Política

EXPLICAÇÕES

PL culpa MDB por calote que sujou nome de dois funcionários de Pollon

A dívida foi gerada nas eleições gerais de 2018 no âmbito da coligação "Amor, Trabalho e Fé", liderada pelo partido do ex-governador André Puccinelli

Continue lendo...

O diretório estadual do PL em Mato Grosso do Sul esclareceu, nesta quinta-feira (24), que o MDB é o responsável legal pela dívida não paga em 2019 e que provocou a negativação de dois funcionários do deputado federal Marcos Pollon junto ao Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
 
O Correio do Estado divulgou que Felipe Di Benedetto Júnior e Neysaac Alves Pereira ingressaram na Justiça com duas ações declaratórias com pedido de tutela de urgência contra o PL do Estado, alegando que ambos não exerciam qualquer função ou cargo no partido durante o período em que a obrigação tributária foi constituída, mas, sim, a partir de 2023, quando Marcos Pollon assumiu o comando da legenda em Mato Grosso do Sul.
 
Por meio de nota oficial, o PL explicou que a dívida mencionada na matéria publicada pelo Correio do Estado, que resultou na negativação dos nomes de Felipe Di Benedetto Júnior e Neysaac Alves Pereira no Cadin, refere-se a uma obrigação contraída e não quitada durante a gestão anterior da sigla, no período entre 2018 e 2019, à época sob a presidência de Filinto Gomes de Abreu.
 
Ainda conforme a legenda, conforme documentação disponível, a dívida foi gerada nas eleições de 2018, no âmbito da coligação “Amor, Trabalho e Fé”, lidera pelo MDB, partido do ex-governador André Puccinelli, que tentava retornar ao cargo, e composta ainda pelos partidos PL, PRTB, DC, PHS e PRP. 
 
“Na prática, a responsabilidade era do MDB, que não quitou o débito, entretanto, como o PL integrava a coligação, a obrigação acabou recaindo sobre o partido. É importante destacar que os dois citados jamais exerceram cargos ou funções partidárias no PL durante o período em que a dívida se originou, tendo ingressado no partido apenas em 2023, já sob a gestão do deputado federal Marcos Pollon”, detalhou a nota.
 
A legenda acrescentou também que a atual executiva estadual, que tem como presidente o primeiro-suplente de senador Aparecido Andrade Portela, o “Tenente Portela”, e como vice-presidente o deputado federal Rodolfo Nogueira, “reitera que não teve qualquer participação ou conhecimento prévio sobre esse passivo, que só recentemente se tornou público por meio da imprensa”.
 
A executiva estadual do PL ainda reforçou que não há qualquer relação entre essa dívida e a atual administração do partido, tampouco com os representantes da legenda alinhados ao ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro em Mato Grosso do Sul. 
 
“A responsabilização indevida de pessoas que sequer integravam a legenda no momento da ocorrência é injusta e será devidamente contestada nos meios judiciais apropriados. O PL reafirma seu compromisso com a transparência, a responsabilidade fiscal e a retidão na condução partidária, colocando-se à disposição das autoridades competentes para colaborar com o esclarecimento completo dos fatos”, concluiu a nota.

Entenda

Nas duas ações declaratórias com pedido de tutela de urgência impetradas por Felipe Di Benedetto Júnior e Neysaac Alves Pereira, eles alegaram surpresas com a inclusão dos seus nomes no Cadin, pois ambos não exerciam qualquer função ou cargo no partido durante o período em que a obrigação tributária foi constituída, mas, sim, a partir de 2023, quando Marcos Pollon assumiu o comando da legenda em Mato Grosso do Sul.
 
No caso de Benedetto, os autos trazem, em anexo, documento de nomeação que comprova seu ingresso como secretário-geral do PL no Estado apenas no dia 13 de julho de 2023, muito após os fatos geradores da dívida em questão.
 
Na situação de Pereira, o documento demonstra que a nomeação dele como tesoureiro da legenda também foi na mesma data, ou seja, quatro anos depois da dívida fiscal. Ambos faziam parte da equipe de Pollon no diretório regional da sigla.
 
