Política

ELEIÇÕES 2024

Domingo de eleições terá reforço policial no locais de votação

Também terá o auxílio de 65 viaturas e dois helicópteros; boletins das ações no dia do pleito eleitoral serão divulgados no domingo (27), às 10h e após o resultado das eleições

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A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) divulgou que, neste domingo (27), a Capital vai ter um reforço de 636 policiais durante as eleições municipais que decidirão a próxima chefe do executivo de Campo Grande.

Apelidada de Operação Eleições 2024 2º Turno, os agentes irão atuar nos locais de votação e apuração, a fim de garantir a tranquilidade e pacificação entre os eleitores. Além do reforço no número de agentes, a operação também contará com 65 viaturas e dois helicópteros.

O monitoramento será realizado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado no Parque dos Poderes, onde as polícias Militar e Civil, Rodoviária Federal, Federal, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil estarão. Os trabalhos irão começar às 6h30 e seguirá assim até o anúncio oficial do resultado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Segundo a Sejusp, o principal foco da operação será a prevenção e repressão de crimes eleitorais, como boca de urna, compra de votos e coação eleitoral, com o objetivo de garantir a lisura do processo eleitoral.

Ainda, neste domingo serão divulgados dois boletins sobre a Operação, um parcial às 10h e outro completo já após a divulgação da vencedora para a Prefeitura de Campo Grande. Um pouco antes do primeiro boletim, Wagner Ferreira da Silva, Secretário-Executivo de Segurança Pública, junto com a equipe integrada, concederá coletiva à imprensa.

Operação no 1º turno

Durante o andamento do 1º turno das Eleições Municipais em Mato Grosso do Sul, a operação da SEJUSP prendeu seis candidatos e dez eleitores em MS. O esquema de segurança, no primeiro turno das eleições municipais, teve empenho de 2.717 militares, 286 viaturas, 3 helicópteros, 1 avião e vários drones no sábado (5) e domingo (6).

De acordo com o levantamento de ocorrências da Operação das eleições, as prisões de candidatos ocorreram nos municípios de Paranaíba, Itaquiraí, Sete Quedas, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Rio Verde de Mato Grosso.

Os casos de prisão dos eleitores aconteceram nas cidades de: Itaporã (1), Paranaíba (2), Caracol (2), Água Clara (2) e Santa Rita do Pardo (3).

O município de Sete Quedas, segundo a Sejusp, foi a cidade onde ocorreu mais ocorrências envolvendo crimes eleitorais, com três flagrantes de compra de votos e um caso de desordem.

Neste final de semana foram apreendidos pelas forças de segurança R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitoras junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo apreendido.

Na capital Campo Grande, foi registrado apenas um caso de propaganda eleitoral irregular. Além de um atendimento de um idoso, de 60 anos, que sofreu uma crise convulsiva em uma escola na Vila Santa Luzia, sendo prontamente atendido pelo Corpo de Bombeiros.

No total foram registrados 26 crimes eleitorais em Mato Grosso do Sul.

Diminuição

Durante o primeiro turno das Eleições Municipais de 2024, foram registradas 261 ocorrências criminais em Mato Grosso do Sul, quantidade 47,37% inferior ao número contabilizado no pleito municipal de 2020, que teve 496 ocorrências.

Segundo o levantamento, foram registrados 67 crimes eleitorais, sendo que a boca de urna (12), compra de votos (11) e transporte ilegal de eleitores (11) lideraram as ocorrências.

Constam nos registros ainda 6 tentativas de violação do sigilo do voto e 6 tentativas de prejudicar os trabalhos eleitorais.

Permitido e não permitido

Para garantir a lisura do pleito eleitoral, o TSE possui regras de conduta relacionadas à campanha eleitoral. Clique aqui o que é proibido e permitido para as candidatas e eleitores:

Como denunciar irregularidades?

Qualquer eleitor pode denunciar infrações eleitorais ao juízo da zona eleitoral onde o problema ocorreu. Dependendo da gravidade, o juiz eleitoral poderá encaminhar a denúncia para análise do Ministério Público, que tomará as providências necessárias.

Veto de prisão

Entrou em vigor, a partir desta terça-feira (22), a proibição para eleitores serem presos e persiste até dia 29, dois dias após o segundo turno das eleições municipais, porém há exceções.

