Política

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Leis que foram aprovadas neste ano e que farão parte do dia-a-dia dos sul-mato-grossenses

Leis que foram aprovadas neste ano e que farão parte do dia-a-dia dos sul-mato-grossenses

DA REDAÇÃO

31/12/2011 - 00h00
Continue lendo...

O pai ou acompanhante, por exemplo, pode assistir ao parto nas maternidades particulares sem ter que pagar nada por isso. O direito consta na lei 4.075, de autoria do deputado estadual Paulo Duarte (PT). A maternidade que descumprir a norma estará sujeita a multa de até 5.000 Uferms (Unidades Fiscais Estaduais de Referência de Mato Grosso do Sul), ou seja, cerca de R$ 75 mil.

A lei federal 11.108 já permitia a presença de acompanhante, de livre escolha da parituriente, nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) ou conveniadas, mas a exigência não existia em relação às maternidades particulares.

Logo após o nascimento, o exame de oximetria de pulso em recém-nascidos é feito gratuitamente aos pacientes do SUS por determinação da lei 4.131.

A oximetria de pulso é de grande auxílio como teste de triagem para os defeitos cardíacos congênitos, que podem colocar a vida do bebê em risco. “O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura”, afirma o autor da lei, deputado estadual Marcio Fernandes (PTdoB).

E a partir de 2012, os bebês com Síndrome de Down deverão ser submetidos ao ecocardiograma, por determinação da lei 4.062. O exame permite que as doenças cardíacas congênitas sejam detectadas e tratadas de forma precoce para não prejudicar o desenvolvimento da criança.

A lei, de iniciativa do deputado estadual Zé Teixeira (DEM) e aprovada pela Assembleia Legislativa, já está em vigor, mas passa a produzir efeitos a partir do ano letivo de 2012.

Segundo a presidente da Escola Juliano Varela (entidade que atende pessoas com a Síndrome), Malu Fernandes, mais de 50% das crianças com Down apresentam doenças cardíacas congênitas, representando as principais causas de mortalidade nos primeiros anos de vida. Na população geral, o índice de doenças cardíacas congênitas não chega a 1%.

Comida

Ao ir para um restaurante, o cliente pode reparar: o cardápio deve conter a expressão “se beber, não dirija”. A frase em destaque, em cor diferente do restante do texto, segue determinação de uma lei de autoria do deputado Pedro Kemp (PT) para combater a violência no trânsito. A exigência também vale para boates, bares e estabelecimentos similares.

Em caso de descumprimento da norma, os donos dos estabelecimentos comerciais estarão sujeitos à advertência e multa de 200 Uferms, ou seja, quase R$ 3.000,00. Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

Além disso, desde sexta-feira (16/12), restaurantes, lanchonetes e bares que cobram pelo couvert (a gorjeta obrigatória ao garçom) deverão descrever de forma clara o preço e a composição do serviço.

Até na hora de fazer uma “fezinha” ou pagar uma conta, a legislação estadual garante mais comodidade à população. De autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos, a lei 4.101 obriga as casas lotéricas e instituições financeiras a instalarem banheiros e bebedouros para atendimento ao público.

Diversão e arte

Na hora de ir ao cinema também está presente a atuação da Assembleia Legislativa. Os óculos usados em filmes 3D (três dimensões) têm que ser higienizados por conta da lei 4.079, do deputado Lauro Davi (PSB). Depois do processo de higienização, os óculos precisam ser embalados individualmente em plástico estéril com fechamento a vácuo.

Se depois do cinema, ou de outro lugar qualquer, o cidadão voltar para casa de mototáxi, ele será beneficiado pela lei 4.065, da deputada Dione Hashioka (PSDB). Ela obriga o fornecimento de toucas descartáveis para os usuários do serviço. O objetivo é evitar a contaminação por meio do capacete de doenças e enfermidades como caspa, piolhos, tifo e sarna.

E na hora de viajar, as empresas que realizam o transporte intermunicipal de passageiros precisam reservar, em cada um de seus veículos, dois assentos individuais para a acomodação de pessoas obesas. A lei 4.063 é de autoria do deputado estadual Marcio Monteiro (PSDB).

Luz e contrato

De autoria do deputado Lauro Davi, a lei 4.109 determina que as contas de luz venham com informações sobre o direito de ressarcimento por eventuais prejuízos causados por falha no fornecimento de energia elétrica.

O consumidor tem direito de ser ressarcido no caso de dano no aparelho elétrico, mas muitos não sabem disso. “É seu direito ser restituído por eventuais prejuízos causados por falhas no fornecimento de energia. Problemas de energia elétrica, ligue para a sua concessionária. Não resolveu, ligue para o órgão fiscalizador competente”, afirma a mensagem que deve constar nas faturas.

Quem precisar fazer cadastros, compras ou realizar demais serviços que exijam comprovante de residência pode substituir o documento por uma declaração manuscrita. De acordo com a lei 4.082, de autoria do deputado estadual Pedro Kemp, quem não aceitar a declaração estará sujeito a multa de até 150 Uferms, ou seja, cerca de R$ 2,3 mil.

Emprego

Até na hora de procurar emprego, está presente uma lei aprovada neste segundo semestre. Promulgada pelo presidente Jerson Domingos, a lei 4.096, de autoria da deputada Mara Caseiro (PTdoB), reserva para mulheres 5% das vagas de emprego nas construções de obras públicas realizadas pela administração estadual.

