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Lula anuncia inclusão de 1,2 milhão de alunos no Pé-de-Meia

Programa oferece incentivo para jovens concluírem ensino médio

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta segunda-feira (22), a ampliação do Programa Pé-de-Meia, que oferece incentivo financeiro para jovens de baixa renda permanecerem matriculados e concluírem o ensino médio. Cerca de 1,2 milhão de estudantes devem ser incluídos para receber os valores, que podem chegar a R$ 9,2 mil nos três anos do ensino médio.

Inicialmente, o Pé-de-Meia priorizou jovens beneficiários do Programa Bolsa Família e já alcançou mais de 2,4 milhões de estudantes. Agora, integrantes de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) também serão atendidos.

“Quando nós anunciamos o Pé-de-Meia, a linha de corte era o cadastro do Bolsa Família e ficou de fora o cadastro do Cad [CadÚnico]. Então, nós, agora, resolvemos aumentar e colocar a linha de corte no CadÚnico e vão entrar, parece, mais 1,2 milhão de meninos e meninas no Pé-de-Meia”, disse Lula, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

O orçamento inicial do programa era de R$ 7,1 bilhões anuais. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mais R$ 3 bilhões serão investidos anualmente para contemplar a ampliação.

A ampliação foi incluída na medida provisória (MP) que cria o Programa Acredita, assinada hoje por Lula e que trata da facilitação de crédito e renegociação de dívidas de pequenos negócios.

A política do Pé-de-Meia prevê o pagamento de incentivos anuais de R$ 3 mil por beneficiário, chegando a até R$ 9,2 mil nos três anos do ensino médio, com o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na última série. Por meio do incentivo à permanência escolar, o governo federal quer reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

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Nenhum estudante precisa se cadastrar para receber o Pé-de-Meia, basta estar regularmente matriculado no ensino médio das redes públicas, terentre14 e 24anose ser integrante de famílias inscritas no CadÚnico. O valor será depositado em contas digitais abertas automaticamente pelaCaixaEconômica Federal, nos nomes dos próprios estudantes.

Por meio do aplicativo gratuito Jornada do Estudante, os alunos do ensino médio matriculados na rede pública podem saber se foram contemplados e ter mais informações sobre o programa. Os estudantes com dúvidas sobre o Pé-de-Meia podem acessar uma seção de Perguntas Frequentes sobre o programa no portal do MEC. Outros canais são o Fale Conosco do MEC (telefone 0800 616161) e o portal de atendimento, por meio da opção 7.

Central de reclamações

Durante o evento desta segunda-feira, Lula propôs ainda a criação de um canal de reclamações do governo federal. “A gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo. Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam que iriam ter [no acesso a programas] e não têm para quem reclamar”, disse o presidente.

“Então, ao invés de ficar xingando a gente, é importante que a gente tenha pelo menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar. Preciso que tenha um lugar para o povo colocar para fora as suas angústias”, acrescentou.

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Quatro dos oito deputados de MS votam para reduzir cadeia de Bolsonaro

Com a mudança aprovada na Câmara, parlamentares preveem, para Bolsonaro, que o regime fechado caia para 2 anos e 4 meses

10/12/2025 07h13

Proposta inicial dos deputados da direita era conceder anistia, mas o relator Paulinho da Força alterou rumo da proposta

Proposta inicial dos deputados da direita era conceder anistia, mas o relator Paulinho da Força alterou rumo da proposta Montagem / Correio do Estado

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Metade da bancada sul-mato-grossense da Câmara dos Deputados votou, na madrugada de hoje (10), a favor da redução de penas de pessoas condenadas pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e pela tentativa de golpe de Estado, entre eles ex-presidente Jair Bolsonaro e generais das Forças Armadas. O Projeto de Lei da Dosimetria (Projeto de Lei 2162/23) foi aprovado por 291 votos a favor e 148 contrários. 

A redução ocorre porque a matéria acaba com a soma de penas e estipula que será aplicada a mais grave nos crimes de tentativa de acabar com o Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado, quando praticados no mesmo contexto. 

As regras aprovadas poderão retroagir para beneficiar o réu, desta forma os já condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) vão ter direito à revisão do total para esses dois crimes, prevalecendo a pena maior (4 a 12 anos) por tentativa de golpe de Estado. Agravantes e atenuantes ainda serão aplicáveis sobre o cálculo.

