Política

ELEIÇÕES 2024

Janja virá a Campo Grande "reforçar" o palanque da candidata Camila Jara

A primeira-dama do Brasil deve definir nos próximos dias se estará no Estado no fim de agosto ou no início de setembro

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De olho no carisma político da primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, a “Janja”, a Executiva nacional do PT decidiu “escalar” o segundo maior ativo da legenda nacionalmente para participar da campanha eleitoral das candidatas a prefeitas pela sigla em Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Natal (RN) e Aracaju (SE).

O Correio do Estado confirmou com a candidata do PT a prefeita de Campo Grande, a deputada federal Camila Jara, a vinda da primeira-dama do País à Capital, revelando que Janja deve definir a data da visita nos próximos dias.

“Nós vamos realizar um grande ato político com toda a militância petista aqui em Campo Grande para recepcionar a nossa primeira-dama Janja. O PT nacional ainda está em dúvida sobre a data da visita, que pode ser no fim do mês de agosto ou na primeira quinzena de setembro”, adiantou.

No entanto, Camila Jara explicou que, como a data ainda não foi batida, não foi alinhada a programação do ato político, mas, conforme ela, será um evento grandioso para a população campo-grandense.

Já o presidente municipal do PT, Agamenon Rodrigues do Prado, comemorou a vinda de Janja a Campo Grande e classificou a presença dela em um ato político de Camila Jara como muito importante. 

“A nossa primeira-dama é uma liderança política do PT em ascensão porque desempenha um papel de conselheira junto ao presidente Lula. Ela é extremamente política, é socióloga de formação e, nesses primeiros anos do governo Lula, já demonstrou sua força”, declarou Agamenon do Prado.

Ele acrescentou ainda que a Janja tem uma grande influência junto às mulheres da esquerda brasileira e a presença dela em Campo Grande na campanha eleitoral da Camila Jara será um reforço político muito grande. “Vamos fazer uma grande festa para ela com as lideranças da Capital e de todo o Estado”, assegurou. 

Apesar de ter batido o martelo para o lançamento da candidatura da deputada federal Camila Jara a prefeita de Campo Grande, a Executiva nacional do PT vê dificuldades para superar o candidato do PSDB ao cargo, o deputado federal Beto Pereira, que tem apoio do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e, obviamente, do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Além disso, a candidata petista ainda tem pela frente a atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que tenta a reeleição com apoio da senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na gestão de Bolsonaro.

O PT nem coloca no páreo a líder das pesquisas de intenções de voto, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), por já considerá-la como presença certa no segundo turno das eleições municipais e entender que Camila Jara terá de brigar com Beto e Adriane para avançar. 

ESTRATÉGIA NACIONAL

Por isso, a participação de Janja faz parte da estratégia do PT nacional para reverter o cenário do pleito de 2020, quando saiu das urnas sem comandar nenhuma capital.

A primeira-dama estará nas cinco capitais onde o partido lançou candidatas mulheres e também em São Paulo (SP), onde apoia o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), Rio de Janeiro (RJ), onde apoia o prefeito Eduardo Paes (PSD), e em Belo Horizonte (MG), onde lançou o deputado federal Rogério Correia (PT).

Janja levará para os palanques municipais temas também abordados pelo presidente Lula no plano nacional, como o combate à fome e às desigualdades. Também estará no discurso da primeira-dama a importância do aumento da participação feminina na política e o enfrentamento à violência de gênero.

Dentro do PT, há preocupação também com ataques sofridos por Janja nas redes sociais e como isso terá reflexos na campanha. O partido sabe que não será uma situação confortável, mas a escolha será da primeira-dama de ir aonde se sentir bem.

Ao longo da disputa, Janja encontrará cenários adversos ao subir nos palanques. As candidatas já começaram a fazer fotos e vídeos ao lado da primeira-dama. A ideia é que Janja viaje para essas cidades e reforce a presença junto a elas. Na eleição de 2022, Janja foi uma das novidades da campanha de Lula e ganhou destaque participando ativamente do núcleo de decisões do grupo petista.
 

CRISE POLÍTICA

Permanência do PT na administração do governador Riedel divide o partido

Provável presidente da sigla, o deputado federal Vander Loubet defende que legenda mantenha os cargos no governo estadual

08/04/2025 08h00

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto

A executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul se reuniu ontem para tratar do assunto Foto: Giovanni Colett/Divulgação

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A publicação feita pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) nas suas redes sociais, defendendo a anistia irrestrita aos presos do 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), causou uma divisão dentro da executiva estadual do PT em Mato Grosso do Sul.

Uma ala do partido defende a imediata saída da legenda da administração estadual, entregando os vários cargos que ocupa e até o comando da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), enquanto outro grupo atende que o PT deve continuar na gestão de Riedel como uma forma de marcar presença até, pelo menos, que ele decida para qual partido vai migrar ou se vai continuar no ninho tucano.

Entre os que defendem a permanência no governo Riedel, está o deputado federal Vander Loubet (PT), que informou sobre a reunião da executiva estadual do partido na manhã de ontem, em Campo Grande.

“Na reunião, não houve nenhum tipo de decisão no sentido de que o PT vá deixar a base ou vai abandonar de vez o governo Riedel”, revelou ao Correio do Estado.