Previsto na legislação eleitoral, a regra exclui prisões em flagrante ou casos de prisões determinadas a partir de sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou desrespeito a salvo-conduto.

Prefeitura - Campo Grande

No último dia 6, os mais de 600 mil eleitores campo-grandenses definiram que a prefeitura será comandada por uma mulher pelos próximos quatro anos. Adriane Lopes (PP) somou 31,67% dos votos válidos, enquanto Rose Modesto (União Brasil) ficou com 29,56%. Na sequência, apareceram os candidatos Beto Pereira (PSDB), com 25,96%, e Camila Jara (PT), com 9,43%.

  • Adriane Lopes (PP): 140.913 votos (31,67%);
  • Rose Modesto (União Brasil): 131.525 votos (29,56%);
  • Beto Pereira (PSDB): 115.516 votos (25,96%);
  • Camila Jara (PT): 41.966 votos (9,43%);
  • Beto Figueiró (Novo): 10.885 votos (2,45%);
  • Luso de Queiroz (PSOL): 3.108 votos (0,70%);
  • Ubirajara Martins (DC): 1.067 votos (0,24%);

*Colaborou Alanis Netto, Judson Marinho e Mariana Piell

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ELEIÇÕES 2024

Abstenções devem ser recorde neste segundo turno em Campo Grande

Diretor do Instituto de Pesquisa Resultado explica que a tendência é de que as ausências dos eleitores passem dos 165 mil

26/10/2024 08h00

Neste domingo, em Campo Grande, acontecem as eleições do segundo turno

Neste domingo, em Campo Grande, acontecem as eleições do segundo turno Reprodução/ TSE

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A participação política é considerada imprescindível para o pleno funcionamento de uma democracia. Nesse sentido, 
o voto é a modalidade mais presente e fundamental para dar legitimidade ao sistema democrático. Entretanto, quando a abstenção é alta, isso se torna um problema que merece atenção, uma vez que mudanças no tamanho e na composição do eleitorado podem levar a desequilíbrios no sistema representativo.

No primeiro turno da eleição municipal deste ano, em Campo Grande, por exemplo, o porcentual ficou em 25,5% do total de 646.216 eleitores campo-grandenses, conforme o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), o que representa 164.799 eleitores ausentes.

Para se ter uma noção do tamanho dessa abstenção registrada no primeiro turno na Capital, os 164.799 eleitores ausentes são maiores que os 140.913 que votaram na prefeitura Adriane Lopes (PP) – candidata à reeleição e primeira colocada no pleito – e que os 131.525 que votaram na segundo colocada, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), além dos 115.516 que votaram no deputado federal Beto Pereira (PSDB), terceiro colocado.

Na avaliação do diretor do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), Aruaque Fressato Barbosa, o porcentual de abstenção que teve no primeiro turno já foi muito alto e a tendência é de que no segundo turno, geralmente, o número de ausência de eleitores fique bem maior, ou seja, deve passar dos 165 mil votos.

Neste domingo, em Campo Grande, acontecem as eleições do segundo turno

CONSCIENTIZAÇÃO

“As duas candidatas que estão no segundo turno deveriam ter feito um trabalho de conscientização junto aos eleitores de Campo Grande, para que, mesmo aqueles que faltaram no primeiro turno, compareçam às urnas neste domingo. Isso porque estão muito enganados aqueles eleitores que não vão votar pensando que a ausência deles não comprometerão o resultado final e que os votos deles não importam”, alertou.

Barbosa explicou que se 5% da população apta a votar for única e exclusivamente em uma das duas candidatas a prefeita e que se 1% se abster de depositar o seu voto na urna eletrônica, o resultado final da eleição será alterado, ainda mais em uma eleição apertada como está a atual.

“Veja bem, temos alguns institutos de pesquisa mostrando que dá a Rose, enquanto outros já afirmam que dá Adriane. Portanto, se as pessoas pensam que não precisam dos votos delas, essas abstenções farão a diferença no resultado final do pleito”, detalhou.

Barbosa pontuou que todo voto é importante e que a pessoa que pensa que é só o seu voto está enganada. “Ela precisa entender que é o voto dela, do fulano, do ciclano e do beltrano somados, portanto, esses quatro votos fazem toda a diferença no escrutínio final. 

