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Pesquisa empolga petistas e dá confiança a bolsonaristas

Em Campo Grande, Bolsonaro e Lula estão tecnicamente empatados, indica levantamento IPR/Correio do Estado

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Enquanto representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) comemoram o resultado da pesquisa IPR/Correio do Estado que indica empate técnico entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Campo Grande, os políticos da ala bolsonarista afirmam que o atual chefe de governo está sendo resiliente, mantendo a liderança numérica no levantamento.

Em todos os cenários pesquisados, Bolsonaro e Lula aparecem tecnicamente empatados. O atual presidente tem 29,84% da preferência do eleitor da Capital, enquanto o ex-presidente tem 26,35% das intenções de voto para a eleição de 2022. A margem de erro do levantamento é de 5,5% para mais ou para menos, o que evidencia o empate técnico. 

Para o deputado estadual Pedro Kemp (PT), uma das lideranças petistas no Estado, a volta de Lula amplia as chances de a esquerda voltar ao poder no Estado.

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Ele ainda celebrou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que livrou Lula de todas as condenações impostas pela Operação Lava Jato, uma delas de autoria do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-juiz Sergio Moro.

“Acredito que a volta de Lula amplia as chances de a esquerda voltar ao poder e ter um projeto de crescimento do País sem esquecer dos menos favorecidos, o que sempre foi a nossa marca, mas que acabou sendo esquecido pelo ideal liberal do governo atual”, avaliou Kemp.

RESILIÊNCIA?

Em outro espectro político, o que revela de forma ainda mais acentuada esta polarização, navega o também deputado estadual Capitão Contar (PSL). 

O parlamentar é um aliado no Estado do presidente Bolsonaro e conduz sua política com base em pautas mais conservadoras, algo muito caro ao bolsonarismo. Ele reconhece os desafios enfrentados pelo governo na condução da pandemia, porém, avalia que, mesmo com o petista no páreo, o presidente vai se reeleger em 2022.

“Mesmo com toda a adversidade pandêmica, econômica e política, não resta dúvida que Bolsonaro se reelege, com ou sem Lula. Em 2022, se Deus permitir, nossa população já estará toda imunizada e nossa economia já terá decolado novamente, o cenário será ainda mais favorável politicamente para Bolsonaro”, prospectou.

CENTRO

Já Fábio Trad (PSD), que tem uma visão mais de centro, lamentou a volta da polarização, que, segundo ele, culminou com a eleição de Bolsonaro em 2018. E projetou que, para que esse novo cenário não se repita, é preciso uma figura de centro que tenha carisma e capital político.  

“Penso que ainda é prematuro discutir o cenário de 2022, porque as variantes decorrentes da pandemia e da crise econômica subjacente estão sendo desenhadas. Portanto, tudo tangencia a especulação. Acredito, porém, que a densidade eleitoral de um nome do centro é fundamental para romper com a polarização".

"Lembro que o centro não pode ter uma candidatura morna, com gosto de chuchu. Enfim, penso que a polarização tende a ceder quando nomes outros surgirem como opção viável eleitoralmente. Para a democracia brasileira importa o nível do debate político, com a apresentação de alternativas viáveis. A polarização interessa apenas aos dois polos”, analisou.

A PESQUISA

A pesquisa foi realizada em Campo Grande, nos dias 11 e 12 de março. Ao todo, 315 pessoas foram entrevistadas.

No cenário principal, com todos os pré-candidatos, além de Bolsonaro (29,84%) e Lula (26,35%), aparece também Luiz Henrique Mandetta (DEM), “prata da casa” que tem 3,49% da preferência do eleitor da Capital. 

Ex-ministro da Justiça, ex-juiz da Lava Jato e autor de uma das condenações de Lula, Sergio Moro (sem partido) tem 2,86% da preferência do eleitorado.

Aparece na sequência neste cenário – em que são colocados todos os nomes que despontam para a disputa presidencial – o apresentador da Globo Luciano Huck (sem partido), com 1,27%. Ele tem a mesma pontuação de Ciro Gomes (PDT). 

João Amoêdo (Novo) tem 0,95%, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), teve a preferência de 0,32% do eleitorado de Campo Grande. Alvaro Dias (Podemos) não pontuou.

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Ministra

Ideal seria não mexer nas metas, diz Simone Tebet

"O grande núcleo do arcabouço continua, e não vamos mudar: a despesa vai crescer até 70% do aumento da receita e a segunda trava é de no máximo 2,5% ao ano", diz Tebet

16/04/2024 15h00

Foi a primeira vez que a ministra comentou a mudança na meta de resultado fiscal para 2025, que passou de 0,5% do PIB para zero. Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), disse que o ideal seria não mudar as metas fiscais do governo federal, mas que a alteração divulgada nesta segunda-feira (15) não mexe nos pontos principais do arcabouço fiscal.

