Ricardo Lewandowski, que se aposentou no dia 11 de abril. O advogado foi responsável foi protocolar a ação que anulou todas as condenações de Lula durante a operação Lava-Jato. 

“Sem contar com a indicação de um advogado ‘amigo’ e aliado  que o livrou de vários crimes. O Brasil não é isso”, pontuou Nogueira. 

Importante ressaltar que para Lula realmente sofra um pedido de impeachment é preciso mais que protocolá-lo na Câmara. Também é necessário que o presidente do parlamento, Arthur Lira (PP), faça a análise e o coloque em votação. 

Cumprindo seu primeiro mandato como deputado federal, Rodolfo alavancou sua campanha eleitoral na esteira do bolsonarismo, inclusive se autodenominando como “Gordinho do Bolsonaro”.

Também do PL,  o deputado federal Marcos Pollon conseguiu ocupar uma cadeira na Câmara na mesma onda direitista conservadora, contudo, não acompanhou o colega de partido na petição. Quem também se absteve de assinar o pedido foi Luiz Ovando (PP), que também é oposição do governo.

Ao Correio do Estado, Luiz Ovando disse que não teve acesso ao pedido para poder assinar porque o documento ficou restrito a um grupo de parlamentares específicos. 

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Suspensão

Barroso diz que X é 'bem-vindo' de volta no Brasil se cumprir leis e decisões judiciais

Não é a primeira vez que o presidente do STF se pronuncia sobre o embate com o X

21/09/2024 23h00

Roberto Jayme / TSE

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O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse neste sábado, 21, que o X (antigo Twitter) poderá voltar a funcionar no Brasil se cumprir exigências legais e decisões judiciais.

"Idealmente, se o X, como qualquer empresa, tiver representação no Brasil e disposição de cumprir a legislação brasileira e as ordens da Justiça brasileira, será bem-vindo de volta", declarou à Folha de S. Paulo em Nova York.

Barroso viajou aos Estados Unidos para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Não é a primeira vez que o presidente do STF se pronuncia sobre o embate com o X. O ministro já havia alertado que todas as empresas em funcionamento no Brasil precisam se submeter às decisões da Justiça brasileira.

A rede social foi suspensa no final de agosto, depois de fechar o escritório no Brasil alegando sofrer censura do ministro Alexandre de Moraes. Empresas estrangeiras não podem operar em território brasileiro sem um representante que responda legalmente pelas operações.

Além disso, a plataforma acumulou mais de R$ 18 milhões em multas por, segundo Moraes, descumprir decisões judiciais para bloquear perfis investigados por fake news e ataques contra a democracia.

Ontem, em um recuo, o X informou a Moraes que nomeou a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como sua representante legal em território brasileiro. Ela ocupava a função antes da suspensão da rede social e do fechamento do escritório no Brasil

O ministro não ficou satisfeito com as informações prestadas e notificou a empresa neste sábado para complementar a documentação com comprovantes que atestem o vínculo da advogada com a plataforma.

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Política

G20 Brasil: Grupo de economia digital aprova declaração sobre combate à desinformação

O documento aponta como prioritária a promoção de um ecossistema digital que seja robusto e sustentável, além de fomentar um ambiente de informação "diversificado e resiliente"

21/09/2024 22h00

G20 Brasil Divulgação

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O Grupo de Trabalho de economia digital do G20 aprovou uma declaração ministerial com quatro eixos centrais, entre elas a "integridade da informação", informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Foi a primeira elaboração sobre esse tema e com essa abrangência, que contou com negociações e aprovação de um órgão multilateral, de acordo com a Secom.

Os quatro eixos escolhidos foram: conectividade significativa, governo digital, inteligência artificial e integridade da informação. Além da declaração, o GT deve levar aportes sobre o tema à Cúpula de Líderes do G20, que acontece em novembro, no Rio de Janeiro, e reunirá representantes de todas as nações do grupo.

O documento aponta como prioritária a promoção de um ecossistema digital que seja robusto e sustentável, além de fomentar um ambiente de informação "diversificado e resiliente", conforme diz a nota de divulgação da Secom, por meio do acesso a informações independentes, factuais e baseadas em evidências, que combatam a desinformação.

Na avaliação do ministro da Secom, Paulo Pimenta, a entrada desse tema na agenda do G20 foi o reconhecimento de que é preciso atentar para os impactos da desinformação e dos discursos de ódio na sociedade. "O Brasil aposta numa abordagem abrangente, que promova o equilíbrio de direitos. Acreditamos no valor da informação e da transparência", disse.

Junto da declaração, o GT listou cinco eixos, construídos em parceria com a Unesco, que apontam "possíveis caminhos" para os governos abordarem o tema. São eles: o fortalecimento da resiliência da sociedade, o fomento ao desenvolvimento e a sustentabilidade de fontes de conteúdo, o aumento da transparência e responsabilidade e incentivo à pesquisa, o aperfeiçoamento da governança da integridade da informação e da capacidade institucional, e o incentivo e respeito à integridade da informação por parte dos agentes públicos e privados.

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