Política

EUA

Nelsinho e comitiva do Senado brasileiro fazem primeira reunião nos EUA

Os representantes do País foram votados por unanimidade e buscam soluções para o tarifaço imposto pelo governo norte-americano a produtos brasileiros

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Representantes de Mato Grosso do Sul no Senado, Teresa Cristina (PP-MS) e Nelsinho Trad (PSD-MS) já estão em Washington, nos Estados Unidos, para a missão oficial do Senado ao país norte-americano. 

Na noite deste sábado (26), juntamente com Esperidião Amin (PP-SC), astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Fernando Farias (MDB-AL), realizaram o primeiro evento preparatório para os trabalhos em solo estadunidense. 

O objetivo da reunião da última noite foi a atualização dos parlamentares sobre os temas prioritários e alinhamento dos pontos que devem ser debatidos nas reuniões com o Congresso dos Estados Unidos.

“Procuramos fazer uma atualização da temática e alinhar os pontos que deveremos abordar ao longo da missão. Essa preparação é fundamental para garantir uma atuação coesa, institucional e estratégica em nome do Brasil”, destacou o senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores e também coordenador da missão.

A comitiva brasileira deve ser completada neste domingo com a chegada dos senadores Carlos Viana (Podemos-MG), Jacques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) ao país. 

Trad já havia dito ao Correio do Estado que um dos objetivos da viagem à capital norte-americana é o de “baixar a temperatura” das tensões comerciais e políticas envolvendo Brasil e Estados Unidos. 

A maioria dos encontros está prevista para ocorrer na Embaixada do Brasil em Washington a partir de segunda-feira, quando os senadores se encontrarão com integrantes da Câmara de Comércio Brasil e Estados Unidos (Amcham Brasil). Na terça-feira, os parlamentares terão encontros com representantes do Senado norte-americano e da Câmara dos Representantes. 

Tarifaço

A decisão do Senado brasileiro de formar uma comitiva para ir aos Estados Unidos  se deu após o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de taxar em 50% diversos produtos do País. 

O presidente da CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL), repudiou a decisão, que chamou de “ataque ao comércio, à indústria e ao agronegócio brasileiro”, motivado, segundo ele, por interesses eleitorais.

"A decisão do presidente norte-americano foi divulgada, pasmem, por carta publicada nas redes sociais, uma carta dirigida ao presidente Lula que elenca motivos políticos, eleitorais, pessoais, e não elenca nenhum motivo de ordem comercial ou tarifária", criticou Calheiros.

Críticas

Em sua rede social, Eduardo Bolsonaro disse na última terça-feira (22) que a viagem é um desrespeito à carta de Trump. O tarifaço sobre produtos brasileiros no início do mês condicionou o recuo nas tarifas de importação ao fim do processo criminal em que Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal. Em mais de uma ocasião, Trump classificou como “algo terrível” o processo criminal contra o ex-presidente do Brasil.

Na prática, o deputado federal quer manter a condição de levantar as tarifas e possíveis sanções contra o Brasil apenas com a anistia a Jair Bolsonaro e às demais pessoas acusadas de golpe de Estado e crimes correlatos.

“Reafirmo que não tenho qualquer vínculo com essa iniciativa parlamentar, fadada ao fracasso. Mas confesso até simpatizar com a ideia de que venham: não por acreditar que terão sucesso, mas porque poderão constatar que aquilo que eu e Paulo Figueiredo (jornalista e influenciador acusado de tentativa de golpe junto com Jair Bolsonaro) temos dito — não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita”, escreveu o deputado em sua rede social “X”. 

Eduardo Bolsonaro está desde março em solo norte-americano onde articula, junto ao governo dos Estados Unidos e integrantes da extrema direita internacional, retaliações ao processo penal em que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro é réu por golpe de Estado, entre outros crimes. 
 

Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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