Política

TORNOZELEIRA

Para se tratar de câncer, Justiça suspende monitoramento eletrônico de Waldir Neves

Conselheiro do TCE-MS foi afastado do cargo por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro

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A Justiça aceitou o pedido de suspensão temporária do monitoramento eletrônico imposto ao conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), Waldir Neves, afastado do cargo desde o dia 8 deste mês por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça). 

Ele foi tirado por seis meses da Corte Fiscal, junto com os também conselheiros Iran Coelho das Neves e Ronaldo Chadid, acusados pela Polícia Federal por suposta prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os três usam tornozeleira eletrônica.

O juiz Alessandro Carlos Meliso Rodrigues foi quem concordou com o pedido da defesa do conselheiro para que o monitoramento fosse interrompido. 

Waldir Neves afirmou que precisa de se submeter a um tratamento de urgência numa unidade de saúde, em São Paulo.

Consta na solicitação que Neves desenvolveu câncer de próstata. O pedido foi concordado também pelo Ministério Público.

O conselheiro compromete-se a usar a tornozeleira assim que passar pelo procedimento médico. Ele já viajou para São Paulo ontem, terça-feira (20).

De acordo com investigação conduzida pela Polícia Federal, os três conselheiros em questão estariam implicados num esquema de desvio de recursos públicospor meio de fraude em licitação que teria favorecido uma empresa de informática, a Dataeasy.

O conselheiro Iran Coelho das Neves, que antes da decisão do STJ presidia o TCE-MS, ingressou na semana passada com recurso contra o afastamento e uso da tornozeleira.

A corte, no entanto, ainda não definiu a questão.

Declaração

Embaixador do Brasil na ONU pede fim da ação dos EUA contra Venezuela

Donald Trump ameaça invadir o país comandado por Nicolás Maduro

24/12/2025 19h00

Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU

Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU Foto: Divulgação

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O embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Sergio Danese, criticou nesta terça-feira (24), durante reunião do Conselho de Segurança, a ação militar dos Estados Unidos contra a Venezuela.

Para o representante brasileiro, as ações norte-americana são “violações da Carta das Nações Unidas e, portanto, devem cessar imediata e incondicionalmente em favor da utilização dos instrumentos políticos e jurídicos amplamente disponíveis”.

Danese disse que o Brasil “convida ambos os países a um diálogo genuíno, conduzido de boa-fé e sem coerção”. O embaixador acrescentou ainda que o presidente Lula já declarou que tem intenção de intermediar um acordo entre EUA e Venezuela e que apoia qualquer esforço do secretário-geral da ONU nesta direção.

O embaixador acrescentou também que a América do Sul é e quer continuar sendo uma região de paz, “respeitando o direito internacional e com boas relações entre vizinhos”.

Para o embaixador brasileiro, evitar uma guerra no continente não é um interesse apenas dos países da América Latina, toda a comunidade internacional tem de se preocupar “já que em última instância, um conflito na região poderia ter repercussões em escala global”.

Os Estados Unidos, através de ordens do presidente Donald Trump, promovem um cerco militar à Venezuela. Os norte-americanos têm a intenção de tirar Nicolás Maduro do poder, a quem acusam de chefiar um cartel narco-terrorista. Trump vem há semanas ameaçando invadir o território venezuelano.

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Política

Tarcísio mantém cassação da aposentadoria de fiscal da Fazenda acusado de corrupção

Governador se escorou em parecer do secretário da Pasta, Samuel Kinoshita, para negar provimento ao recurso da defesa

24/12/2025 17h30

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo Foto: Arquivo

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O governador Tarcísio de Freitas manteve o decreto de cassação da aposentadoria do auditor fiscal da Fazenda do Estado de São Paulo Agostinho Ientile Júnior, sob suspeita de integrar esquema de propinas e de lavagem de dinheiro de empresas aliadas a um escritório de advocacia, cujos titulares, pai e filho, fizeram delação premiada.

Em seu despacho, publicado no dia 22, Tarcísio se escorou em parecer do secretário da Pasta, Samuel Kinoshita, para negar provimento ao recurso da defesa, 'ficando mantida a decisão impugnada por seus próprios e jurídicos fundamentos'.

O advogado José Márcio Rielli, que representa o fiscal, disse que a decisão que mantém seu cliente fora dos quadros da Receita estadual e sem direito à remuneração de R$ 42 mil mensais 'é mais uma injustiça por falta de olhares analíticos da Corregedoria da Fiscalização Tributária e da Administração'.

"Manisfestaram-se sem conformidade técnica das provas juntadas aos autos", protesta Rielli. "As provas restringem-se a meras narrativas sem fundamentação. Sinto profundamente que os corregedores tenham distorcido interpretações e nenhuma análise mais articulada das provas."

Agostinho Ientile Júnior foi alvo da Operação Triuno, deflagrada pela Polícia Federal em 2020. Em meio às investigações, ele se aposentou. Em fevereiro, porém, sua aposentadoria foi cassada por Kinoshita.

A Corregedoria da Fiscalização Tributária atribui a Agostinho crimes contra a administração pública, enriquecimento ilícito e recebimento de propinas. A cassação da aposentadoria resultou na imediata suspensão dos salários que o fiscal vinha recebendo dos cofres públicos - R$ 42,3 mil, segundo dados do Portal da Transparência.

Delação

A Operação Triuno teve como ponto de partida informações de dois advogados, pai e filho, em delação premiada homologada pela Justiça.

Os advogados revelaram como usaram seu próprio escritório e outras empresas controladas pela família para servir a companhias envolvidas em lavagem de dinheiro e operacionalização de propinas a servidores públicos.

A investigação revelou que uma empresa de tecnologia fez parte do grupo interessado nos 'serviços' do escritório. Segundo a PF, o escritório foi usado para pagar propinas a Agostinho por meio de contratos falsos de prestação de serviços advocatícios.

A PF afirma que o próprio fiscal procurou os advogados em uma ocasião e "solicitou a elaboração de um 'projeto' para a geração de recursos em espécie".

Antes da delação, os federais apreenderam celulares e computadores dos advogados. Os investigadores encontraram planilhas com o contato de Agostinho, o que, segundo a PF, corrobora a versão contada posteriormente pelos delatores.

O fiscal teria recebido propinas para fazer vista grossa à sonegação de ICMS pela empresa de tecnologia. A defesa afirma que Agostinho nunca participou de fiscalizações envolvendo a companhia.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO JOSÉ MÁRCIO RIELLI

"Mais uma injustiça cometida por falta de olhares analíticos da Corregedoria da Fiscalização Tributária e da Administração. Manisfestaram-se sem conformidade técnica das provas juntadas aos autos.

As provas restringem-se a meras narrativas sem fundamentação. Sinto profundamente que os corregedores tenham distorcido interpretações e nenhuma análise mais articulada das provas. Sinceramente, é uma total decepção, pois não houve nenhuma adequação à interpretação dos fatos.

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