Política

ELEIÇÕES 2024

PP bate o martelo e Dr. Luiz Ovando é o candidato a vice-prefeito de Adriane

O setor jurídico do partido optou por manter o nome do deputado federal apesar de possível irregularidade eleitoral

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Em menos de quatro horas, o anúncio feito pela cúpula do PP no fim da manhã de ontem do nome do deputado federal Dr. Luiz Ovando como o candidato a vice-prefeito da chapa encabeçada pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, foi do céu ao inferno depois que a mídia informou que o parlamentar progressista teria cometido uma irregularidade eleitoral.

No entanto, no início da noite de ontem, o partido bateu o martelo pela manutenção do Dr. Luiz Ovando depois que o setor jurídico da legenda foi consultado sobre a possibilidade de o nome dele ser impugnado pela Justiça Eleitoral e deu o aval para o registro da candidatura.

O imbróglio sobre a manutenção ou não do deputado federal aconteceu depois que a imprensa divulgou que ele teria descumprindo o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral, dia 30 de junho, vedando emissoras de rádio e de televisão transmitam programas apresentados ou comentado por pré-candidatos (Lei nº 9.504/1997, art. 45, § 1º e Res.-TSE nº 23.610/2019, art. 43, § 2º). 

Como não sabia que seria o escolhido pelo partido para ser o candidato a vice-prefeito de Adriane Lopes, ele exibiu, no dia 17 de julho, ou seja, 18 dias depois do último dia permitido, mais uma edição do seu programa “Tribuna da Saúde”, produzido pelo próprio parlamentar e que vai ao ar após o Jornal da Educativa, da TV Educativa de Mato Grosso do Sul.

Na teoria, caso o nome do Dr. Luiz Ovando fosse registrado como o candidato a vice-prefeito na chapa, ele poderá ter a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral e gerar multa para a emissora. 

A legislação destaca que o descumprimento da regra pode acarretar o cancelamento do registro da candidatura, bem como a aplicação de multa à emissora, caso a beneficiária ou o beneficiário seja escolhido em convenção. 

A inobservância da regra também sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00, duplicada em caso de reincidência”.

Porém, o coordenador da campanha eleitoral da prefeita Adriane Lopes, o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ednei Marcelo Miglioli, informou ao Correio do Estado que o nome do Dr. Luiz Ovando estava mantido como candidato a vice-prefeito de Adriane Lopes. “Essa questão é jurídica e o nosso departamento jurídico vai resolver. Recebemos o aval dos nossos advogados e estamos tranquilos quanto a isso”, afirmou.

PESQUISAS

Após muito mistério, a cúpula do PP anunciou o nome do deputado federal Dr. Luiz Ovando para ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pela prefeita Adriane Lopes, que tentará a reeleição no próximo dia 6 de outubro.

Ao Correio do Estado, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) revelou que pesquisas qualitativas apontaram o nome do Dr. Luiz Ovando era o mais indicado para a vaga de candidato a vice-prefeito. “Trata-se de um médico experiente, um político preparado e um cidadão conservador muito conceituado”, ressaltou. 

A prefeita Adriane Lopes também expressou entusiasmo com a indicação do Dr. Luiz Ovando na chapa. “Recebo com grande entusiasmo o deputado Luiz Ovando em nosso time. Ele representa a verdadeira direita de Campo Grande, comprometido com nossos valores fundamentais: liberdade, patriotismo e fortalecimento da família. Juntos, fortaleceremos nossa campanha e continuaremos a trabalhar com seriedade e responsabilidade pelo desenvolvimento de nossa cidade”, pontuou.

Por sua vez, o Dr. Luiz Ovando disse que atendeu ao convite da prefeita Adriane Lopes e da estimada amiga, a senadora Tereza Cristina. “Aceitei o honroso desafio de me tornar candidato a vice-prefeito desta magnífica cidade que me acolheu há 63 anos, quando aqui cheguei com minha família”, recordou.

Saiba

Luiz Alberto Ovando nasceu em Corumbá (MS) em 25 de setembro de 1949. Há 63 anos escolheu Campo Grande para residir. Casado com Clotildes Moraes Ovando há 48 anos, com quem tem quatro filhos, além de ser avô de 10 netos. Cristão, frequenta assiduamente a 3ª Igreja Batista de Campo Grande. Eleito deputado federal em 2018 com 50.376 votos e reeleito em 2022 com 45.491 votos.

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Política

Presidentes do Brasil e da China assinam 37 acordos bilaterais

Cerimônia ocorreu durante visita de Estado do líder chinês em Brasília

20/11/2024 21h00

Ricardo Stuckert/PR

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Em meio à visita de Estado do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, nesta quarta-feira (20), os governos dos dois países assinaram 37 novos acordos bilaterais. O líder chinês foi recebido com honras militares pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva, no Palácio da Alvorada, residência oficial. Eles se reuniram a portas fechadas com a participação de diversos ministros de cada lado.

Ao final da reunião, ambos deram declaração à imprensa, sem espaço para perguntas, e seguiram para um almoço no local. Segundo a Presidência da República, os atos assinados abrangem as áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimentos sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura.

"Apesar de distantes na geografia, há meio século China e Brasil cultivam uma amizade estratégica, baseada em interesses compartilhados e visões de mundo próximas. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2023, o comércio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo comercial global brasileiro", destacou Lula em seu discurso na cerimônia de assinatura de acordos.

"O país também figura como uma das principais origens de investimentos no Brasil. Empresas chinesas vêm participando de licitações de projetos de infraestrutura e têm sido parceiras em empreendimentos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias. Isso representa emprego, renda e sustentabilidade para o Brasil. Indústrias brasileiras também estão ampliando sua presença na China, como a WEG, a Suzano e a Randon. Ao mesmo tempo, o agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos para a China", acrescentou o presidente.

A agenda de Xi Jinping em Brasília ocorre na sequência da participação dele na Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro e que foi encerrada na última terça-feira (19).

"Vamos aprofundar a cooperação em áreas prioritárias como economia, comércio, finanças, ciência e tecnologia, infraestrutura e proteção ambiental. E reforçar a cooperação em áreas emergentes como transição energética, economia digital, inteligência artificial e mineração verde", afirmou o presidente chinês, também em declaração à imprensa.

No fim da tarde, um jantar será servido ao chinês no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira. Xi Jinping deve deixar o Brasil na manhã desta quinta-feira (21). A visita, segundo o governo brasileiro, é uma sequência da visita que Lula fez à China em abril de 2023 e também ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países. 

Política

PT pede arquivamento de PL que anistia condenados pelo 8/1

Documento foi apresentado pela presidente do PT, Gleise Hoffmann

20/11/2024 20h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O PT apresentou nesta quarta-feira (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, requerimento para que seja arquivado o Projeto de Lei (PL) nº 2.858, que prevê anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2022.

O documento foi entregue pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota, o PT avaliou que manter a tramitação do projeto é “inoportuno” e “inconveniente” para a democracia.

“Isso ficou demonstrado cabalmente pelo recente atentado a bomba contra a sede do STF [Supremo Tribunal Federal] em Brasília e pelas conclusões da Polícia Federal no inquérito do 8 de janeiro, revelando os planos de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes”, destacou o comunicado.

“Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, a perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita, afirmam os deputados.”

Operação

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A corporação informou ter identificado a existência de “um detalhado planejamento operacional”, denominado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF.

Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos na operação.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como "kid pretos", altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.

Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.

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