Outra mudança ocorreu na progressão de regime fechado para semiaberto. Atualmente, exceto para condenados por crimes hediondos, o réu primário obtém progressão de pena se cumprir 16% dela em regime fechado, mas o crime não pode ter sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça. 

O texto muda a Lei de Execução Penal para fazer valer os 16% de regime fechado para crimes com ou sem violência ou grave ameaça. Sem a mudança, a progressão ocorreria apenas com o cumprimento de 25% da pena pelo réu primário. Para os reincidentes, o índice de cumprimento no regime fechado passa de 30% para 20%.

O projeto aprovado permite que o estudo ou o trabalho passe a valer para reduzir a pena no caso de prisão domiciliar, como já é permitido no regime fechado.

Com o texto apresentado pelo relator da matéria, os deputados iniciaram a votação do PL às 1h36min de hoje (quarta-feira) e a estenderam por quase uma hora, até às 2h26min. Ao todo foram 441 votos, sendo 291 favoráveis e 148 contrários e uma abstenção. 

Proposta inicial dos deputados da direita era conceder anistia, mas o relator Paulinho da Força alterou rumo da proposta

A bancada do estado se dividiu. Metade a favor e metade contra. Foram favoráveis ao texto Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira (os dois do PL). Os parlamentares contrários foram Camila Jara e Vander Loubet (ambos do PT) e Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende (os dois do PSDB). 

Este resultado possibilita que todos os condenados pela tentativa de golpe sejam beneficiados com a nova fórmula de soma de penas, entre eles o ex-presidente da República Jair Bolsonaro; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Alexandre Ramagem, deputado federal.

Esse grupo foi condenado a penas que variam de 16 anos a 24 anos em regime fechado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em caráter definitivo, em 25 de novembro deste ano. Outras penas de detenção devem ser cumpridas depois daquelas de reclusão.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

Multidão

Para os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de Estado, quando praticados em contexto de multidão, como o caso dos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023 nas sedes dos três Poderes, em Brasília, o texto reduz a pena de 1/3 a 2/3, desde que o agente não tenha financiado o ato ou exercido papel de liderança.

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Saiba como votou a bancada de MS na regularização de terras de fronteira

Projeto que flexibiliza regras para regularização de terras na faixa de fronteira divide votos entre parlamentares sul-mato-grossenses

09/12/2025 22h08

Plenário da Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados Agência Câmara

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O deputado federal Vander Loubet (PT), integrante da base de apoio ao governo Lula, votou contra o Projeto de Lei 4.497/24, enquanto o deputado Marcos Pollon (PL), da oposição, não participou da votação — apesar de ter registrado presença na sessão. O texto, aprovado na noite desta quarta-feira, permite a regularização de propriedades rurais em faixa de fronteira com origem em títulos de alienação ou concessão de terras devolutas emitidos pelos estados até outubro de 2015. Os demais parlamentares sul-mato-grossenses votaram a favor da proposta.

O projeto afeta uma faixa de até 150 quilômetros a partir da linha de fronteira em Mato Grosso do Sul, autorizando que os atuais ocupantes obtenham registro da terra mediante apresentação de declaração escrita e assinada, quando não for possível emitir certidões diretamente do órgão responsável ou nos casos em que o prazo de resposta ultrapassar 15 dias.

O texto também abre caminho para regularizar grandes propriedades — acima de 15 módulos fiscais — mesmo em áreas que tenham processos administrativos de demarcação indígena em andamento, incluindo territórios tradicionalmente ocupados. No entanto, imóveis superiores a 2,5 mil hectares só poderão ser regularizados com anuência do Congresso Nacional e mediante o cumprimento dos requisitos legais.

Com essa redação, Vander Loubet votou contra a matéria. Já Marcos Pollon, embora presente na sessão segundo registros da Câmara, não registrou voto. Minutos antes, porém, o deputado havia votado a favor de um requerimento para encerrar a discussão da proposta.

Os deputados Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Geraldo Resende (PSDB) e Rodolfo Nogueira (PL) apoiaram o projeto e votaram pela sua aprovação.

Como votou cada deputado de MS

A favor do projeto:

 

  • Beto Pereira (PSDB)
  • Camila Jara (PT)
  • Dagoberto Nogueira (PSDB)
  • Dr. Luiz Ovando (PP)
  • Geraldo Resende (PSDB)
  • Rodolfo Nogueira (PL)

 

Contra o projeto:

  • Vander Loubet (PT)

 

Não votou (com presença registrada):

  • Marcos Pollon (PL)

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