Política

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Incansável determinação

Incansável determinação

MARIANA TRIGO, TV PRESS

02/02/2010 - 21h23
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Não é fácil ser atriz. Que o diga Alexandra Martins. Apesar de ter feito teatro na adolescência e praticar anos de balé clássico, ela sempre ponderou sobre a falta de estabilidade da profissão. Tanto que estava certa de seguir a carreira de advogada quando terminou a faculdade de Direito. Mas não resistiu por muito tempo. Há sete anos deixou para trás o registro da OAB, um alto salário como advogada, o sonho de morar sozinha e decidiu recomeçar do zero – voltou, inclusive, para a casa dos pais. Foi dessa forma que esta carioca de 30 anos chegou até a Globo com um registro provisório de atriz, após aulas de teatro no Tablado e na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras. Depois de diversas participações em novelas, finalmente Alexandra desfruta seu primeiro personagem fixo numa trama, a charmosa secretária Duba, de “Tempos modernos”, da Globo. “Achava que a atuação era coisa de adolescente em crise existencial. Depois de adulta vi que precisava tentar. Todos me acharam uma louca. Mas só ficaria feliz se apostasse nessa paixão profissional”, avalia, com um sorriso rasgado. Com 56 kg distribuídos em 1,72 m de altura, não foi tão difícil para Alexandra começar a ser chamada para participações na Globo após deixar seu currículo na emissora. Começou como figurante em “Paraíso tropical”, fez rápidas participações em tramas como “Cobras & lagartos”, “Malhação” e “Linha direta justiça”, até ser chamada para viver uma personagem de destaque em um episódio de “Carga pesada”. Na pele da sedutora Bentinha, uma menina do interior nordestino que virava mula-semcabeça, Alexandra começou a chamar atenção na emissora. Seu único receio era que a personagem aparecia nua, apenas com tapa-sexo. “Tive muita resistência. Mas, em seguida, me chamaram para viver a madrasta da Branca de Neve no ‘Sitio do picapau amarelo’. Passei de peladinha para vestidinha”, brinca a atriz. Foi justamente na participação em “Carga pesada” que a atriz conheceu Antônio Fagundes, que interpreta o Pedro na série. Após um mês contracenando nas gravações, os dois começaram a namorar. Isso foi há quase três anos. Coincidentemente, voltaram a atuar em “Tempos modernos”. Na trama de Bosco Brasil, Fagundes vive Leal, que é padrinho de Duba, papel de Alexandra. Na história, Duba é uma menina mimada que adoraria ser filha de Leal. “Estamos cansando de ouvir tantas piadinhas a respeito disso”, avisa a atriz. Mimada e muito vaidosa, a secretária é filha de Faustácio, de Otávio Muller, que é o melhor amigo do personagem de Fagundes. “Minha personagem ganhava roupas usadas das filhas do Leal desde pequena. Hoje ela pega essas roupas de grife e vende num brechó. Ela sempre deu muita dor de cabeça, é meio rebelde”, define a atriz. Para compor a secretária, Alexandra assegura que não fez nenhum tipo de laboratório, a não ser passar horas observando pessoas com o mesmo perfil da personagem na academia em que malha na Barra, na Zona Oeste do Rio. “O mais legal dela é o figurino sempre atochado, muito colorido, com decotões. Ela está sempre muito enfeitada”, diverte-se Alexandra. Para manter uma silhueta capaz de exibir um figurino tão sensual, a atriz costuma malhar quatro vezes por semana. Ela se divide entre aulas de musculação, ginástica localizada e caminhada em ritmo intenso na esteira. “Não corro por nada! Correr é péssimo para a mulher porque deixa tudo flácido, balança muito. Sou muito mulherzinha para isso”, avisa a atriz.

Política

STF forma maioria de votos contra marco temporal de terras indígenas

Os seis votos foram dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli

17/12/2025 18h15

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quarta-feira (17) maioria de votos pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. 

Até o momento, a Corte tem placar de 6 votos a favor e nenhum contra a restrição às demarcações. A maioria foi formada pelos votos dos ministros Gilmar Mendes, relator, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Ainda faltam quatro votos.

