Política

CAMPO GRANDE

Ex-senador Delcídio Amaral é hospitalizado com Covid-19

Ex-senador sentiu-se mal nesta quarta-feira, e precisou ser levado para o Hospital Cassems, onde está internado

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Diagnosticado com Covid-19 no dia 15 de julho, o ex-senador Delcídio Amaral foi internado na noite desta quarta-feira (22) no Hospital Cassems, em Campo Grande.  

O Correio do Estado apurou que o estado de saúde do ex-senador pelo PT, e atualmente filiado ao PTB, agravou-se no fim da tarde desta quarta-feira, quando precisou de ajuda médica.  Ele relatou rápida perda de peso e muito cansaço: "baixei hospital", disse.

Desde o dia em que anunciou que testou positivo para Covid-19, Delcídio Amaral vem publicando em suas redes sociais, relatos de como a doença causada pelo coronavírus se comporta em seu organismo.  

Pouco depois das 20h desta quarta-feira, Delcídio fez a seguinte postagem no Facebook, logo que chegou ao hospital:  

 

A Covid-19 me pegou! (8º dia)

Esse vírus é traiçoeiro. Até hoje, com altos e baixos (o tal ioiô), dei conta de ficar em casa isolado mas o negócio deu uma desandada nos meus exames e sintomas, com perda rápida de peso e muito cansaço. Não deu outra: baixei hospital!  

Mais do que nunca insisto no que, pra mim, já virou um mantra: FIQUEM EM CASA o máximo que puderem mas se precisarem sair, sempre USEM MÁSCARA e respeitem o DISTANCIAMENTO SOCIAL. Até aparecer uma vacina efetiva, não existe outra forma de nos protegermos e aos nossos entes queridos.

“Você nunca sabe o quão forte você é, até que ser forte passa a ser a única escolha que você tem”! (Bob Marley)

Boa noite e cuidem-se.

 

CANSAÇO

Na terça-feira, o ex-senador deu o seguinte relato: “A noite, de ontem pra hoje, foi melhor que a anterior mas passei o dia cansado. Sem tosse nem febre mas com sonolência o tempo todo e dor nas juntas. Lembra alguns sintomas da dengue (que já tive)”.

No mesmo dia, Delcídio compartilhou em seu Facebook, uma notícia que ganhou um mundo: a de um rapaz que escalava as paredes de um hospital da Palestina, para observar a mãe internada com Covid-19: “muito triste isso, ainda bem que não precisei ficar internado”, comentou.

Integrante da diretoria da Cassems, informou ao Correio do Estado que um boletim sobre o estado de saúde do ex-senador deve ser divulgado em breve.  

 

RECONSTRUÇÃO

Desde que teve seu mandato de senador cassado, em 2016, Delcídio retomou as atividades em suas empresas e propriedades rurais da família. O ex-senador também tentou voltar ao Senado em 2018, concorrendo pelo PTC, mas não conseguiu eleger-se.

No ano passado, filiou-se ao PTB, e desde então, mantém mistério sobre sua participação nas eleições deste ano, ou na de 2022.  

Também em 2019, Delcídio Amaral foi absolvido, por falta de provas, da acusação de tentar atrapalhar as delações de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. Foram estas acusações, que levaram à cassação de seu mandato no Senado. 

levantamento

Senadores do Estado votaram mais a favor do que contra Lula

Soraya Thronicke (Podemos) foi a única dos três que votou a favor do governo federal em todos os projetos este ano

24/12/2025 08h00

Os senadores Soraya Thronicke (Podemos), Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP)

Os senadores Soraya Thronicke (Podemos), Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) Montagem

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Levantamento feito pelo Correio do Estado no site Congresso em Foco, criado para reconhecer os parlamentares que mais se destacam no exercício do mandato no Congresso Nacional, revelou que os três senadores de Mato Grosso do Sul votaram, ao longo deste ano, mais a favor do que contra as matérias defendidas pelo governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao longo deste ano, conforme os dados disponibilizados pelo Congresso em Foco, nas votações abertas, ou seja, as não secretas, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) votou 27 vezes a favor das proposições defendidas pelo governo federal e nenhuma vez contra, enquanto o senador Nelsinho Trad (PSD) votou 19 vezes a favor das pautas defendidas pelo presidente Lula e três vezes contra, e a senadora Tereza Cristina (PP) votou 23 vezes a favor das proposições defendidas pelo governo federal e cinco vezes contra.

Apesar de apenas a senadora Soraya Thronicke se declarar governista, os outros dois senadores – Nelsinho Trad e Tereza Cristina –, assumidamente de oposição ao governo do presidente Lula, acabaram votando mais a favor do governo federal do que contra, demonstrando que ambos, mesmo sendo de partidos de centro-direita, na hora de analisar as pautas colocadas em votação, pensam mais no benefício da população do que na orientação política.

No caso de Soraya Thronicke, que foi eleita em 2018 pelo PSL, partido do então candidato a presidente da República Jair Messias Bolsonaro e, portanto, fazendo parte da onda Bolsonarista, como ficaram conhecidos os candidatos que apoiaram o agora ex-presidente e foram eleitos, ela mudou de orientação política quando Lula foi eleito presidente, passando a defender as pautas da esquerda.

