Política

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Maioria do STF rejeita afastamento de Moraes no caso do golpe

Seis ministros dão respaldo rápido a magistrado em plenário virtual, apesar do prazo de até uma semana para se manifestarem

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O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta sexta-feira (6) contra o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria das ações sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022 e dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O julgamento no plenário virtual começou às 11h e, apesar do prazo de até uma semana para os ministros votarem, em apenas quatro horas já houve 6 votos na mesma direção — faltam se posicionar outros 4 ministros, e Moraes está impedido de votar nesse julgamento específico.

O presidente da corte, Luís Roberto Barroso, que é o relator do caso, votou para rejeitar o pedido de Bolsonaro e foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. Ainda faltam votar os ministros Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux.

A análise ocorre no plenário virtual da corte até a próxima sexta (13). Nesse ambiente, não há interação entre os ministros, que depositam seus votos em sistema eletrônico.
Barroso já havia negado o pedido em fevereiro deste ano. A expectativa em relação à análise da solicitação pelo colegiado era que ela fosse novamente recusada.

Na nova decisão, Barroso disse que os fatos narrados pela defesa do ex-presidente não caracterizam, minimamente, as situações legais que comprometeriam a parcialidade do julgador.

"No recurso, a parte requerente continuou sem demonstrar de forma clara, objetiva e específica a existência de situação de parcialidade do julgador", afirmou.

O presidente da corte também afirmou que a simples alegação de que Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento do ministro para a relatoria da causa.

Ele acrescentou que os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de estado, analisados nestes casos, "têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada".

Além da solicitação de Bolsonaro, outras 191, de réus de casos relacionados, foram negadas pelo presidente do STF. Todos os pedidos seguiram a mesma linha de argumentação, segundo a qual a imparcialidade do julgador está comprometida por ele ser também apontado como alvo da trama golpista.

Não há no tribunal espaço para discussão de suspeição ou impedimento do ministro em processos em que, além de juiz, ele é também parte. Moraes tem apoio de seus pares para definir o andamento dos rumorosos processos sob relatoria dele.

Apesar de ele ter sido, segundo as investigações, um dos principais alvos, o assunto é delicado para todos os ministros. A permanência do relator, ainda assim, é vista como uma defesa da própria corte.
Os advogados do ex-presidente apresentaram uma ação chamada de arguição de impedimento, usada para afastar magistrado que dirigiria o processo, baseada nas causas de suspeição e impedimento.

Uma pesquisa do grupo Supremo em Pauta, da FGV Direito SP, apontou que, dos 111 pedidos de impedimento e suspeição apresentados à corte até o final de 2018, praticamente todos foram arquivados, à exceção de um que seguia em tramitação. Os processos, segundo o estudo, tendem a funcionar para tirar os casos da análise dos ministros.
Regras que impedem a atuação de julgadores estão previstas no Código de Processo Civil e no Código de Processo Penal, aplicáveis aos ministros do Supremo.

O impedimento acontece em processos em que o magistrado tenha atuado antes, seja como advogado, defensor ou pelo Ministério Público, autoridade policial, auxiliar de Justiça e perícia –ou sido testemunha.

O ministro também não pode apreciar ações em que houver atuação de cônjuge ou parentes ou em que forem partes ou interessados como sócio ou herdeiro.

Já a suspeição é configurada quando o magistrado atua em processos de amigos íntimos ou inimigos e de seus advogados. A suspeição também é prevista caso ele tenha recebido presentes de pessoas interessadas no processo ou que tenham como parte credores ou devedores de seu cônjuge ou parentes.

A norma vale ainda para casos em que o juiz tiver interesse no julgamento. Nesses casos, o magistrado pode se declarar suspeito por foro íntimo, sem precisar apresentar o motivo.
A suspeição não se aplica quando for provocada: por exemplo, se o réu ofender o magistrado para que ele não possa julgá-lo.
 

*Informações da Folhapress 

EM ALTA

Governador inicia ano com aprovação de 76,46% da população de Campo Grande

A pesquisa IPR/Correio do Estado foi realizada com 412 moradores do município no período de 20/1 a 22/1

24/01/2025 08h00

Governador Eduardo Riedel inicia ano com aprovação de 76,46%, aponta pesquisa

Governador Eduardo Riedel inicia ano com aprovação de 76,46%, aponta pesquisa Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Resultado (IPR) e Correio do Estado junto a 412 moradores do município de Campo Grande, entre os dias 20 e 22, revela que o governador Eduardo Riedel (PSDB) iniciou 2025 da mesma forma como terminou 2024, ou seja, em alta com a população campo-grandense.

Pelo levantamento do IPR/Correio do Estado, 76,46% dos entrevistados aprovaram a administração de Riedel, enquanto apenas 12,14% reprovaram e 11,41% não sabem ou não quiseram responder.

Além disso, para 38,35% dos moradores de Campo Grande a gestão do governador tucano é boa e para 5,58%, é ótima, enquanto 36,41% disseram que é regular, 3,40% que é ruim, 4,85% que é péssima e 11,41% não sabem ou não quiseram responder.

O estudo foi realizado com moradores de Campo Grande com 16 anos ou mais e o método de amostragem utilizado foi a amostragem por conglomerados e aleatória simples. 

A margem de erro considerada para essa pesquisa é de 4,9 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%, sendo entrevistadas 412 pessoas entre os dias 20 e 22.

ANÁLISE

Para o diretor e coordenador do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, os números apresentados neste início do terceiro ano de administração de Eduardo Riedel demonstram que ele é um gestor fora da curva. 