A votação virtual começou na segunda-feira (15) e fica aberta até quinta-feira (18), às 23h59.

Luta contra o marco temporal

Em 2023, o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo voltou a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

Mato Grosso do Sul

A decisão interessa, principalmente, o Estado de Mato Grosso do Sul, que possui a terceira maior população de indígenas do país. De acordo com último Censo, divulgado pelo IBGE em 2022, Mato Grosso do Sul saiu de 77.025 originários em 2010 para 116.346 mil. A população de MS fica atrás apenas do Amazonas (490,8 mil) e da Bahia (229,1 mil).

Os cinco maiores municípios de MS em população indígena são: Campo Grande (18.439), Dourados (12.054), Amambai (9.988), Aquidauana (9.428) e Miranda (8.866).

Do total de indígenas em MS, 68.534 mil pessoas moram em terras indígenas, e outros 47.812 residem fora.

A Terra Indígena Dourados tem a 6ª maior população residente indígena do País, com um total de 13.473 mil. 

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FAMÍLIA RAZUK

Um dia após ser condenado a perda do mandato, deputado Neno vota à distância na Assembleia

Com isso, não comparecendo à assembleia, Razuk não correu o risco de ser notificado da condenação ou da perda do mandato

17/12/2025 15h00

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira Marcelo Victor/Correio do Estado

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL) foi condenado ontem (16) pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande a 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por ser indicado como chefe de uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. 

No entanto, a condenação não impedia o deputado de comparecer à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (17) para a última plenária do ano. Mesmo assim, o parlamentar não compareceu à Casa e participou da votação das cinco propostas aprovadas na ALEMS. 

Mesmo com a sentença, Razuk terá o direito de recorrer à decisão em liberdade. Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, da defesa do parlamentar, afirmou que vai recorrer da sentença e que o "processo está longe de encerrar". 

Com o não comparecimento na Assembleia, o deputado não correu risco de ser notificado da condenação e nem prestar esclarecimentos à imprensa. 

Neno Razuk não compareceu à sessão plenária da ALEMS desta quarta-feira O voto do deputado apareceu durante as deliberações das propostas na última sessão plenária da ALEMS de 2025 nesta quarta-feira (17) / Fonte: Reprodução

Sentença

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apontou que Neno Razuk seria o líder de uma organização criminosa que estaria praticando, de forma intensa, as práticas em Campo Grande após as prisões de Jamil Name e Jamil Name Filho durante a Operação Omertà, deflagradas em 2019 pelo MPMS contra as milícias armadas. 

Segundo as investigações, após as prisões, a família Name teria vendido seus pontos "na marra" e com uso de violência para um grupo de São Paulo, em uma tentativa de roubo a um malote do jogo do bicho que chamou a atenção das autoridades para investigar a situação. 

No documento que decretou 20 prisões preventivas de alvos da quarta fase da Operação Successione e 27 mandados de busca e apreensão, no mês passado, a família Razuk é "conhecida há décadas pela exploração ilegal do jogo do bicho e com expertise nas negociatas relacionadas ao ilícito". 

Além do crime da jogatina ilegal, também foram citados os de "assalto à mão armada e lavagem de dinheiro", especialmente na região de Dourados. 

Nas investigações da Gaeco, o clã da família Razuk tinha o plano de expandir a organização criminosa para o estado de Goiás. 

Segundo a averiguação dos fatos, o grupo realizava estudos com o apoio de organizações do estado goiano, como investidores e figuras influentes, para derrubar a liderança local da jogatina, que era comandado por Carlinhos Cachoeira, um bicheiro local.  

Com um financiamento de R$ 30 milhões de um investidor ainda não identificado, a missão era levar a uma "guerra pelo controle do jogo do bicho que atingiria ambos os Estados", como consta na investigação. 

As penas aplicadas pelo Judiciário somam mais de 100 anos de reclusão e multas que ultrapassam R$ 900.000,00 (novecentos mil reais), além da perda de mandato do deputado estadual Neno Razuk.

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