O parlamentar explicou que tanto ele quanto outras lideranças do partido, como o deputado estadual Zeca do PT, já se manifestaram contra a posição do governador sobre a questão da anistia aos presos que depredaram os prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“No entanto, o fato de haver divergência a respeito desse tema não significa que o PT tenha que abandonar o governo Riedel, ou ainda pior, cortar relações. Muito pelo contrário, entendemos que o governo estadual continua sendo um governo em disputa, ou seja, que o PT precisa ocupar os espaços dentro dele para conseguir colocar em prática as políticas públicas”, argumentou. 

Para ele, o partido entende que a implantação de políticas públicas é importante, principalmente as voltadas para a questão da agricultura familiar, que envolve os assentados da reforma agrária, bem como a questão dos povos indígenas e dos quilombolas, que é uma pauta importante para o PT.

Ainda em relação à permanência ou não do PT na base de apoio do governo Riedel, ocupando cargos e espaços na gestão estadual, Loubet entende que ainda há muitos outros fatores, sendo necessário o partido aguardar para tomar qualquer tipo de decisão.

“É necessário aguardar para ver para que partido o governador Eduardo Riedel vai migrar, se vai continuar no PSDB, se vai para alguma outra legenda. Isso é um elemento que pode pesar em uma decisão dessas, portanto, ainda temos muitas questões para se aguardar e, só depois, analisar uma decisão como essa”, explicou ao Correio do Estado.

CONTRÁRIOS

Entre os que são favoráveis à debandada do PT do governo Riedel está o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que defendeu que o partido precisa deixar a base aliada da gestão estadual.

“Acredito que chegou a hora do PT desembarcar desse governo. Não é possível conviver com um governo que apoia golpistas e não tem apreço pela democracia”, declarou.

O parlamentar defendeu que o compromisso do PT em Mato Grosso do Sul é com a reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições gerais do ano que vem.

“O atual governo lidera um projeto de combate às desigualdades sociais, defesa da democracia e crescimento sustentável. Precisamos apresentar uma proposta coerente com essa visão. Sem anistia para golpistas. Golpe nunca mais. Democracia sempre”, reforçou.

Além de criticar a fala de Riedel, a deputada estadual Gleice Jane (PT) também defendeu que o partido se retire da base de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). De acordo com ela, a posição do governador gera preocupação, indignação e questionamentos, tendo em vista que, após os atos de vandalismo, Riedel foi até Brasília e caminhou com o presidente Lula ao pedir justiça pelos atos.

“Permitir que os responsáveis por atos de violência, destruição e ameaças à democracia sejam isentos de punição representa um retrocesso perigoso para o povo brasileiro, e a postura adotada pelo chefe do Executivo sul-mato-grossense coloca em risco a segurança do povo. Por isso, reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”, finalizou.

Saiba - Executiva critica Riedel e prioriza reeleger Lula

A executiva estadual do PT considerou inaceitável a manifestação do governador Eduardo Riedel em favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. A direção cobrou coerência dele, tendo em vista que o PT apoiou a candidatura dele no segundo turno das eleições de 2022.

As consequentes medidas políticas decorrentes dessa posição serão tomadas em consonância com a base, levando em conta a prioridade de reeleger o presidente Lula, com ampliação das bancadas e a conquista de uma das vagas ao Senado.

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Política

Trump diz que EUA estão em 'conversas diretas' com Irã e confirma reunião bilateral

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca

07/04/2025 20h00

Deputados de MS acompanham posse de Trump

Deputados de MS acompanham posse de Trump Reprodução redes sociais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda, 7, que seu governo está em "conversas diretas com o Irã" e classificou como "muito importante" uma reunião bilateral prevista para o próximo sábado "Prefiro que cheguemos a um acordo com o Irã", disse, sem revelar o local do encontro. "Não posso falar mais desse encontro, nem onde será", acrescentou.

O tom, no entanto, foi ambíguo. Apesar de demonstrar otimismo ao afirmar que espera que as "conversas com o Irã sejam muito positivas", Trump foi rígido ao dizer que, se não houver avanços, "será um péssimo dia para eles". Ele também reiterou uma das principais exigências dos EUA na questão nuclear: "Posso falar que o Irã não pode ter armas nucleares."

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. "Eles não podem ter armas nucleares", concordou o premiê, que afirmou ter conversado com Trump sobre tarifas, reféns e Gaza. Segundo ele, os dois países trabalham em "outro acordo sobre Gaza para derrotar o Hamas" e em uma nova troca de reféns. Trump também comentou a situação no território: "Seria ótimo ter uma força americana controlando parte da Faixa de Gaza", disse. "Gaza é um ótimo local, mas que ninguém quer viver ali agora."

Em meio ao alinhamento diplomático, Netanyahu sinalizou disposição para avançar em questões comerciais com Washington. "Reconheço que precisamos ter relações comerciais justas com os EUA. Vamos eliminar o déficit comercial e barreiras comerciais", afirmou. Mesmo com a promessa de Netanyahu, Trump destacou que não deve eliminar as tarifas aplicadas sobre importações de Israel aos EUA.

Em paralelo, o governo dos EUA intensificou a retórica contra os Houthis. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que "foram três péssimas semanas para os Houthis e isso vai piorar". Segundo ele, Washington foi "muito claro ao Irã para que não apoiem os Houthis ainda mais" e prometeu aumentar a pressão. Trump reforçou a mensagem: "Nosso exército está muito poderoso e continuará assim."

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