Ainda nas duas ações declaratórias com pedido de tutela de urgência, eles alegaram que foi um evidente erro administrativo redirecionar a responsabilidade fiscal para ambos, pois causou uma obrigação inexistente e ilegal. 
 
Os ex-membros do diretório regional pontuaram que tal situação se traduz em verdadeira afronta à Justiça e à segurança jurídica, pois a inscrição indevida no Cadin está causando prejuízos gravíssimos e irreparáveis a eles.
 
Para Benedetto, a negativação está causando danos à reputação profissional, pois ele é advogado e depende de sua credibilidade e imagem para exercer suas atividades. 
 
“A inclusão indevida compromete sua confiança junto a clientes e terceiros. Também dificulta o acesso ao crédito, pois a negativa por instituições financeiras impacta diretamente na minha vida pessoal e profissional, e abalo moral, já que a inscrição indevida acarreta constrangimento público, ferindo minha dignidade e imagem junto a órgãos e entidades”, escreveu na defesa.
 
Ele completou que tentou resolver a questão de forma extrajudicial com o atual presidente estadual do PL, Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, primeiro-suplente de senador. Contudo, ele se manteve “inerte, evidenciando total descaso com os danos causados”.
 
Pereira também explicou que a negativação causou danos à reputação profissional, pois ele é policial civil e depende de sua credibilidade e imagem para exercer suas atividades.
 
Disse ainda que a dificuldade no acesso ao crédito impacta diretamente na sua vida pessoal e profissional, bem como provocou abalo moral, por conta do constrangimento público ferir sua dignidade e sua imagem junto a órgãos e entidades.
 
Diante dos fatos, cada um dos autores solicitou à Justiça para declarar a inexistência de qualquer vínculo jurídico ou fiscal entre eles e a obrigação tributária que originou a inscrição no Cadin e que o PL pague, a título de indenização por danos morais, valor não inferior a R$ 20 mil (para cada um), bem como a condenação do partido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, além da produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental e testemunhal, se necessário.
 
O juiz David de Oliveira Gomes Filho, 3ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal, determinou a realização de uma audiência de conciliação entre as partes no dia 20 de março deste ano, porém, não chegaram a um consenso. 
 
Por isso, para a fase contenciosa, foi designada audiência de instrução e julgamento para o dia 10 de junho deste ano, quando as partes deverão apresentar as provas que tiverem e estarem acompanhadas de seus respectivos advogados. 

Assine o Correio do Estado

 

ENTREVISTA

"Não demonizo a classe política, exceções e malfeitos estão em todas as áreas"

O ex-deputado federal também revelou que, caso seja confirmada a sua candidatura, a ex-primeira-dama do Estado Dona Gilda será a sua vice

20/12/2025 09h00

Fábio Ricardo Trad - Advogado, professor universitário e ex-deputado federal

Fábio Ricardo Trad - Advogado, professor universitário e ex-deputado federal Marcelo Victor/Correio do Estado

Continue Lendo...

Após ser lançado como pré-candidato a governador de Mato Grosso do Sul pelo PT, o ex-deputado federal Fábio Trad concedeu entrevista exclusiva ao Correio do Estado para comentar sobre esse novo desafio político na sua carreira pública.

“Posso dizer que cheguei a este momento com certa maturidade política, experiência no trato com a coisa pública e conhecimento do funcionamento do Estado brasileiro”, declarou.

Ele também destacou que suas prioridades serão as áreas essenciais que mais afetam a vida cotidiana das pessoas: saúde, educação e segurança pública.

Já na área ambiental, Fábio Trad disse que o Pantanal é patrimônio ambiental e ativo econômico. “Preservá-lo não é obstáculo ao desenvolvimento, mas condição para que ele seja sustentável e permanente”, ressaltou.

Para a segurança pública, o ex-deputado federal disse que agirá com inteligência, rigor, integração entre forças, cooperação federativa e investimento em tecnologia.

