Política

vacina covid-19

Se projeto for aprovado, fura-filas podem ser multados em mais de R$ 88 mil no Estado

Deputados estaduais também prorrogaram até 30 de junho estado de calamidade pública em Terenos, Ladário, Costa Rica, Batayporã e Campo Grande

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Projeto apresentado na sessão desta quinta-feira (11) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) pretende multar população que furar a fila na campanha de vacinação contra a Covid-19, valor pode ultrapassar os R$ 88 mil.

Serão penalizados os que receberam a dose indevida e o profissional de saúde que realizar a aplicação, bem como seus superiores hierárquicos que ordenarem a ação.

Os valores são definidos pela Unidade Fiscal Estadual de Referência do Mato Grosso do Sul (UFERMS), que na cotação de fevereiro está em R$ 36,71.

Comprovada infração do agente público, a multa aplicada será de até 6650 UFERMS, equivalente a cerca de R$ 23 mil; a pessoa imunizada, ou seu representando legal, pode ser multada em até 1200 UFERMS, mais de R$ 44 mil.

Se o imunizado for agente público, a multa será o dobro, de até 2400 UFERMS, podendo ultrapassar o valor de R$ 88 mil.

“Ele poderá também ser afastado de suas funções, podendo, ao término do Processo Administrativo,  ter contrato reincidido ou até exonerado dependendo da gravidade do caso”, alegou o autor da proposta, deputado Barbosinha (DEM).

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Em casos de agentes públicos com mandato eletivo, além da multa, a infração poderá ocasionar em outras sanções, que estão estabelecidas dentro do projeto, explicou Barbosinha.

A proposta ficou franqueada aos parlamentares interessados em assinar o documento. Na sessão, os deputados Lídio Lopes (Patriotas), Eduardo Rocha (DEM), Márcio Fernandes (MDB) e Coronel Davi (Sem Partido) manifestaram interesse.

Márcio Fernandes, inclusive, disse que estava preparando outro projeto com a mesma finalidade para ser apresentado na próxima sessão da Alems.

O projeto agora precisa ser votado pelos paramentares e, se aprovado, seguirá para sanção do Poder Executivo.

De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI), nessa primeira fase são prioritários: profissionais da saúde, idosos acima de 75 anos, acima de 60 que estão em instituições (asilos) e indígenas.

O prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior (PSDB) e o secretário de saúde do município, Antônio Raimundo da Silva, admitiram que furaram fila para tomar a vacina contra a Covid-19 na primeira etapa do programa de vacinação e por isso foram multados em R$ 28 mil.

O prefeito e secretário reconheceram a ilegalidade da prática, ao receberem a imunização em uma aldeia indígena no município, no dia 19 de janeiro. Couto chegou a emitir uma nota, destacando que tomou a dose para incentivar a imunização. Segundo ele, os índios estariam resistentes à receber o imunizante.

Projetos

Parlamentares aprovaram nesta quinta-feira (11) prorrogação do estado de calamidade pública nos municípios de Terenos, Ladário, Costa Rica, Batayporã e Campo Grande até 30 de junho. Os projetos são de autoria da Mesa Diretora da Alems.

Os decretos, aprovados no ano passado, reconhecem a ocorrência do estado de calamidade pública devido à pandemia da Covid-19 até o dia 31 de dezembro. 

Segundo a proposta, como a situação dos casos de coronavírus no Estado continua crítica, a situação foi estendida até o dia 30 de junho deste ano, com os efeitos retroagidos a 1º de janeiro de 2021.

Enquanto durar o estado de calamidade pública, o município fica, por exemplo, dispensado de atingir os resultados fiscais, conforme previsto no artigo 65 da Lei 101/2000, a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

Isso é importante para os gestores terem condições de cumprirem a LRF. Em 2020, os deputados aprovaram o reconhecimento do estado de calamidade pública em 52 municípios de Mato Grosso do Sul.

Dos 15 parlamentares que votaram, apenas João Henrique Catan (PSL) e Capitão Contar (PSL), foram contrários à prorrogação. O tema gerou debate na casa de leis.

"Levando em consideração que infelizmente ainda há muitas pessoas acometidas por esse vírus, e lamentavelmente perdendo familiares e amigos, sou favorável”, informou o deputado Rinaldo Modesto (PSDB).

"Acredito que o prefeito tenha que justificar quais são as estratégias no tocante as excepcionalidades concedidas pelo estado de calamidade pública, e não foi apresentado, então no meu entender voto contrário”, justificou o deputado Capitão Contar.

"Agora em novembro houve a troca de prefeitos, eles terão que prestar contas no Tribunal de Contas, e a competência de fiscalizar os prefeitos são dos vereadores, eu seria incoerente  em não prorrogar esse estado por 4 meses e 17 dias apenas, porque teve muito município que o prefeito que foi substituído e tem que continuar o trabalho para ver se consegue amenizar esse vírus tão forte que assola nosso país”,  alegou o parlamentar Zé Teixeira (DEM).

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Política

Lewandowski agora apoia recriação do Ministério da Segurança Pública e cobra mais recursos

Ministro afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade

22/12/2025 22h00

Lewandowski

Lewandowski Agência Brasil

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mudou de posição e passou a concordar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, caso avance no Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do tema. A avaliação foi feita em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira, 22.

Ao defender a volta da pasta, Lewandowski afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade e de um reforço significativo de recursos federais. Segundo ele, sem "verbas substanciais", o novo ministério tende a ser ineficaz.

"Eu concordo com o presidente que essa divisão (Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública) faria sentido, primeiro, se houvesse uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade. Em segundo lugar, se viessem verbas substanciais, porque hoje nós temos no nosso Fundo Nacional de Segurança Pública a verba irrisória de R$ 2 bilhões", afirmou.

Na entrevista, o ministro também criticou as mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto da PEC da Segurança enviado pelo governo. Embora tenha elogiado a disposição do relator, deputado Mendonça, para o diálogo, Lewandowski avaliou que a versão aprovada se distancia do eixo central da proposta do Executivo.

"A principal crítica que eu faço é que o texto está, de certa maneira, na contramão da proposta que nós apresentamos. O principal ponto da PEC era a coordenação de forças, e isso ficou de fora", disse. Para ele, ao priorizar a descentralização e o fortalecimento das forças locais, o texto pode representar um retrocesso em relação ao modelo de coordenação nacional previsto no Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018.

Lewandowski também comentou o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que a revisão da norma ainda passará por sua mesa. O presidente Lula já declarou que pretende vetar o texto, que reduz penas de condenados por tentativa de golpe de Estado.

"Na medida em que você ameniza as sanções contra esse tipo de atentado contra as instituições, que é gravíssimo, você pode estimular futuros atentados contra o Estado Democrático de Direito", comentou.

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Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

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