Política

DE OLHO NA VAGA

Nelsinho diz que tem legitimidade para disputar a reeleição ao Senado em 2026

O parlamentar sul-mato-grossense ressaltou que, enquanto os outros prometem que vão fazer, ele já fez nos últimos 7 anos

Continue lendo...

Com sete anos de mandato já cumpridos no Senado, o senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD) se considera legitimado para buscar a reeleição no pleito do ano que vem, porém, deixou em aberto por qual legenda deve participar da disputa.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o parlamentar reforçou que todo político detentor de mandato tem a prerrogativa de buscar a continuidade no cargo. 

“Muita gente por aí está falando que vai fazer isso, que vai fazer aquilo para ser eleito senador, mas, diferentemente dessa gente, eu já fiz e, portanto, tenho legitimidade para concorrer”, afirmou.

Ele acrescentou que a preocupação pela conquista das duas vagas ao Senado para MS é dos seus adversários.

“É mais de quem vai concorrer comigo do que minha, pois tenho serviço prestado por todos os municípios do Estado e não tenho a fama de campeão de emendas sem merecimento”, assegurou.

No entanto, Nelsinho Trad reconheceu que não é o mesmo de 2018, que muita coisa mudou, mas as mudanças foram para melhor. 

“Hoje, posso dizer com toda a sinceridade do mundo que sou um senador melhor do que era sete anos atrás. Estou mais experiente e conhecedor do que os municípios precisam e do que o nosso Estado necessita”, ressaltou. 

EVOLUÇÃO

O senador lembrou que foi coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso e esse período no cargo lhe ajudou a conhecer as demandas dos municípios. 

“Atualmente, posso dizer que estou moldado aos tempos atuais e, por isso, estou mais preparado para buscar mais oito anos de mandato. A vida de um senador da República é uma evolução constante e é preciso sempre se atualizar, se reinventar e se colocar de acordo com o que o tempo exige”, argumentou.

Um exemplo de que está mais experiente no cargo, conforme ele, é que passou dezembro do ano passado e continua neste mês trabalhando em Brasília (DF) em prol do seu Estado. 

“Enquanto os outros estão na praia, eu estou aqui em Brasília, buscando recursos nos ministérios. Todos os dias estou percorrendo os ministérios para verificar se tem dinheiro sobrando e, se tiver, já aviso que tenho um projeto embaixo do braço para destinar a um município de Mato Grosso do Sul”, garantiu. 

NOVO PARTIDO

Indagado se concorrerá à reeleição pelo PSD, Nelsinho Trad desconversou, ressaltando que ainda é muito cedo para afirmar isso, porque os partidos estão iniciando as articulações para alianças, fusões, federações e incorporações partidárias.

“Em razão da conotação negativa que tomou a definição de uma vertente política, principalmente depois da polarização entre direita e esquerda, eu costumo dizer que sou centro-conservador. Por isso, pretendo esperar as lideranças nacionais encaminharem suas negociações para tomar uma decisão”, afirmou.

O senador refere-se ao fato de existir uma grande possibilidade de o PSD fechar uma fusão com o PSDB e, nesse caso, os candidatos às duas vagas ao Senado podem mudar, pois o ex-governador tucano Reinaldo Azambuja também já se colocou como pré-candidato a senador para as eleições do ano que vem.

Nesse cenário político ainda incerto para o próximo pleito, o parlamentar preferiu adotar cautela para optar pela atual legenda ou escolher uma outra sigla. Porém, a única certeza dada pelo senador Nelsinho Trad é de que não abrirá mão de tentar a reeleição.

Assine o Correio do Estado

Política

Lula, Sánchez e Ramaphosa: 2025 será decisivo para multilateralismo

Para eles, fóruns internacionais não podem ser "mais do mesmo"

06/03/2025 20h00

Lula, Sánchez e Ramaphosa: 2025 será decisivo para multilateralismo

Lula, Sánchez e Ramaphosa: 2025 será decisivo para multilateralismo ANDERSON RIEDEL/PR

Continue Lendo...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Espanha, Pedro Sánchez, defendem que as reuniões internacionais previstas para 2025 não podem ser “apenas mais-do-mesmo”, precisam entregar “progressos reais” para o enfrentamento dos desafios do planeta. Juntos, os líderes assinam artigo publicado em diversos veículos de imprensa, nesta quinta-feira (6), como O Globo, Al Jazeera e Le Grand Continent.

Para os presidentes, 2025 será um ano decisivo para o multilateralismo. Ele citaram os encontros que ocorrerão em cada um dos três países: a 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FfD4), em Sevilha, na Espanha; a 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Belém (PA), no Brasil; e a Cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), em Joanesburgo, na África do Sul.

“Os desafios que se apresentam diante de nós — desigualdades crescentes, mudanças climáticas e o déficit de financiamento para o desenvolvimento sustentável — são urgentes e estão interconectados. É preciso tomar ações coordenadas e corajosas para abordá-los — e não recuar ao isolamento, a ações unilaterais ou a rupturas”, escrevem.