“Segurança pública não se faz apenas com discurso, mas com estratégia, coordenação, legalidade e profissionalismo. Polícia valorizada é garantia de segurança para a sociedade”, afirmou o pré-candidato a governador.

__

O que levou o senhor a disputar o governo de Mato Grosso do Sul neste momento da sua trajetória política?

Por enquanto, sou pré-candidato. Pré! Portanto, não falo como candidato, mas respondendo à sua pergunta, posso dizer que cheguei a este momento com certa maturidade política, experiência no trato com a coisa pública e conhecimento do funcionamento do estado brasileiro.

Entendo que Mato Grosso do Sul precisa dar um salto de qualidade na gestão pública, com mais sensibilidade social, planejamento e compromisso democrático.

Penso que, confirmada a candidatura, posso contribuir para um debate público com equilíbrio, diálogo e responsabilidade, até porque Mato Grosso do Sul precisa ter uma campanha eleitoral de verdade, honesta, leal, franca.

Caso contrário, os quatro anos do atual governador não serão submetidos a qualquer escrutínio público e isso não é bom para a população e para o Estado.

Qual é a principal diferença entre o seu projeto de governo e o da atual administração estadual?

Sendo confirmada a candidatura, proporei um modelo totalmente diferente da atual gestão. Isto porque a diferença central está na concepção de Estado.

Defendo um governo que enxergue desenvolvimento e justiça social como dimensões inseparáveis, com políticas públicas avaliáveis, transparência real e foco em resultados concretos para a população, especialmente nas áreas essenciais.

Quais serão as três prioridades do seu governo nos primeiros cem dias, se eleito?

Se confirmar minha candidatura, porque sou pré-candidato, as prioridades serão as áreas essenciais que mais afetam a vida cotidiana das pessoas: saúde, educação e segurança pública.

Na saúde, organizar a rede para reduzir filas e melhorar o acesso. Na educação, garantir condições adequadas de funcionamento das escolas e valorização dos profissionais. Na segurança, fortalecer ações integradas e inteligentes para ampliar a proteção da população.

Enfim, estabelecer um pacto institucional com os municípios para revisar prioridades orçamentárias e garantir que recursos públicos cheguem onde a população mais precisa.

Como o senhor pretende gerar emprego e renda em um estado fortemente dependente do agronegócio?

Se confirmar a candidatura, valorizando o agronegócio, mas diversificando a economia. Isso passa por incentivar cadeias produtivas locais, agregar valor à produção, fortalecer a indústria, a bioeconomia, a ciência, a inovação e apoiar pequenas e médias empresas.

De que forma seu governo pretende conciliar produção agrícola e preservação do Pantanal?

Se for confirmada a candidatura, com base na ciência, no cumprimento da lei e no diálogo. O Pantanal é patrimônio ambiental e ativo econômico. Preservá-lo não é obstáculo ao desenvolvimento, mas condição para que ele seja sustentável e permanente.

Mato Grosso do Sul vive conflitos históricos envolvendo terras indígenas. Qual será a sua postura como governador diante desse cenário?

Se for candidato, proporei uma atuação com firmeza institucional, respeito à Constituição e diálogo permanente.

Conflitos não se resolvem com omissão nem com radicalismo, mas com mediação qualificada, segurança jurídica e presença efetiva do Estado. Os direitos serão conciliados com muita escuta, diálogo paritário, respeito e estrito cumprimento da lei.

A saúde pública é uma das maiores queixas da população. O que o senhor fará para reduzir filas e melhorar o atendimento?

Sendo confirmada a candidatura, o tripé será: gestão, planejamento e integração. É preciso melhorar a regulação, fortalecer a atenção primária, otimizar o uso da rede existente e apoiar com muita força os municípios, que são a porta de entrada do sistema de saúde pública.

Como enfrentar o crime organizado e o tráfico nas regiões de fronteira do Estado?

