Política

SAÚDE PÚBLICA

Deputado do PT quer liberar medicação à base de cannabis em Mato Grosso do Sul

Parlamentar aponta que uso não seria irrestrito, mas apenas sobre prescrição médica com detalhamento do problema a ser tratado

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O deputado estadual eleito pelo Partido do Trabalhadores (PT), Pedro Kemp, protocolou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) um projeto de lei que tem o objetivo de regularizar medicamentos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) para o tratamento de doenças e síndromes em pacientes do Estado. 

De acordo com o projeto de lei, caso aprovado, os medicamentos, que podem ser industrializados ou artesanais, seriam fornecidos por associações que estariam devidamente autorizadas a prodizir e fazer a distribuição do produto, sendo que o Estado não poderia se opor ao acesso dos pacientes aos medicamentos. 

O projeto ainda prevê que para ter acesso aos medicamentos feitos à base de CBD e THC, o paciente precisará de prescrição médica na qual constará qual a doença, síndrome ou transtorno do paciente.

Também seria válida uma declaração assinada pelo médico em que ele aponte estudos científicos que respaldem a indicação da medicação, bem como relate os efeitos colaterais enfrentados pelo paciente com tratamentos convencionais.

O projeto ainda prevê que, além de poder ser distribuído por entidades beneficentes, a medicação também poderá ser distribuída, excepcionalmente, nas unidades de saúde públicas estaduais. 

Neste caso, a medicação poderá ser nacional ou importada, industrializada e deverá seguir todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Independente da forma de fornecimento para o paciente, a prescrição médica será obrigatória. 

O parágrafo 2º do projeto ainda lembra que o fornecimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) só será possível quando o paciente comprovar que nem ele e nem seus familiares têm condições financeiras para adquirir o medicamento de outras formas. 

Em sua justificativa, o deputado Pedro Kemp aponta que já existem diversos estudos que mostram que as substâncias CBD e THC auxiliam em diversos tratamentos de saúde como síndromes epilépticas, esclerose múltipla e fibromialgia, entre tantas outras. Além disso, que remédios à base de cannabis também tendem a melhorar efeitos colaterais de tratamentos como a quimioterapia. 

O parlamentar ainda lembra que no Brasil, a Anvisa já concede autorização para determinados tratamentos à base das substâncias, porém, a liberação ainda esbarra em muitas restrições, especialmente pelo custo de importação. 

“A regulação prevista neste projeto de lei é plenamente cabível ao nível de normatização estadual, tendo em vista que a Constituição Federal prevê matérias que carecem que regulamentação legislativa, instituindo também a competência para tratar as mesmas”, enfatiza Kemp. 

Por fim, o parlamentar lembra que o uso dos medicamentos, em todo caso, seria restrito à pacientes que apresentarem prescrição médica com descrição detalhada da necessidade do uso de canabidiol, além da posologia recomendada.

Política

Depois que aprovar a PEC da Segurança Pública, vamos recriar o ministério, diz Lula

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher

17/12/2025 21h00

Presidente da República, Lula

Presidente da República, Lula Divulgação/Ricardo Stuckert

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 17, que não discute segurança pública por falta de competências previstas ao governo federal. Segundo Lula, é necessária a aprovação da PEC da Segurança Pública para definir as atribuições do Planalto sobre o tema. Ele voltou a prometer a criação do Ministério da Segurança Pública caso a emenda constitucional passe pelo Congresso.

"Eu nunca quis discutir segurança pública porque não era papel do governo federal porque a Constituição não dá ao governo federal o direito de se interferir na segurança pública. (...) Por isso que eu quero aprovar a PEC, porque depois que aprovar a PEC, que definir o papel da União na questão da segurança pública, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública", afirmou o presidente.

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher. Segundo o petista, os ministros homens não conseguem discutir o tema com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O presidente também declarou que os possíveis adversários dele em 2026 não possuem novidades para oferecer aos eleitores. "Quero saber quais as novidades que eles vão propor", declarou Lula.

 

Política

Ex-advogado de Bolsonaro é condenado por injúria racial

Prisão foi convertida em penas alternativas

17/12/2025 19h00

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro Pedro França/Agência Senado

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A Justiça do Distrito Federal condenou nesta quarta-feira (17) o advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro, por injúria racial contra uma atendente de pizzaria.

O advogado foi condenado a 1 ano e 9 meses de prisão, convertida para penas alternativas, e ao pagamento de R$ 6 mil por danos morais.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público após ofender a atendente. O episódio ocorreu no dia 8 de novembro de 2020, em Brasília. 

De acordo com o processo, Wassef chamou a funcionária de “macaca” após ficar insatisfeito com o sabor da pizza.

“Após ser atendido e concluir a refeição, o denunciado dirigiu-se ao caixa e disse para a vítima que a pizza estava uma merda, tendo ela dito que apenas ele teria reclamado. O denunciado retrucou, ofendendo a vítima com termos preconceituosos, nos seguintes termos: Você é uma macaca, você come o que te derem”, diz a denúncia.

Ao julgar o caso, o juiz Omar Dantas Lima, 3ª Vara Criminal de Brasília, entendeu que o insulto ofendeu a dignidade da atendente.

“A expressão macaca, tão bem retratada na prova oral, carrega intenso desprezo e escárnio. A palavra proferida é suficiente para retratar a intenção lesiva”, afirmou o magistrado.

Cabe recurso contra a decisão. 

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