O Poder Executivo deverá fazer constar nos editais de licitações de obras públicas e em todos os contratos diretos uma cláusula com a exigência das vagas de emprego para o sexo feminino.

Cadeira de rodas

Uma lei de grande alcance social é a 4.095, de autoria dos deputados estaduais Zé Teixeira e Marquinhos Trad (PMDB), permitindo a transformação de bicicletas apreendidas pela polícia em cadeiras de rodas.

A norma estabelece que após 120 dias da apreensão, caso as bicicletas não forem solicitadas pelos donos, poderão ser destinadas aos estabelecimentos penais de regime fechado e semi-aberto e Uneis (Unidades Educacionais de Internação) para serem transformadas em cadeiras de rodas, por meio dos programas de trabalho dos detentos e reeducandos. A cada três dias trabalhados, o detento pode atenuar um dia de sua pena.

Fonte: Assembleia Legislativa de MS

DOSIMETRIA

Tereza e Nelsinho votam a favor da redução da pena de Bolsonaro

A senadora Soraya Thronicke votou contra o projeto que reduz as punições aos envolvidos nos atos do 8 de jeneiro. Medida foi aprovada com 48 votos contra 25

18/12/2025 07h36

Soraya foi voto vencido, mas Nelsinho e Tereza ajudaram a aprovar o chamado projeto da dosimetria no Senado nesta quarta-feira (17)

Soraya foi voto vencido, mas Nelsinho e Tereza ajudaram a aprovar o chamado projeto da dosimetria no Senado nesta quarta-feira (17)

Continue Lendo...

Os senadores sul-mato-grossenses Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) votaram a favor e a senadora Soraya Thronicke (Podemos) contra o projeto de lei que reduz as penas dos condenados por envolvimento nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 e do ex-presidente Jair Bolsonaro.  

O PL 2.162/23 acabou aprovado por 48 votos a favor e 25 contrários na noite desta quarta-feira (17), além de uma abstenção, sendo que agora a matéria segue agora para a sanção da Presidência da República.

O texto foi aprovado pelo plenário ser aprovado hoje mesmo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), após muita discussão e seis horas de reunião. Na Comissão foram feitas alterações com a inclusão de uma emenda do senador Sérgio Moro (União-PR) para limitar a redução de penas somente aos envolvidos nos atos golpistas. 

Este ponto era polêmico porque o projeto aprovado pela Câmara dos deputados poderia criar a possibilidade de a redução de penas beneficiar condenados por outros crimes violentos, como os envolvidos em organizações criminosas e delitos contra a administração pública.

O relator do PL, o senador Esperidião Amin (PP-SC), afirmou que o projeto busca “corrigir distorções” com foco nas condenações dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Amin afirmou que o texto é o primeiro passo para uma futura anistia, e que “traz um alento, sem acirrar os ânimos”. Ele destacou que “há um consenso de que a mão [nos julgamentos] foi muito pesada. A narrativa de se tratar de “blindagem ampla” ou qualquer outra expressão que o valha não é verdadeira”.

Na prática, o projeto reduz a pena final de condenados por diversos enquadramentos dentro do mesmo ato golpista, inclusive nos processos já julgados ou pendentes sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 e 2023. É o caso do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a uma pena de mais de 27 anos.

O texto também cria uma regra de redução de pena para situações em que o crime for cometido em contexto de multidão. Nesse caso, quem não tiver financiado ou liderado as ações poderá receber um redutor de um terço a dois terços. A medida distingue quem atuou sem protagonismo de figuras organizadoras ou financiadoras dos atos antidemocráticos.

O projeto promove uma alteração na Lei de Execução Penal, para prever quando o condenado poderá passar para um regime mais brando. Com a mudança, os 16% (ou 1/6) da pena em regime fechado valerão para crimes com ou sem os critérios de violência ou grave ameaça. Além disso, os reincidentes — aqueles que já cometeram crimes — terão que cumprir 20% da pena. Com a legislação atual, os réus primários têm que cumprir 25% da pena em regime fechado, e os reincidentes, 30%.

Remição

Ainda pelo projeto, pessoas em prisão domiciliar poderão considerar o trabalho como forma de reduzir a pena a ser cumprida — a chamada remição. Atualmente, apenas o estudo pode remir a pena na modalidade domiciliar.

(Com informações da Agência Senado)

Política

Depois que aprovar a PEC da Segurança Pública, vamos recriar o ministério, diz Lula

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher

17/12/2025 21h00

Presidente da República, Lula

Presidente da República, Lula Divulgação/Ricardo Stuckert

Continue Lendo...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 17, que não discute segurança pública por falta de competências previstas ao governo federal. Segundo Lula, é necessária a aprovação da PEC da Segurança Pública para definir as atribuições do Planalto sobre o tema. Ele voltou a prometer a criação do Ministério da Segurança Pública caso a emenda constitucional passe pelo Congresso.

"Eu nunca quis discutir segurança pública porque não era papel do governo federal porque a Constituição não dá ao governo federal o direito de se interferir na segurança pública. (...) Por isso que eu quero aprovar a PEC, porque depois que aprovar a PEC, que definir o papel da União na questão da segurança pública, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública", afirmou o presidente.

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher. Segundo o petista, os ministros homens não conseguem discutir o tema com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O presidente também declarou que os possíveis adversários dele em 2026 não possuem novidades para oferecer aos eleitores. "Quero saber quais as novidades que eles vão propor", declarou Lula.

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).