Sendo confirmada a candidatura, com inteligência, rigor, integração entre forças de segurança, cooperação federativa e investimento em tecnologia. Segurança pública não se faz apenas com discurso, mas com estratégia, coordenação, legalidade e profissionalismo. Polícia valorizada é garantia de segurança para a sociedade.

Caso não tenha maioria na Assembleia Legislativa, como pretende governar e aprovar projetos?

Se se confirmar a minha candidatura, asseguro que haverá permanente diálogo institucional, respeito às diferenças e construção de consensos em torno do interesse público. Governar não é impor, mas construir o que é possível visando o bem comum. O Legislativo será respeitado e valorizado.

Não demonizo a classe política, exceções e malfeitos estão em todas as áreas humanas.

Só se avança em gestão se conjugarmos as ações na primeira pessoa do plural, nunca no personalismo. Será um governo de parcerias institucionais sólidas, transparentes e republicanas focadas nos interesses da população.

Por que o eleitor sul-mato-grossense deve confiar no senhor para governar o Estado?

Essa pergunta deve ser feita ao eleitor. De minha parte, só posso dizer que não proporei nada que não possa ser cumprido.

Como o senhor pretende contornar o fato de o seu irmão senador Nelsinho Trad disputar a reeleição apoiando a direita?

Com serenidade e respeito. Somos pessoas públicas com trajetórias, posições e responsabilidades próprias. O eleitor sabe distinguir relações familiares de projetos políticos. Não nascemos irmãos para sermos aliados na política, mas no afeto e no amor. Isso é inquebrantável!

Quem está cotado para ser seu pré-candidato a vice-governador?

Será a ex-primeira-dama do Estado Dona Gilda, esposa do deputado estadual Zeca do PT. A Dona Gilda é muito querida, respeitada, eticamente conceituada e trabalhadora, com experiência bem-sucedida em programas sociais de redistribuição de renda.

Ela dialoga bem com povos originários, quilombolas e indígenas, focando nos mais vulneráveis e na grande quantidade de pessoas pobres no Estado.

Como o senhor avalia a gestão do presidente da República?

O governo federal teve um bom desempenho, apesar de ser atrapalhado e sabotado por um congresso inimigo do povo. A conquista da isenção do Imposto de Renda para 58% da classe trabalhadora [até R$ 5.000, com benefício adicional até R$ 7.500] equivale a um 14º salário para muitos.

Essa medida é crucial para aumentar a renda da classe média trabalhadora e dos mais vulneráveis, embora possa não fazer diferença para salários mais altos”.

O senhor se sente à vontade no PT defendendo seus projetos de Estado?

Fui recebido com carinho e respeito pelos militantes do PT e do campo da esquerda, em virtude de minhas posições críticas ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) desde 2019.

Com relação ao preconceito que as pessoas têm em relação ao PT, posso desmistificar essa ideia dizendo que é um partido muito aguerrido e combativo.

O PT é uma legenda programática, propositiva, muito preocupada com a questão social e a maior da América Latina.

O Brasil, sob o governo do presidente Lula, experimentou profundas transformações econômicas. O País saiu do mapa da fome, retirou 2 milhões de famílias do Bolsa Família, reduziu a taxa de desemprego e controlou a inflação, que hoje está compatível com a meta.

Houve uma diminuição significativa da desigualdade social, um problema histórico no Brasil. Os indicadores econômicos apontam para uma era de prosperidade, aumentando a renda e a dignidade das pessoas mais vulneráveis no nosso Estado.

*PERFIL

Fábio Ricardo Trad - Advogado, professor universitário e ex-deputado federalFábio Ricardo Trad - Advogado, professor universitário e ex-deputado federal - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado
 

Fábio Trad

É advogado e professor universitário, com atuação reconhecida nas áreas de Direito Penal e Constitucional. Foi deputado federal por três mandatos consecutivos, período em que se destacou nacionalmente pela qualidade técnica de sua atuação parlamentar, sendo reiteradamente apontado como um dos melhores legisladores do País.

