Política

"OLHAR DE MÃE"

Tradicional, encontro de prefeitos nunca teve tantas mulheres eleitas

Se no último mandato apenas cinco prefeitas ocupavam cadeiras em executivos municipais, Mato Grosso do Sul terá 13 mulheres comandando prefeituras nos próximos quatro anos

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Na manhã desta segunda-feira (21) o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, deu largada no tradicional encontro com chefias de executivos municipais, evento esse que nunca teve tanta participação feminina quanto o número de mulheres eleitas e reeleitas durante o pleito de 2024. 

Durante todo o dia, representantes das prefeituras dos 78 municípios recebem as "boas-vindas" do governador pelos próximos quatro anos, focando justamente nos trabalhos a serem desenvolvidos através do programa batizado de "MS Ativo Municipalismo". 

Esse encontro aconteceu no auditório da Coordenadoria Especial de Tecnologia da Informação (Cotin) em Campo Grande, com a presença não só das chefias municipais como também de velhos nomes da política. 

Entre os nomes presentes estavam o corpo técnico da Governadoria, bem como a presença de parlamentares sul-mato-grossenses, como da Senadora por MS, Tereza Cristina e da deputada estadual, Mara Caseiro, além da vice eleita por Dourados, Gianni Nogueira. 

 

Além disso, marcaram presença demais políticos locais, como o também deputado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Cel. Davi; o presidente da Casa, Gerson Claro e até mesmo o deputado Federal derrotado no pleito da Capital, Beto Pereira. 

Importante destacar que, definido o resultado da corrida eleitoral entre Rose Modesto e Adriane Lopes em Campo Grande, Mato Grosso do Sul mais do que dobrará o total de mulheres em posição de destaque nos municípios de MS. 

Através deste pleito de 2024, Mato Grosso do Sul - independente do resultado na Capital - mais do que dobrou o seu índice de mulheres chefiando prefeituras no Estado. 

Ainda nas eleições de 2020, cinco mulheres foram eleitas, sendo: 

  • Rhaiza Matos (PSDB), em Naviraí; 
  • Gerolina da Silva Alves (até então do PSD), em Água Clara; 
  • Clediane Matzenbacher (DEM), em Jardim;
  • Ilda Salgado Machado (PSD), em Fátima do Sul; e 
  • Marcela Ribeiro Lopes (PSDB), em Corguinho.

Sendo que, das três cadeiras de MS no Senado Federal duas são ocupadas por mulheres, como bem aponta Eduardo Riedel, ainda que a representação na Câmara dos Deputados seja menor, o aumento de representantes femininas nas chefias dos municípios é o primeiro passo nessa trajetória pela equidade na política. 

"Eu acho excepcional, é sinal que no Mato Grosso do Sul a mulher tem uma força e representatividade muito grande e isso para o estado é muito positivo, na minha visão pessoal... nossa bancada federal e estadual precisamos ter mais representantes mulheres e as prefeituras e começam por aí na base, vereadoras e prefeitas sendo eleitas é muito importante para o estado", expõe o Governador de Mato Grosso do Sul.

Mulheres na política

Sendo que cinco mulheres haviam sido eleitas ao cargo de prefeita no último pleito, as eleições de 2024 trarão 13 mulheres para as chefias dos executivos municipais. 

Importante esclarecer que, no caso de Adriane Lopes e Vanda Camilo, que ocupavam o cargo de vice pelo Partido Progressistas (PP), ambas assumiram após os prefeitos eleitos deixarem as cadeiras dos executivos de Campo Grande e Sidrolândia. 

Enquanto Adriane assumiu após Marquinhos Trad deixar a prefeitura da Capital para disputar a corrida pelo cargo de Governador, Vanda - que presidia a Câmara local - tomou a cadeira em Sidrolândia após Daltro Fiúza ter sido impugnado assumindo como interina até ser eleita em eleições suplementares. 

Na lista atualizada no pleito desse ano, apenas Gerolina Alves que migrou do PSD para o PSDB, conseguiu a reeleição em Água Clara, com 74,82% dos votos válidos. 

Outros "atropelos" nas urnas eletrônicas foram registrados em Bodoquena; Bataguassu e Brasilândia, onde as prefeitas eleitas: Girleide (MDB); Wanderleia Caravina (PSDB) e Márcia Amaral tiveram, respectivamente, 73,97%; 75,81% e 61,30% dos votos válidos. 