O multilateralismo se refere à cooperação conjunta de um grupo de países em torno de interesses comuns. Desde que assumiu o terceiro mandato, o presidente Lula vem criticando o enfraquecimento dos organismos multilaterais e defendendo a reforma no sistema de governança global. Em 2024, o tema foi uma das prioridades do Brasil na presidência do G20, que neste ano está com a África do Sul.

“A confiança no multilateralismo está sob tensão; e, no entanto, nunca houve tanta necessidade de diálogo e cooperação global”, afirmam.

Para os presidentes, G20, COP30 e FfD4 devem servir como marcos de um compromisso renovado com a inclusão, o desenvolvimento sustentável e a prosperidade compartilhada. "Isso exigirá forte vontade política, a plena participação de todos os atores relevantes, uma mentalidade criativa e a habilidade de compreender os condicionantes e as prioridades de todas as economias”, acrescentam.

Lula, Sánchez e Ramaphosa alertam sobre o alto endividamentos dos países em desenvolvimento e aumento das desigualdades de renda no âmbito interno e também entre as nações. “Muitos países em desenvolvimento sofrem com o peso insustentável de dívidas, espaços limitados de ação fiscal e barreiras que dificultam o acesso justo ao capital. Serviços básicos, como saúde e educação, têm de competir com taxas de juros crescentes. Trata-se não apenas de uma falha moral; mas de um risco econômico para todos”, defendem.

Para eles, a arquitetura financeira global precisa ser reformada a fim de “dar mais voz e representatividade aos países do Sul Global, assim como acesso mais justo e previsível a recursos”.

“É preciso avançar nas iniciativas de alívio da dívida, promover mecanismos de financiamento inovadores e identificar e abordar as causas do alto custo do capital para a maioria dos países em desenvolvimento”, afirmam os presidentes.

A expectativa para a COP30, em Belém, é que os países apresentem compromissos mais ambiciosos para limitar o aumento da temperatura da Terra e se estabeleça o financiamento da ação climática aos países em desenvolvimento, em, ao menos, US$ 1,3 trilhão por ano até 2025.

“Precisamos aumentar significativamente o financiamento para a adaptação climática, alavancar os investimentos do setor privado e assegurar que os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento assumam um papel mais relevante no financiamento climático. A conferência de Sevilha complementará esses esforços, assegurando que o financiamento climático não prejudique o desenvolvimento”, argumentam.

Na carta, os três países se comprometem a trabalhar em Sevilha no sentido de mobilizar capital público e privado para o desenvolvimento sustentável, reconhecendo a inseparável relação entre estabilidade financeira e ação climática. "Em Joanesburgo, o G20 reafirmará a importância de um crescimento econômico inclusivo. E, em Belém, estaremos lado a lado para proteger o nosso planeta”, complementam os presidentes.

Não é Não

Projeto propõe instalação de "tendas" em eventos para atender vítimas de assédio sexual

A matéria apresentada na ALEMS sugere a criação de um espaço em eventos públicos, como shows, para acolhimento, orientação e apoio no andamento da ocorrência em casos de importunação sexual

06/03/2025 17h15

Credito: Pagu / Arquivo Correio do Estado

Continue Lendo...

Com o objetivo de fortalecer ações de prevenção ao assédio contra a mulher, foi apresentado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) o Projeto de Lei 48/2024, que propõe a criação de um espaço de amparo para eventuais vítimas em eventos públicos no Estado.

O PL, de autoria do deputado estadual Pedro Kemp (PT),  submetido na semana que faz alusão ao Dia da Mulher, em 8 de março, data que simboliza a luta das mulheres por igualdade e contra a discriminação de gênero.

Conforme o texto do projeto, caso seja aprovado, nos eventos com mais de 10 mil pessoas serão criadas as chamadas “Tendas Lilás”, que consistem em espaços com profissionais capacitados para lidar com mulheres que tenham sido vítimas de importunação sexual.

Além disso, a medida prevê a capacitação de gestores e profissionais que atuam nos eventos para que compreendam como proceder em casos de suspeita de abuso, assédio ou importunação sexual.

Outro ponto trata do rigor desde o momento da denúncia até o encaminhamento, com todo o levantamento dos fatos, para os órgãos competentes, garantindo que os responsáveis sejam devidamente punidos pela Justiça.

Também está prevista a circulação de campanhas educativas de conscientização para a prevenção da violência sexual, que deverão ser veiculadas em propagandas de televisão, rádio e outras mídias, em linguagem de fácil compreensão para alcançar o maior número de pessoas.

Tramitação


A matéria segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), onde pode receber emendas e, somente então, será encaminhada para apreciação dos parlamentares.

Como justificativa, o deputado apresentou a Lei Federal 13.718/18, que tipifica o crime de importunação sexual:

“O projeto busca garantir que, nos grandes eventos, exista um espaço destinado a recepcionar e orientar as vítimas de importunação ou outro tipo de assédio sexual, com colaboradores capacitados para o cumprimento do protocolo ‘Não é Não’, instituído pela Lei 14.786/23”, disse Kemp, e completou:

“O ponto de apoio ‘Tenda Lilás’ nos grandes eventos consiste em uma forma concreta de coibir a prática do crime de assédio sexual e de apoiar eventuais vítimas.”

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).