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Brasil é vítima de vírus de espionagem que existe há cinco anos

Brasil é vítima de vírus de espionagem que existe há cinco anos

techtudo

17/01/2013 - 02h00
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Pesquisadores da Kaspersky Lab identificaram um malware batizado de Red October que existe há cinco anos na internet. O vírus de espionagem permaneceu sem ser detectado desde 2007 e afeta 39 países, inclusive o Brasil, a Rússia, os Estados Unidos e o Irã. O malware foi criado para acessar dados governamentais e científicos e, considerando seu tempo de atuação, estima-se que centenas de terabytes confidenciais tenham sido invadidos.

Segundo o site Ars Technica, os alvos do malware foram computadores individuais, redes da Cisco Systems e smartphones da Apple, Nokia e Samsung. No ataque, o vírus utiliza mais de mil módulos distintos para lançar ataques personalizados em cada uma de suas vítimas.

De acordo com um mapa-mundi divulgado pelo laboratório Kaspersky, o Red October visa alvos desconhecidos no Brasil. Nos Estados Unidos, o vírus afeta embaixadas e organizações diplomáticas. Na Rússia, o October invadiu organizações militares, órgãos de pesquisa nuclear, instituições científicas e também embaixadas. Órgãos diplomáticos também foram afetados na Turquia, na Índia e no Irã. Entre os alvos, os computadores russos são os mais visados.

Além de redes Cisco, computadores e smartphones, o malware pode recuperar dados de pendrives, HD externos e dispositivos conectados em aparelhos. O programa consegue, inclusive, recuperar arquivos que já foram apagados.

Red October também possui um identificador que atribui uma identidade única a cada vítima, personalizando seus ataques. Esse processo complexo dentro do programa permite que ele identifique um único computador afetado entre milhões de máquinas vítimas do mesmo processo.

Vírus cria extensão para Adobe Reader e Microsoft Word

Uma característica inovadora do Red October é um módulo que cria uma extensão de arquivo para o Adobe Reader e Microsoft Word nas máquinas invadidas. Uma vez instalado, o software oferece meios para que os invasores recuperem constantemente o controle do computador afetado, mesmo se o malware principal for removido.

Os pesquisadores da Kaspersky informaram o site Ars Technica que esse documento modificado pode ser enviado através de e-mail. O programa pode passar com segurança pelos antivírus tradicionais. Ser for mexido pelo usuário, o arquivo automaticamente começa a processar o módulo que pode iniciar um aplicativo malicioso anexado.

Responsáveis pelo vírus ainda são desconhecidos

Pouco se sabe sobre as pessoas ou organizações responsáveis pelo malware. As fontes são conflitantes e tornam difícil atribuir a nacionalidade de quem liberou o vírus na internet. Acredita-se que os desenvolvedores de malware entendem russo, mas muitos dos programas usados na invasão dos computadores das vítimas foram desenvolvidos por crackers chineses no começo. A longa lista de vítimas do Red October dificulta as tentativas de descobrir a real identidade dos infratores.

A Kaspersky começou a tentar mapear o malware em outubro do ano passado. Desde o início de novembro 2012 até este mês, os pesquisadores conseguiram ver 55 mil ligações para o vírus vindo de 250 endereços IP diferentes.

A estrutura de controle desse vírus possui dados roubados de mais de 60 domínios da internet que servem como senha para esconder sua fonte. Esses dados podem ser outras senhas que guiam até uma “nave-mãe” do Red October. A real fonte dos ataques ainda é desconhecida para os pesquisadores do laboratório Kaspersky.

O laboratório acredita que o vírus foi desenvolvido de maneira bem “coordenada”, mas não há evidência de que esses ataques tenham vindo de um país, como foi o caso do vírus Flame, criado pelos Estados Unidos para espionar o Irã.

O nome da operação de busca ao vírus foi inspirado, provavelmente, no livro de ficção e de espionagem chamado “A Caçada ao Outubro Vermelho”, do escritor Tom Clancy, de 1984. A obra literária é sobre um submarino soviético que permaneceu indetectável por algum tempo.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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