Além dessas, também chegaram até cadeiras de executivos municipais em 2024 as prefeitas dos seguintes municípios: 

Aral Moreira

  • Dra. Elaine (MDB) - 54,80%

Caarapó

  • Professora Lurdes (PL) - 55,33%

Coronel Sapucaia

  • Niágara Kraievski (PP) - 42,10%

Douradina

  • Nair Branti (PSD) - 53,96%

Eldorado

  • Fabiana (PP) - 51,37%

Jateí

  • Cileide Cabral (PSDB) - 50,05%

Mundo Novo

  • Rosária (PSDB) - 56,18% 
Prefeita de Sonora em encontro com Governador de Mato Grosso do Sul. Prefeita de Sonora durante encontro. Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

Em entrevista ao Correio do Estado, a prefeita eleita com 59,93% dos votos no município de Sonora, Clarice Ewerling, destacou como uma gestão feminina frente às prefeituras pode mudar a cara das demandas que são levadas ao Governo de Mato Grosso do Sul. 

"A mulher tem um olhar de mãe, isso é muito importante. Que enxerga as pessoas como filhos, então essa é a força que a mulher está buscando", afirma Clarice. 

Ela cita orgulho em ver que as mulheres têm conquistado o espaço na política, como a próxima chefia da Capital e em outros 12 municípios, ressaltando o apoio mútuo entre elas. 

"O quanto a mulher está acreditando na outra. É importante e é o começo da conquista do nosso espaço. Espero muito recurso para Sonora, principalmente com habitação; que é um município muito carente, onde as pessoas realmente estão acreditando muito na parceria com o Governo do Estado para levar casas ao município", conclui. 
**(Colaborou Alanis Netto)

 

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LEVANTAMENTO

Pesquisa Futura mostra que Riedel seria reeleito governador em todos os cenários

Ao todo, o instituto ouviu 800 eleitores em Campo Grande, na Grande Dourados e em mais 8 regiões de Mato Grosso do Sul

10/04/2025 08h00

Pesquisa diz que Riedel seria reeleito governador em todos os cenários

Pesquisa diz que Riedel seria reeleito governador em todos os cenários Foto: Gerson Oliveira

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Se as eleições para governador em Mato Grosso do Sul fossem agora, o atual chefe do Executivo, Eduardo Riedel (PSDB), seria reeleito, conforme o primeiro levantamento de intenções de votos para governador no Estado, realizado pela Futura Inteligência, empresa de pesquisa da Apex Partners, que liberou os dados com exclusividade ao Correio do Estado.

O instituto fez o levantamento, no período de 27 de março a 1º de abril deste ano, com 800 eleitores com 16 anos ou mais de idade, em Campo Grande, na Grande Dourados e nas regiões costa leste, pantanal, sul-fronteira, norte, metropolitana, leste, cone-sul e sudoeste de Mato Grosso do Sul, tendo índice de confiança de 95% e uma margem de erro de 3,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa espontânea, quando não é dada nenhuma opção de resposta, Riedel lidera, com 16,5% das intenções de votos, enquanto atrás aparecem o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com 2,1%, e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 1,2%.

Mais atrás aparecem a senadora Tereza Cristina (PP), com 0,9%, e o vereador Marquinhos Trad (PDT), com 0,3%. Ainda, 8% votariam em outros nomes, 2,6% disseram que não votariam em ninguém, em branco ou nulo e 68,3% não souberam, não responderam ou estavam indecisos.

ESTIMULADA

Já na pesquisa estimulada, quando são fornecidas opções de respostas aos entrevistados, o governador Riedel continuou na liderança, com 28,6%, seguido por Tereza Cristina, com 20,2%, Rose Modesto, com 16%, e Capitão Contar, com 13,2%.

Mais atrás apareceram Marquinhos Trad, com 8,4%, Giselle Marques (PT), com 0,9%, e Luhhara Arguelho (Psol), com 0,6%. Ainda, 6,5% disseram que não votariam em ninguém, em branco ou nulo e 5,7% não souberam, não responderam ou estavam indecisos.

A Futura Inteligência também simulou um provável segundo turno, com sete cenários possíveis: em todos que foi inserido, Riedel derrotou o adversário. No primeiro cenário, o atual governador obteve 57,2% da preferência do eleitorado, enquanto Marquinhos Trad chegou a 23,4%. Neste cenário, foram 14,2% de votos brancos e nulos e 5,3% dos eleitores não souberam ou não responderam.

