Política

NAMORO

Sem definir apoio à reeleição de Marcos Trad, PSDB adia decisão

Em troca de espaço em futura administração, tucanos ainda negociam com PSD

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Ainda sem consenso das lideranças dos partidos do prefeito Marcos Trad (PSD) e do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o apoio tucano para a reeleição do atual chefe do Executivo segue sem confirmação. Enquanto Trad e Azambuja ainda lembram do compromisso firmado em 2018, quando houve apoio à reeleição do governador, os partidos não bateram o martelo. Mesmo com a palavra sendo mantida pelo governador, tudo ainda depende de definições finais e apertos de mão, o que afasta uma possível candidatura do PSDB para a prefeitura de Campo Grande – deixando de escanteio a deputada federal Rose Modesto.

“Eu falo por mim, governador, e não pelo partido. Penso que quando fazemos um compromisso é preciso cumprir. E esse compromisso foi feito lá atrás e a outra parte [Trad] cumpriu. Agora é a minha vez. Mas é claro que depende de uma definição do partido”, afirmou Azambuja ao Correio do Estado.

Reportagem publicada no dia 28 de fevereiro mostrou que o PSDB, de acordo com o presidente regional do partido, Sérgio de Paula, definiria no mês de março o apoio à reeleição do prefeito da Capital, Marcos Trad. Mas agora o prazo é outro. “Temos de esperar. Vai ser definido em abril, sempre foi abril”, disse o governador.

 

CHAPA PRÓPRIA

Apesar de contar com quatro nomes fortes para a disputa municipal – os deputados federais Beto Pereira e Rose Modesto; João Rocha, vereador e presidente do Legislativo municipal; e Carlos Alberto de Assis, o secretário especial de governo –, o partido deve seguir Reinaldo Azambuja e deixar o caminho livre para apoiar Trad em retribuição à aliança de 2018.

“Quando o governador convidou o prefeito da nossa Capital para marcharem juntos na campanha à reeleição, o prefeito aceitou prontamente. O nosso governador, Reinaldo Azambuja, garantiu que teria a mesma atitude em 2020. Então, com Campo Grande praticamente fechada, estamos concentrando as nossas articulações no interior, articulando e montando um time forte para protagonizarmos um bom pleito eleitoral”, afirmou Sérgio de Paula na ocasião.

Conforme os bastidores da política, a gratidão de Reinaldo Azambuja fica clara nas parcerias com Campo Grande, principalmente no setor de infraestrutura. Por uma questão política, obras totalmente financiadas pelo governo do Estado estão sendo tocadas pela prefeitura. É o caso da reforma do Guanandizão, um dos diversos investimentos que geram dividendos políticos para o candidato à reeleição.

Antes disso, o Estado fechou contrapartidas financeiras para destravar as obras da Norte e Sul e asfalto no Nova Lima. E vai anunciar no Governo Presente revitalização completa da Avenida Mato Grosso e acesso às Moreninhas.

“Nós fizemos uma grande parceria administrativa. Acho que o caminho é esse, construir parcerias. A gente melhora a vida das pessoas, fortalece a cidade, deixa um legado para todos. Temos diversos projetos em comum para melhorar a vida das pessoas. Entregamos a nova Euller de Azevedo, temos as obras de contenção na avenida Ernesto Geisel, pavimentamos vários bairros, estamos entregando mais de 5 mil casas, as entregas do poliesportivo da Vila Almeida e a reforma do Guanandizão. E vamos revitalizar a Mato Grosso e o acesso das Moreninhas. No momento certo, vamos discutir a questão política”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

Sobre os quatro nomes de dentro do partido que podem disputar a prefeitura, o presidente do PSDB avalia que eles estão credenciados para disputar algum cargo nas eleições deste ano. “São políticos de grande densidade eleitoral”, pondera Sérgio de Paula, mas acrescenta que o partido deve sempre seguir o seu líder maior, “em qualquer situação”.

PSD

Já o PSD espera o posicionamento oficial dos tucanos. “Estamos conversando. O governador falou em todos os lugares em que teve a oportunidade de se manifestar a respeito disso [apoio à reeleição]. Ele já disse, inclusive, que o partido caminharia com o Marquinhos e os incomodados deveriam se mudar. Estamos aguardando”, disse um dos representantes municipais do PSD na Capital e secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Antônio Lacerda.

FIRME

Enquanto o PSDB “namora” o PSD, a deputada federal Rose Modesto (PSDB) já afirmou que não pretende compor chapa como vice do atual prefeito, Marcos Trad (PSD) . Mais votada da bancada de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados, a tucana declarou que se o partido a quiser como candidata a prefeita ela está à disposição. “Ou eu saio candidata ou eu continuo o meu mandato”, afirmou a parlamentar em evento na Capital no dia 14 de fevereiro, quando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, esteve na cidade para a inauguração de uma escola.

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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