"Ninguém discute que o ideal seria não mexer nas metas. É preciso antes de tudo ter compromisso com responsabilidade fiscal. O fiscal é o norte que nos leva ao objetivo principal de erradicar a miséria", disse a ministra em entrevista ao programa Em Ponto, da GloboNews.

"O grande núcleo do arcabouço continua, e não vamos mudar: a despesa vai crescer até 70% do aumento da receita e a segunda trava é de no máximo 2,5% ao ano", acrescentou.
Para Tebet, é necessário trabalhar "com a sociedade e com a classe política com a maior franqueza possível".

Foi a primeira vez que a ministra comentou a mudança na meta de resultado fiscal para 2025, que passou de 0,5% do PIB para zero. Tebet não participou da divulgação do projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), assim como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Haddad foi entrevistado pela GloboNews horas antes de o projeto ser divulgado e confirmou as informações que já circulavam sobre a alteração na meta.

As regras do arcabouço criam uma banda de 0,25 ponto percentual para a meta, o que significa que até um déficit fiscal pode acontecer em 2025.

A ministra disse que o governo vai perseguir a meta zero mesmo com a banda de 0,25 pontos, não apenas neste ano, mas também no ano que vem.

Tebet destacou, ainda, que o governo está reavaliando políticas públicas para além do Proagro e da Previdência, incluídas na LDO. "Ao invés de abrir o menu que temos de políticas públicas que podem ser avaliadas e vão gerar economia, resolvemos ser conservadores no anúncio da revisão de casos", justificou.

Ela disse, ainda, que aumentar a eficiência das atuais políticas públicas é um objetivo para 2024 e 2025.

"Nas últimas duas reuniões ministeriais, Lula foi categórico: chega de inventar políticas públicas, vamos entregar de maneira eficiente as já lançadas. Não tem gastos novos, vamos tornar mais eficientes esses gastos", acrescentou.

Após o déficit zero no ano que vem, o governo prevê um superávit de 0,25% do PIB em 2026 (R$ 33,1 bilhões), 0,50% do PIB em 2027 (R$ 70,7 bilhões) e 1% do PIB em 2028 (R$ 150,7 bilhões), os dois últimos já no primeiro biênio do mandato do próximo presidente da República.

A intenção do governo de perseguir uma meta menos ambiciosa foi revelada pela Folha de S.Paulo.

MATO GROSSO DO SUL

Bolsonaro marca agenda dias 14 e 15 de maio em MS, um mês depois de Lula

Visita de ex-presidente é esperada desde o dia 24 de fevereiro, quando Michelle Bolsonaro veio à Campo Grande para evento do PL Mulher

16/04/2024 13h07

Nomes ligados ao PL, como Marcos Pollon e o candidato à prefeitura de Campo Grande, Rafael Tavares, já dão a visita do ex-presidente como certa em suas redes sociai Reprodução

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Cerca de um mês depois do então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, pisar em solo mato-grossense, o ex-chefe do Executivo Federal, Jair Bolsonaro, tem agenda marcada com seus correligionários em Mato Grosso do Sul já para o mês de maio. 

Conforme o presidente municipal do Partido Liberal em Campo Grande, Aparecido Andrade Portela - o Tenente Portela -, as datas em que o ex-presidente virá para MS até então são os dias 14 e 15 do próximo e  mês. 

Ao Correio do Estado, o responsável pela sigla no município de Campo Grande destacou que a presença de Jair Bolsonaro já está confirmada para a Exposição Agropecuária de Dourados, que acontece entre os dias 10 e 19 de maio, com shows de Ana Castela; Gusttavo Lima; Alok e Léo Santana. 

Considerado amigo do ex-presidente e descrevendo-se como "eterno defensor de Bolsonaro", Portela assumiu o diretório municipal do PL em Campo Grande neste ano. 

Visita prometida

Nomes ligados ao Partido Liberal, como Marcos Pollon (comandante estadual do PL em MS) e o candidato à prefeitura de Campo Grande, Rafael Tavares, também já dão a visita do ex-presidente como certa através de suas redes sociais. 

Vale lembrar que a vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 

Na data, discursou de improviso para seus apoiadores, reclamando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por sua inelegibilidade, com críticas estendidas também ao STF pelas penas impostas aos que participaram dos ataques de 8 de janeiro. 

Protegido por colete à prova de balas, além de escudos posicionados por seus seguranças, fez a sua declaração ao público em cima de um trio elétrico ao lado de aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia. 

Inclusive, ainda que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), tenha confirmado presença no evento após recepcionar a ex-primeira dama um dia antes, a mandatária da Capital sul-mato-grossense ficou distante do palanque e entre a multidão. 

“Aceitei o convite prontamente para juntar aos milhares de brasileiros, em prol da nossa democracia, da nossa liberdade e também dos valores cristãos. O ato será pacífico e ressalta o nosso posicionamento político”, disse ela. 

 

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