Política

Bancada federal

Maioria dos deputados e senadores de MS apoia a PEC da Transição

Primeiro, a Proposta de Emenda à Constituição passará pelo Senado e, depois, começará a tramitar na Câmara dos Deputados

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Com a participação da senadora Simone Tebet (MDB-MS), a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já iniciou as articulações no Congresso Nacional para acelerar a votação da PEC da Transição, como está sendo chamada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 600 com mais algum complemento a partir de 2023.

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com os integrantes da bancada federal de Mato Grosso do Sul, e a maioria é favorável à aprovação por entender que a medida beneficia uma camada da população que conta com o benefício.


Dos 11 integrantes da bancada federal – três senadores e oito deputados federais –, excluindo os votos de Simone Tebet e do deputado federal Vander Loubet (PT-MS), que, obviamente, são favoráveis à PEC da Transição – a primeira por já fazer parte da equipe de Lula, e o segundo por ser do mesmo partido do presidente eleito –, a reportagem conseguiu ouvir a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e os deputados federais Dagoberto Nogueira (PSDB-MS), Beto Pereira (PSDB-MS), Rose Modesto (sem partido) e Fábio Trad (PSD-MS).

Desses, quatro são favoráveis e um vai analisar, enquanto o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e os deputados federais Tereza Cristina (PP-MS), Dr. Luiz Ovando (PP-MS) e Loester Trutis (PL-MS) não retornaram as mensagens de WhatsApp e nem as ligações telefônicas.


Os quatro parlamentares ouvidos que são favoráveis mais os dois que fazem parte da base de Lula no Congresso somam seis votos, totalizando a maioria da bancada federal de Mato Grosso do Sul, pois Soraya Thronicke, que vai analisar, e os outros quatro não se posicionaram.


“Vamos avaliar a proposta com muito cuidado, pois tanto a questão social quanto a econômica são delicadas no momento. O importante é buscarmos o equilíbrio fiscal, sem negligenciar a necessidade da população mais carente do País, que precisa do auxílio. Acredito ser possível encontrar uma solução, e cobraremos do novo governo responsabilidade com as contas públicas”, declarou Soraya Thronicke.

Favoráveis


O deputado federal Dagoberto Nogueira justificou o voto a favor da PEC da Transição por se tratar de uma questão social. “A Câmara dos Deputados é muito sensível a essas questões sociais, e eu também sou.

Por isso, vou votar a favor da PEC da Transição. Nós já votamos a favor em um período eleitoral, ou seja, contra a legislação eleitoral, pois não poderia ter gasto dessa natureza. Nós fizemos isso mesmo assim, votando favorável ao Bolsonaro, a quem sou oposição, pelo auxílio de R$ 600, mais R$ 1.000 para os caminhoneiros e mais R$ 1.000 para os taxistas.

Foi uma coisa ilegal e arbitrária, pois estávamos em plena campanha eleitoral. Agora, nessa questão proposta pelo Lula, que é toda social, a Câmara será muito sensível a isso. Acredito que todos vão votar favoravelmente, não tenho dúvida disso”, afirmou.


Já o deputado federal Beto Pereira informou que vai votar a favor da PEC da Transição desde que traga consigo apenas questões de extrema necessidade e que garanta ao Orçamento da União a responsabilidade fiscal necessária para o momento.


“Temos que entender que se faz necessário, sim, ter um incremento e furar o teto para o pagamento do Auxílio Brasil e também para o ganho real do salário mínimo, mas não podemos transformar esse instrumento em um ‘trem da alegria’, onde tudo pode e tudo passa”, declarou Pereira.


Os deputados federais Rose Modesto e Fábio Trad também se posicionaram favoráveis à aprovação da PEC da Transição, por tratar se de uma questão social de extrema importância para a população mais vulnerável da sociedade brasileira. “Voto favorável”, reforçou a parlamentar, enquanto Fábio Trad completou que votará a favor. “Votarei, sim, pela PEC”, ressaltou.


