Filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) foram às urnas neste domingo (6) para escolher os novas direções. Após quase uma década sob a direção de Gleisi Hoffmann, o partido terá um novo comandante nacional pelos próximos quatro anos.
Humberto Amaducci e Vander Loubet disputam a direção estadual do partido em Mato Grosso do Sul. Na Capital, a presidência do partido é disputada pelo deputado estadual Pedro Kemp e Elaine Becker. A votação encerrou às 17h, na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), localizada na Travessa Edgard Gomes, e em seguida, será feita a apuração. A expectativa é que pelo menos 1.100 pessoas tenham passado pela votação.
Filiados ao PT votaram neste domingo (6)Pedro Kemp votou no período matutino, mas garantiu que ficará na CUT até a contagem final dos votos. Ele ressalta que o PT é um partido democrático e que o momento de eleição é um momento importante para mobilização do partido.
"Nós vamos atrás dos filiados, fazemos reuniões nos bairros para saber o que podemos fazer para fortalecer o partido. É uma campanha onde podemos reencontrar nossa militância", reforça.
Ele ressalta que o comparecimento das pessoas à eleição mostra que o partido está "vivo' e que precisa crescer e se fortalecer cada vez mais.
"Depois da eleição, queremos organizar o pt, fortalecer, trazer novos filiados, fazer formação politica, porque o nosso grande objetivo é a reeleição do presidente Lula no ano que vem, por isso queremos um partido forte e mobilizado".
Kemp afirma que está confiante com o resultado por ter apoio de vários grupos organizados internamente.
"Caso não ganhe, a mensagem é de unidade do partido, não somos adversários, somos aliados com algumas ideias diferentes, mas no fundo, quando termina o resultado, quem ganha tem apoio de todo mundo pra defender a nossa bandeira".
Outros petistas também compareceram à votação como Zeca do PT, Camila Jara, Vander Loubet, Jean Ferreira, Luiza Ribeiro e Landmark.
"O partido passa por esse momento importante de debate, de oxigenação, respeitando as opiniões de todos os filiados, as correntes, as tendências, e após as eleições internas, no Mato Grosso do Sul e em Campo Grande, o partido deve tomar uma nova postura para se preparar para as eleições estaduais e nacionais. Devemos organizar uma chapa estadual competitiva, de deputados estaduais e federais, temos nosso candidato a senador e estamos em namoro muito grande, próximo ao casamento, que possivelmente vai ser o Fábio Trad como nosso candidato a governo do Mato Grosso do Sul", afirmou Landmark ao Correio do Estado.
O vencedor será definido a partir da chapa que levar mais de 50% dos votos. Os candidatos não eleitos não perdem a disputa, mas as porcentagens de votos definem a posição que ocuparão na diretoria.
"O PT é o único partido que tem um processo de eleição direta em todas as instâncias, e que as direções são eleitas proporcionalmente dentro das diversas forças que compõem o partido, o diretório não é composto por quem ganha e quem perde, mas sim, pelo peso de votação de cada chapa", afirmou Valter Queiroz, da secretaria de comunicação das chapas municipais.
O resultado parcial dos votos a nível estadual e municipal deve ser divulgado às 19 horas, pelo horário de Mato Grosso do Sul. Já o resultado nacional, deve ser divulgado até a terça-feira.
Nacional
No contexto nacional das eleições para presidente do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva é cotado como um dos favoritos a vencer a disputa, já que recebeu o apoio do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além do Edinho, o atual secretário de Relações Internacionais, Romênio Pereira, será candidato pela tendência Movimento PT. Também concorre à presidência o historiador e membro do Diretório Nacional do PT, Valter Pomar, que registrou sua candidatura para concorrer à presidência representando o movimento Articulação de Esquerda. Além destes, Rui Falcão e Washington Quaquá também disputam o cargo.
Atualmente Humberto Costa é quem comanda o cargo da presidência do PT até a realização das eleições diretas, já que a atual presidente do partido, Gleisi Hoffmann, assumiu a Secretaria de Relações Institucionais do Brasil no fim do mês de fevereiro.