E a única chance de realmente fazer valer a sua ideia é ir lá votar, mas, infelizmente, as pessoas não têm essa consciência”, lamentou.

O diretor do IPR reforçou que neste segundo turno a votação será muito mais rápida que no primeiro, pois os eleitores só terão uma candidata para escolher.

“Os eleitores terão duas opções de candidatura, uma ou outra. Se ele não votar, o outro vai votar, acabando por escolher a próxima gestora municipal no lugar dele. Se a pessoa se conscientizar e for votar, pode ser que a candidata dela vença a eleição, caso contrário, por causa da abstenção, pode perder”, ressaltou.

ENTENDA

De acordo com o glossário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abstenção eleitoral é o termo usado para definir a não participação do eleitor no ato de votar.

O índice é calculado como o porcentual de eleitores que, mesmo tendo o direito de votar, não se apresentam às urnas. Resumindo, nesse contexto, abster-se é não comparecer no dia da votação.

O cidadão de 18 a 29 anos é obrigado a votar ou justificar sua ausência em até 60 dias após a data da eleição. Em caso de falta sem uma explicação para a Justiça Eleitoral, uma multa deve ser paga para que a situação seja regularizada.

O valor é praticamente simbólico e pode ser pago por meio do site do TSE, pelo aplicativo do e-Título ou pessoalmente em algum cartório eleitoral.

Apenas aqueles que não votam, não justificam nem pagam a multa sofrem, de fato, algum impedimento. Isso pode afetar a emissão de passaporte e RG, pagamento de salários como servidor público, aprovação de empréstimos ou confirmação de inscrição em concursos públicos. Caso ocorra em três turnos consecutivos, o título eleitoral é cancelado.

Historicamente, países que adotam o voto obrigatório apresentam taxas de participação eleitoral superiores aos países em que a decisão de votar é opcional, como nos Estados Unidos, onde a abstenção já atingiu mais de 40%.

O voto compulsório estimula a participação pelas punições sobre os eleitores faltosos, mas também por desenvolver o hábito de comparecer às urnas.

Por outro lado, as sanções para a não participação são muitas vezes suaves ou a regulamentação é pouco precisa, fazendo com que, na prática, a obrigatoriedade do voto não impulsione tanto assim a ida às urnas.

Esse é o caso, por exemplo, do Brasil, onde o valor da multa é de R$ 3,50. Dessa forma, apesar de ser obrigatório, não é tão complicado assim se abster da votação.

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Política

Após exames em Brasília, Lula apresenta quadro clínico estável"

Presidente está apto para rotina, mas cancela viagem à Colômbia

25/10/2024 22h00

Presidente Lula, levou cinco pontos na cabeça após cair no banheiro

Presidente Lula, levou cinco pontos na cabeça após cair no banheiro Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou exames, nesta sexta-feira (25), em Brasília, e, de acordo com o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, o quadro é estável. Conforme o boletim, Lula está apto a exercer sua rotina de trabalho em Brasília. Uma nova avaliação ocorrerá em cinco dias.

No último sábado (19), Lula sofreu uma queda no banheiro da residência oficial, no Palácio da Alvorada, bateu a cabeça e precisou levar cinco pontos na região da nuca.

Com isso, Lula não irá a São Paulo para o segundo turno das eleições municipais, no domingo (27); o presidente vota em São Bernardo do Campo, no interior do estado, e estaria em atos de campanha de aliados. Ele também não viajará para Cali, na Colômbia, onde participaria da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, que ocorre até o próximo dia 1° de novembro.

Exames de imagem realizados logo após a queda mostraram uma pequena hemorragia no cérebro do presidente, e a equipe médica recomendou, por precaução, evitar viagens de longa distância. Na ocasião, Lula cancelou a viagem que faria para participar da Cúpula de Líderes do Brics, em Kazan, na Rússia.

“O exame está estável em relação aos anteriores. [Lula] está apto para exercer sua rotina de trabalho em Brasília. Uma nova avaliação ocorrerá em cinco dias”, diz o boletim.

O presidente permanece sob acompanhamento da sua equipe médica. Lula está aos cuidados do seu médico pessoal, Roberto Kalil Filho, e da médica da Presidência, Ana Helena Germoglio.
 

*Informações da Agência Brasil 

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