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Moraes livra PP e Republicanos e concentra multa de R$ 23 mi no PL de Bolsonaro

PP e Republicanos recorreram ao ministro sob o argumento de que não concordaram com a contestação do resultado das eleições

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O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, determinou nesta sexta-feira (25) a exclusão do PP e do Republicanos da ação que resultou na multa de R$ 22,9 milhões imposta à coligação de Jair Bolsonaro (PL).

O ministro suspendeu o bloqueio dos recursos do fundo partidário das duas legendas.
PP e Republicanos recorreram ao ministro sob o argumento de que não concordaram com a contestação do resultado das eleições. "A ação foi uma decisão isolada do Partido Liberal", afirmam os representantes dos dois partidos no documento enviado ao presidente da corte.

Alegaram ainda que não foram concedidos "poderes de Presidente da Coligação" a Valdemar Costa Neto, o chefe do PL, para o político falar em nome dos três partidos que formaram a coligação que tentou reeleger Bolsonaro, derrotado no segundo turno por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na quarta-feira (23), Moraes determinou o bloqueio dos valores do fundo partidário do PL, do PP e do Republicanos até a quitação da multa de R$ 22,9 milhões imposta à coligação por litigância de má-fé.
No dia anterior, em sintonia com o discurso golpista do mandatário, o PL apresentou ao TSE um pedido para invalidar os votos de parte das urnas eletrônicas (modelos anteriores a 2020) por "mau funcionamento", hipótese já refutada pelo tribunal e instituições fiscalizadoras.

De acordo com os autores do recurso, "em momento algum [os dois partidos] agiram com má-fé, não podendo ser penalizados por atos ao qual não deram causa".

Pedem, então, que seja reconhecida a ausência de má-fé e o cancelamento da multa sob o argumento de que "não tiveram a intenção de propor a presente demanda e dela discordam, conforme inclusive manifestação pública dos seus dirigentes".

"Caso Vossa Excelência entenda pela manutenção da multa de litigância de má fé", argumentam ainda, "que seja aplicada tão somente em desfavor do Partido Liberal".

No recurso enviado ao TSE, PP e Republicanos dizem que as convenções nacionais dos dois partidos aprovaram a formação da chapa com o PL, sendo indicados, "única e exclusivamente", os nomes de Bolsonaro Walter Braga Netto como candidatos a presidente e vice, sem qualquer definição sobre um representante que falasse em nome da coligação.

A multa imposta à coligação de Bolsonaro representa 46% do que o PL recebeu de fundo partidário nos primeiros dez meses de 2022.

Se consideradas as duas outras legendas da coligação, o PP e o Republicanos, a penalidade significa cerca de 15% do total recebido pelas três siglas nesse período.

O partido de Bolsonaro embolsou R$ 50,3 milhões de janeiro a outubro, segundo dados da corte eleitoral. O dinheiro do fundo é usado para manutenção dos partidos. O Republicanos recebeu R$ 48 milhões, e o PP, R$ 52,6 milhões.

PP e Republicanos argumentam ao TSE que a manutenção do bloqueio afetará o cumprimento de obrigações financeiras com seus fornecedores e funcionários em âmbito nacional e estadual, comprometendo o funcionamento das atividades partidárias.

As duas legendas têm ponderações quanto à multa estipulada por Moraes. O pedido inicial do PL não atribuiu valor à causa, e o presidente do TSE decidiu arbitrá-la.

O ministro considerou o número de urnas impugnadas pelo PL: 279.383. Multiplicou pelo custo unitário (R$ 4.114,70) das últimas urnas adquiridas pelo TSE, o que totalizou R$ 1.149.577.230. Aplicou, então, percentual de 2%, chegando aos R$ 22.991.544,60.

Moraes se baseou no CPC (Código do Processo Civil) tanto para arbitrar o valor da causa quanto para definir o percentual de 2%. O artigo 81 diz que o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% e inferior a 10% do valor da causa.

"Veja-se que foi atribuído o valor da causa de ofício antes mesmo de dar oportunidade à parte de cumprir regularização da petição inicial", observam.

Para eles, não há montante econômico auferível nessa ação e, nos casos em que o valor da causa é irrisório ou inestimável, a multa fixada será em até 10 vezes o valor do salário-mínimo, o que resultaria em multa de no máximo R$ 12.120,00.

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Na bronca

Não sou contra emendas parlamentares, mas neste patamar sou contra, diz Simone Tebet

Segundo Tebet, em nenhum outro lugar do mundo o Parlamento tem tantos recursos quanto o Executivo para investimentos

13/03/2025 23h00

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento Foto: Divulgação

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fez críticas ao crescimento descontrolado das emendas parlamentares, que podem virar "um caso de polícia".

"Eu já vi essa história antes, eu já vi esse filme antes. Não sou contra as emendas parlamentares, acho que elas são saudáveis Neste patamar que sou contra", afirmou a ministra, em entrevista exibida pela GloboNews na noite da quarta-feira, 12.

Segundo Tebet, em nenhum outro lugar do mundo o Parlamento tem tantos recursos quanto o Executivo para investimentos.

É preciso, segundo a ministra, encontrar um maior equilíbrio em relação às emendas, sob o risco de a situação atual levar a um cansaço da população brasileira com a classe política.

Nesse sentido, Tebet disse que sua maior preocupação para as eleições do ano que vem é com o surgimento de candidatos de fora da política tradicional. "Não tenho medo da direita ou da esquerda tradicional, tenho medo de um outsider, que vem com ideias mirabolantes de um mundo totalmente distópico."

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Política

Bolsonaro ironiza possível candidatura de Gusttavo Lima à Presidência: 'Não conheço'

Desde o início do ano, Gusttavo Lima tem sinalizado interesse em ingressar na política

13/03/2025 21h00

Foto: Divulgação

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com ironia ao ser questionado sobre uma possível candidatura à Presidência do cantor Gusttavo Lima nas eleições de 2026. Durante um evento em São Paulo na terça-feira, 11, ele afirmou desconhecer o sertanejo e minimizou sua relevância no cenário político. "Não conheço (Gusttavo Lima). É um cantor", afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro já havia descartado a possibilidade de Gusttavo Lima disputar o comando do Planalto, argumentando que o cantor ainda não estaria "maduro" para o cargo. Em entrevista à CNN Brasil no início do ano, ele reconheceu a popularidade do artista, mas sugeriu que sua candidatura fosse para o Senado.

"Conversei com ele um tempo atrás, no dia seguinte apareceu a candidatura dele para presidente. Então, eu tirei o pé. Ele tem idade e popularidade. É um excelente nome para o Senado, mas, para a Presidência, não sei se está maduro ainda", disse.

Desde o início do ano, Gusttavo Lima tem sinalizado interesse em ingressar na política. Recentemente, ele reforçou seu apoio ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), a quem chamou de "amigo pessoal", mas negou que esteja se envolvendo politicamente no momento.

A declaração veio após Caiado sugerir uma possível chapa conjunta para a eleição presidencial de 2026. Apesar das especulações, o cantor ainda não é filiado a nenhum partido. No mesmo dia, Gusttavo Lima visitou o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que apoiou publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

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