“Digo isso porque, no sentido positivo, a aprovação dele foi de mais de 76%. Se você pegar a avaliação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva [PT], é quase o inverso”, pontuou.

Ele lembrou que, enquanto o presidente Lula tem apenas 26,28% de aprovação, o governador de Mato Grosso do Sul alcançou, no mesmo período, 76,46%. 

“A população está gostando do governo dele nesses dois primeiros anos de administração. E, por enquanto, assim, eles não veem fatores negativos para desaprovar”, assegurou.

Barbosa completou que Riedel está iniciando seu terceiro ano como governador de Mato Grosso do Sul e não há notícias de corrupção ou de má gestão. 

“O nosso Estado vai bem, obrigado. A economia, as pessoas se pautam muito pela economia, sul-mato-grossense está ótima. O Estado está gerando emprego, está crescendo. Então, isso propicia esse cenário positivo”, argumentou.

BEM AVALIADO

Na avaliação do diretor e coordenador do IPR, Riedel está com uma aprovação diferente dos demais políticos que estão em cargos eletivos em Mato Grosso do Sul e também em nível nacional.

“A maioria deles não está bem avaliada por inúmeras questões. Agora, Riedel consegue ter um amplo apoio popular até agora, com dois anos completos como chefe do Executivo estadual”, disse Barbosa.

Ele completou ainda que, nesse momento, o governador precisa verificar muito bem quais ações serão tomadas ao longo deste ano para checar se esse índice se mantém, cresce ou desce.

“Porque o ano que vem é ano de eleições gerais, e Riedel deve tentar a reeleição. Portanto, penso que as ações que ele tomar agora vão ser vistas com mais cuidado”, ponderou.

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Prefeitura

Adriane Lopes escolhe procuradora-geral do município e define 1º escalão em Campo Grande

Cecília Rizkallah será a procuradora-geral do município; veja a composição de toda a gestão

23/01/2025 20h47

Cecília Saad Rizkallah é a procuradora-geral do município

Cecília Saad Rizkallah é a procuradora-geral do município Redes Sociais

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), completou o nome que faltava para formar seu primeiro escalão. Em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande desta quinta-feira (23), ela nomeou a advogada Cecília Saad Cruz Rizkallah como procuradora-geral do município. 

Ela já ocupava cargo comissionado na prefeitura no ano passado, e é da família Rizkallah, da qual o ex-procurador-geral do município, Alexandre Ávalo Santana, é sócio. 

Em 2022, ela a Comissão de Transparência e Probidade Pública da OAB/MS.

Saad ocupará o posto que foi de Alexandre Ávalo, que pediu exoneração em setembro do ano passado, após sete anos no cargo.

Também nesta quinta-feira, Adriane Lopes nomeou outras duas mulheres para auxiliarem Cecília Rizkallah na Procuradoria-Geral do Município: Lidiane Raquel Carvalho Nunes Corrêa e Luís Guilherme Tenório de Araújo Cunha. 

O cargo de procurador geral do município estava vago desde o ano passado, e ainda não havia sido ocupado neste segundo mandato de Adriane Lopes. 

A gestão Adriane Lopes fica com a seguinte composição: 

  • PREFEITA.: Adriane Barbosa Nogueira Lopes
  • Vice-Prefeita: Camilla Nascimento de Oliveira
  • Procurador-Geral do Município: Cecília Saad Cruz Rizkallah
  • Secretária Especial da Casa Civil: Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes
  • Secretário Munic. de Governo e Relações Institucionais: Youssif Assis Domingos
  • Controlador-Geral do Município: Elton Dione de Souza
  • Secretário Especial de Segurança e Defesa Social: Anderson Gonzaga da Silva Assis
  • Secretária Munic. da Fazenda: Márcia Helena Hokama
  • Secretária Munic. de Administração e Inovação: Andréa Alves Ferreira Rocha
  • Secretário Especial de Articulação Regional: Darci Caldo
  • Secretária Especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas: Catiana Sabadin Zamarrenho
  • Secretário Especial de Licitações e Contratos:André de Moura Brandão
  • Secretário Munic. de Infraestrutura e Serviços Públicos: Ednei Marcelo Miglioli
  • Secretário Munic. de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável: Ademar Silva Júnior
  • Secretário Munic. de Educação: Lucas Henrique Bitencourt de Souza
  • Secretária Munic. de Saúde: Rosana Leite de Melo
  • Secretária Munic. de Assistência Social e Cidadania: Camilla Nascimento de Oliveira
  • Secretária Executiva da Mulher: Maria Angélica Fontanari de Carvalho e Silva
  • Secretário Executivo da Juventude: Paulo César Lands Filho
  • Secretário Executivo da Cultura: Valdir João Gomes de Oliveira
  • Diretora-Presidente do Instituto Munic. de Previdência de Campo Grande: Elza Pereira da Silva
  • Diretor-Presidente da Agência Munic. de Habitação e Assuntos Fundiários: Claúdio Marques Costa Júnior
  • Diretora-Presidente da Agência Munic. de Meio Ambiente e Planejamento Urbano: Berenice Maria Jacob Domingues
  • Diretor-Presidente da Agência Munic. de Regulação dos Serviços Públicos: José Mário Antunes da Silva
  • Diretor-Presidente da Agência Munic. de Transporte e Trânsito: Paulo da Silva
  • Diretor-Presidente da Agência Munic. de Tecnologia da Informação e Inovação: Leandro Elias Basmage Pinheiro Machado
  • Diretor-Presidente da Fundação Munic de Esportes: Sandro Trindade Benites
  • Diretor-Presidente da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande: João Henrique Lima Bezerra

 

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