No Congresso Nacional, teve participação relevante em comissões estratégicas e nos principais debates sobre democracia, direitos fundamentais, justiça social, saúde, educação e segurança pública, sempre com postura independente, republicana e fiel à Constituição.

Na advocacia, atua no foro e nos tribunais, inclusive em instâncias superiores. Na docência, dedica-se à formação jurídica com foco na técnica e na função social do Direito. É palestrante e articulista, participando ativamente do debate público sobre temas jurídicos e institucionais.

Assine o Correio do Estado

INVESTIGAÇÃO

Beto assina o pedido para prorrogação da CPMI do INSS por mais quatro meses

A comissão termina seus trabalhos em 28 de março de 2026, mas poderá chegar até julho com a possibilidade de alongamento

20/12/2025 08h20

O deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB) é membro titular da CPMI do INSS

O deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB) é membro titular da CPMI do INSS Waldemir Barreto/Agência Senado

Continue Lendo...

Em razão da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira e que resultou nas prisões de Romeu Antunes – filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS – e de Éric Fidelis – filho do ex-diretor de Benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) André Fidelis –, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve ser prorrogada por mais 120 dias.

A informação é do deputado federal sul-mato-grossense Beto Pereira (PSDB), membro titular da CPMI do INSS, que assinou, na quinta-feira, o pedido de alongamento dos trabalhos, em função dos desdobramentos dos últimos dias.

“Assinei o pedido proposto pelo deputado federal Marcel van Hattem [Novo-RS] e acredito que a CPMI do INSS será prorrogada por mais 120 dias”, declarou.

O parlamentar explicou ao Correio do Estado que os novos fatos têm de ser fiscalizados pela Câmara dos Deputados e o Senado.

“Essa ação é necessária para que possamos desvendar e entregar à população o fim dos descontos aos aposentados e pensionistas de uma vez por todas”, pontuou.

Beto Pereira ainda apresentou o paradoxo de que o cidadão comum para aposentar enfrenta uma burocracia sem tamanho e para as empresas poderem aplicar descontos há uma facilidade sem precedentes. 

“Para aposentar é tão difícil, pois o trabalhador tem de apresentar tantos documentos, entretanto, para descontar é tão fácil, não precisa nem enfrentar nenhuma fila”, ironizou.

ASSINATURAS

A oposição ao governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já conseguiu obter o número mínimo de assinaturas para prorrogar os trabalhos da CPMI do INSS. Foram obtidas, até esta sexta-feira, as assinaturas de 175 deputados federais e 29 senadores.

Segundo o deputado Marcel van Hattem, não houve assinatura de petistas dessa vez. “Em menos de 24 horas conseguimos obter todas as assinaturas”, disse o parlamentar pelas redes sociais.

“Protocolamos esse requerimento ainda nesta sexta-feira, para que nós possamos submeter à leitura do presidente do Congresso Nacional para que os trabalhos não parem”, declarou.

A CPMI do INSS termina seus trabalhos em 28 de março de 2026, mas, com a possibilidade de prorrogação, ela poderia se estender até julho do próximo ano.

A operação da PF mirando o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e as revelações ligando Fábio Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula, ao esquema de roubo de aposentadorias deram um novo fôlego ao colegiado. Tanto que o relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), pediu a convocação de Lulinha.

Durante a operação de quinta-feira, foram presos o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, o ex-chefe de gabinete de Weverton Rocha Romeu Carvalho Antunes, o filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e Éric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis.

Como mostramos, a CPMI do INSS apontava o senador Weverton Rocha como um dos chamados “peixes grandes” no esquema.

O outro nome na mira da comissão é o do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT). Sobre Weverton, a esperança da CPMI era de que a PF pudesse desdobrar eventuais relações dele com o empresário Gustavo Marques Gaspar, ex-assessor do senador.

Ele é apontado não somente como homem de confiança de Rocha, mas como quem teria assinado um documento que dava amplos poderes ao consultor Rubens Oliveira Costa, apontado pela PF como o “carregador de mala” do Careca do INSS.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).