O texto da PEC, depois de apresentado, deve começar a tramitar pelo Senado, e a ideia é que seja analisado primeiro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, assim que aprovado, seja votado no plenário da Casa de Leis, onde precisa do aval de pelo menos 49 senadores, em dois turnos. A equipe de transição de Lula articula para que isso seja feito no mesmo dia.

Câmara dos Deputados


Em seguida, o texto precisa passar pelo crivo da Câmara dos Deputados. Para ganhar tempo, os coordenadores políticos de Lula cogitam anexar a PEC da Transição a uma outra que já possa ser votada diretamente no plenário pelos deputados federais.

Com isso, a PEC poderia ser aprovada mais rapidamente, pois não seria necessário passar pela tramitação completa na Câmara. O regimento permite essa movimentação. Na Câmara, normalmente, uma PEC precisa passar pela CCJ para análise sobre se é ou não constitucional, depois, por uma comissão especial e, só então, pelo plenário.


A ideia fechada na equipe de Lula, que tem discutido esse assunto com líderes do Congresso Nacional, é usar uma PEC já em tramitação na Câmara dos Deputados que trata exatamente da retirada de algumas despesas do teto de gastos públicos. Isso porque o assunto da PEC utilizada como gatilho precisa ser semelhante ao da que será juntada. 


A aprovação de uma PEC na Câmara precisa dos votos favoráveis de, no mínimo, 308 deputados, em dois turnos de votação.

O principal objetivo da Proposta de Emenda à Constituição da Transição é de garantir um valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil, que no governo Lula, em 2023, voltará a ser chamado de Bolsa Família.

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Política

Depois que aprovar a PEC da Segurança Pública, vamos recriar o ministério, diz Lula

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher

17/12/2025 21h00

Presidente da República, Lula

Presidente da República, Lula Divulgação/Ricardo Stuckert

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 17, que não discute segurança pública por falta de competências previstas ao governo federal. Segundo Lula, é necessária a aprovação da PEC da Segurança Pública para definir as atribuições do Planalto sobre o tema. Ele voltou a prometer a criação do Ministério da Segurança Pública caso a emenda constitucional passe pelo Congresso.

"Eu nunca quis discutir segurança pública porque não era papel do governo federal porque a Constituição não dá ao governo federal o direito de se interferir na segurança pública. (...) Por isso que eu quero aprovar a PEC, porque depois que aprovar a PEC, que definir o papel da União na questão da segurança pública, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública", afirmou o presidente.

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher. Segundo o petista, os ministros homens não conseguem discutir o tema com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O presidente também declarou que os possíveis adversários dele em 2026 não possuem novidades para oferecer aos eleitores. "Quero saber quais as novidades que eles vão propor", declarou Lula.

 

Política

Ex-advogado de Bolsonaro é condenado por injúria racial

Prisão foi convertida em penas alternativas

17/12/2025 19h00

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro Pedro França/Agência Senado

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A Justiça do Distrito Federal condenou nesta quarta-feira (17) o advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro, por injúria racial contra uma atendente de pizzaria.

O advogado foi condenado a 1 ano e 9 meses de prisão, convertida para penas alternativas, e ao pagamento de R$ 6 mil por danos morais.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público após ofender a atendente. O episódio ocorreu no dia 8 de novembro de 2020, em Brasília. 

De acordo com o processo, Wassef chamou a funcionária de “macaca” após ficar insatisfeito com o sabor da pizza.

“Após ser atendido e concluir a refeição, o denunciado dirigiu-se ao caixa e disse para a vítima que a pizza estava uma merda, tendo ela dito que apenas ele teria reclamado. O denunciado retrucou, ofendendo a vítima com termos preconceituosos, nos seguintes termos: Você é uma macaca, você come o que te derem”, diz a denúncia.

Ao julgar o caso, o juiz Omar Dantas Lima, 3ª Vara Criminal de Brasília, entendeu que o insulto ofendeu a dignidade da atendente.

“A expressão macaca, tão bem retratada na prova oral, carrega intenso desprezo e escárnio. A palavra proferida é suficiente para retratar a intenção lesiva”, afirmou o magistrado.

Cabe recurso contra a decisão. 

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