Portanto, ao longo deste ano, a parlamentar sul-mato-grossense acompanhou todas as orientações do governo federal, votando a favor sempre que esteve presente nas sessões do Senado, diferentemente dos colegas Nelsinho Trad e Tereza Cristina, que são declaradamente de centro-direita.

Mesmo assim, ambos tiveram, pelo menos nas votações, posicionamento de senadores governistas e não de oposição porque optaram por analisar as pautas antes de acompanharem ou não o direcionamento do governo federal. 
Se a matéria beneficiasse a maioria da população, eles não pensaram duas vezes em votar favoravelmente às pautas propostas pelo presidente Lula no Senado.

VOTOS CONTRÁRIOS

Entre votos contrários ao posicionamento do governo federal dados pelos senadores Nelsinho Trad e Tereza Cristina, um deles foi o Requerimento nº 911/2025, dos líderes, que foi aprovado no Senado no dia 9, solicitando um calendário especial para a PEC nº 48/2023, mais conhecida como Marco Temporal Indígena.

Os senadores votaram pela aprovação, e o governo federal orientou pela reprovação. Com a aprovação, a pauta foi acelerada, sendo aprovada em dois turnos no mesmo dia, e agora segue para a Câmara dos Deputados. Essa PEC alterou o artigo nº 231 da Constituição, para definir que apenas terras ocupadas até 5 de outubro de 1988 podem ser demarcadas.

Um outro projeto que ambos votaram contrariando a base governista foi a rejeição à Emenda nº 587 ao Projeto de Lei Complementar nº 108, de 2024. 

A emenda, destacada para votação separada pela liderança do Podemos (por meio do RQS nº 692/2025), tinha como objetivo estabelecer um limite máximo de 5% para a alíquota do imposto seletivo sobre o setor automotivo. 

O Projeto de Lei Complementar nº 108/2024, que regulamenta a gestão e a fiscalização do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e trata do ITCMD, foi aprovado em sua totalidade pelo Congresso Nacional e seguiu para sanção presidencial.

Tereza Cristina também votou contra um destaque na PEC nº 66/2023, especificamente sobre a expressão do §19 do art. nº 165 da Constituição. 

O governo federal queria a aprovação e o resultado foi de rejeição, ou seja, o texto original (ou o que estava sendo defendido pelo governo/relator) foi mantido, com 39 votos contrários à retirada da expressão e 25 favoráveis. A emenda que propunha a mudança foi rejeitada, conforme os dados do Radar do Congresso e o processo de tramitação da PEC.

A senadora ainda votou contra o PL nº 4.614/2024, que foi um projeto de lei polêmico, aprovado no fim de 2024, que alterou regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), restringindo o acesso ao benefício para pessoas com deficiência (excluindo as de grau leve) e para idosos, além de mudar a forma de cálculo da renda familiar, gerando críticas de que feria direitos sociais, mas justificado pelo governo como ajuste fiscal e sustentabilidade de programas sociais.

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Alternativa

Governo federal é acionado para ajudar a estancar colapso na Santa Casa de Campo Grande

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, senador solicitou apoio imediato do governo federal

23/12/2025 16h45

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O senador Nelsinho Trad (PSD) alertou para a gravidade da situação enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande e defendeu uma resposta imediata com auxílio do Governo Federal para estancar o colapso do sistema de saúde em Campo Grande e em todo o Estado. 

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, o parlamentar solicitou apoio imediato do governo federal para ajudar a estancar a crise na saúde estadual.

“Expliquei a importância da Santa Casa e a urgência do momento. É hora de estender a mão agora para evitar um colapso que, se acontecer, será muito mais difícil de reverter”, afirmou.

Segundo o parlamentar, tanto a prefeitura da Capital quanto o Governo do Estado estão com os repasses em dia, mas a dimensão da crise exige um esforço extraordinário.

“A Santa Casa é a quarta maior do Brasil. Se ela parar, estrangula o sistema de saúde, não só de Campo Grande, mas de todo o Estado”, destacou.

O parlamentar ressaltou que a solução passa pela união de esforços entre governo federal, estadual, prefeitura e a bancada federal. Em entrevista para Jota FM, comentou que outros parlamentares sul-mato-grossenses como a senadora Teresa Cristina (PP), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT) já estão mobilizados.

“O horizonte é agir agora, de forma emergencial, para estabilizar a situação e, depois, buscar as soluções estruturais”, comparou.

Segundo o senador, o momento exige rapidez e responsabilidade. “É como um paciente com hemorragia: primeiro estanca o sangramento, depois trata a causa. O emergencial precisa vir antes de tudo”, disse o senador Nelsinho.

Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos e serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Colapso iminente 

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) manifestou preocupação com a situação de desabastecimento de medicamentos essenciais e de insumos básicos nas unidades de urgência e emergência sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), incluindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os Centros Regionais de Saúde (CRSs).

Em vistorias realizadas junto à Santa Casa, o CRM verificou baixo estoque de medicamentos indispensáveis ao adequado funcionamento dos plantões de urgência, além da  falta de luvas, lençóis, cânulas e outros materiais essenciais à segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Cabe destacar que em decreto recente, a administração suprimiu gratificações dos servidores da saúde, em especial dos médicos da rede municipal, medida que fragilizou as condições de trabalho no hospital.  

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