No segundo cenário, Riedel lidera, com 52,6%, e Rose Modesto atinge 31%. Neste cenário, foram 11,5% de votos brancos e nulos e 4,9% dos eleitores não souberam ou não responderam, enquanto no terceiro cenário o governador chegou a 53,8%, contra 27% do Capitão Contar, sendo 12,7% de votos brancos e nulos e 5,6% dos entrevistados que não souberam ou não responderam. 

No quarto cenário, Riedel atingiu 48,4% e Tereza Cristina, 36,4% – votos brancos e nulos somaram 11,4% e não souberam ou não responderam 3,7%.

SEM RIEDEL

No quinto cenário, primeiro sem Riedel, a ex-deputada Rose Modesto, com 44,2%, venceria Marquinhos Trad, com 30,9%. Neste cenário, foram 20,1% de votos brancos e nulos e 4,9% dos eleitores não souberam ou não responderam.

No sexto cenário, também sem o atual governador, Tereza Cristina seria eleita, com 50,1%, derrotando Marquinhos Trad, que somaria 30,7%. Votos brancos e nulos totalizaram 15,6% e não souberam ou não responderam 3,7% dos eleitores.

No sétimo e último cenário, ainda sem Riedel, a senadora Tereza Cristina ganharia, com 44,8%, de Rose Modesto, que atingiria 38,9% – brancos e nulos somaram 12,3% e não souberam ou não responderam 4,1% dos eleitores.

A Futura Inteligência também apurou a rejeição aos prováveis candidatos a governador, ou seja, em quem os eleitores não votariam de forma nenhuma, e Capitão Contar ficou na liderança, com 30,8%, seguido por Marquinhos Trad, com 27,9%, e Rose Modesto, com 19,8%.

Em seguida apareceram Tereza Cristina, com 18%, Luhhara Arguelho, com 13,6%, Gisele Marques, com 12%, e Riedel, com 9,1%. Ainda, 9,2% não rejeitam nenhum, 8,7% não souberam ou não responderam e 2,8% rejeitam todos.

PRESIDENTE

A Futura Inteligência levantou as intenções de votos para presidente da República e, se as eleições fossem hoje, mesmo estando inelegível, Jair Bolsonaro (PL) venceria Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todos os cenários no primeiro turno.

No primeiro cenário, Bolsonaro lidera, com 47,4%, tendo logo em seguida Lula, com 26,2%, Ratinho Jr. (PSD), com 9%, e Ronaldo Caiado (União Brasil), com 6,4% – brancos e nulos somaram 7,2% e não souberam ou não responderam 3,8% dos entrevistados.

Já em outro cenário, sem a presença de Lula, Bolsonaro mantém a liderança, com 46,3%, seguido por Geraldo Alckmin (PSB), com 17,9%, Ratinho Jr., com 12,8%, e Ronaldo Caiado, com 8,1% – brancos e nulos somaram 11,8% e 3,2% não souberam ou não responderam.

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Política

Riedel se licencia do cargo por oito dias e Barbosinha assumirá o governo

Governador se ausentará das funções do dia 13 a 20 de abril, período em que poderá se ausentar do Estado e do País

09/04/2025 18h00

Eduardo Riedel se licencia e Barbosinha assume o governo semana que vem

Eduardo Riedel se licencia e Barbosinha assume o governo semana que vem Arquivo / Governo de MS

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), foi autorizado pelos deputados estaduais a se licenciar do cargo e se ausentar do Estado e do País de 13 a 20 de abril. O vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, assumirá o posto neste período.

A mensagem do governo, solicitando a autorização, foi lida e aprovada na sessão desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

"Comunico a esta Casa de Leis que no período de 13 a 20 de aril de 2025 a me licenciarei do exercício das funções de governador do Estado. Oportunamente em que poderei me ausentar do estado e do País. Informo que durante o referido período, a chefia do Poder Executivo será exercida, em substituição, pelo vice-governador José Carlos Barbosa", diz o ofício.

O texto não informa para onde o governador irá durante a Semana Santa.

Conforme reportagem do Correio do Estado, uma caravana composta por autoridades do Estado, incluindo o governador, está prevista para ir até até Paris na próxima semana, para receber o status de área livre da febre aftosa sem vacinação.

Férias

Em janeiro deste ano, Riedel também se licenciou do cargo, mas a título de férias, de 23 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro deste ano.

Na ocasião, o vice-governador de Mato Grosso do Sul, Barbosinha, assumiu o cargo de governador em exercício de 1º a 14 de janeiro.

No período anterior, de 26 de dezembro de 2024 até a transmissão do cargo para Barbosinha, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PSDB), exerceu a função de governador interino.

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