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Câncer e vício: veja alguns mitos e verdades sobre a maconha

Câncer e vício: veja alguns mitos e verdades sobre a maconha

terra

11/05/2014 - 10h39
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Maconha é um medicamento natural poderoso ou uma entidade perigosa e desconhecida? Bem, tudo depende de como você analisa. Por isso, o site Weather levantou a discussão.

"Há uma enorme variação de seus efeitos entre os pacientes", explica Kari Franson da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos. Segundo um estudo de J. Michael Bostwick, da Mayo Clinic, a maconha é capaz de reduzir dor, naúsea e atenuar outros sintomas de pacientes com diversas doenças.

No entanto, as pesquisas sobre o uso médico da erva esbarra nos impactos individuais da maconha e ainda na discussão política e social da legalização da droga. "As descobertas farmacêuticas são frustradas por posicionamento governamental e ideológico", afirma Franson.

A maconha é usada com fins terapêuticos desde a década de 1930 nos Estados Unidos e, neste período, várias descobertas positivas e negativas foram feitas. Confira 15 delas listadas abaixo:

Maconha mata câncer
Tetra-hidrocanabinol, conhecido como THC, é o ativo encontrado na erva e tem efeitos que podem ajudar a destruir um tumor. "Estudos em animais mostraram que ajuda a diminur o crescimento das células cancerígenas no cérebro, pulmão, mama, próstata e tireoide", explica Dr. Donald Tashkin, pneumonologista da Universidade de Los Angeles, que estuda a maconha no campo médico há 30 anos. De acordo com ele, o consumo da erva promove a morte lenta de algumas células, o que evita que aquelas doentes cresçam rápido demais aumentando os tumores. Apesar do resultado, o Dr. Tashkin alerta que fumar, qualquer que seja o produto, é prejudicial aos pulmões.

Maconha suprime o sistema imunológico
Um dos pontos negativos da maconha é ser um conhecido imunossupressor das células do pulmão e, portanto, prejudicial na prevenção de doenças respiratórias. "Biópsias mostram que há uma perda substancial das células das vias aéreas, que acabam sendo subsitutídas por células secretoras de muco que, por sua vez, prejudicam os mecanismos de defesa", explica o especialista.

Apesar dos usuários falarem dos benefícios nestes casos, a pesquisa conduzida pelo Dr. Tashkin alega que o consumo agrava os problemas de saúde mental, como transtorno bipolar e esquizofrenia. "Se a pessoa tem algum traço de psicose, particularmente a esquizofrenia, a maconha induz esse quadro", explica. Ele afirma ainda que este mal é pequeno e comumente também causado por outros produtos e medicamentos usados legalmente.

Maconha deixa as pessoas "devagar"
A maioria das pessoas pensa que a maconha as desacelera, mas na verdade o uso aumenta a frequência cardíaca em 16 batimentos por minuto. "Por isso quem fuma altas doses experimenta claros sinais de ansiedade e paranoia", explica Franson. A sensação de estar mais devagar vem da redução das funções cognitivas de curto prazo e comprometimento motor.

Sim, maconha faz mal para os pulmões...
Segundo o especialista, o prejuízo não tem nada a ver com câncer de pulmão, mas sim aos riscos respiratórios da inalação. "Sabemos que não há riscos cancerígenos na maconha como há nos cigarros de tabaco vendidos, mas sabemos também que usuários recorrentes da erva têm alterações nas vias aéreas que fumantes de cigarros legalizados não apresentam", explica.

Bolos de maconha causam paranoia e agitação
Recentemente, um estudante universitário no Colorado, Estados Unidos, se matou após consumir um bolo de maconha, segundo o The Denver Post. Seus amigos disseram que ele estava agitado demais. Agitação, aliás, é um dos efeitos que a maconha causa quando é consumida em doces, como brownie, ao contrário do que geralmente acontece quando é fumada. Comer a erva aumenta ainda os quadros de paranoia e tontura. Além disso, o efeito não é instantâneo, por isso as pessoas costumam comer demais, o que potencializa estes sintomas.

Controle governamental nos EUA
Toda a maconha usada para fins medicinais nos Estados Unidos é cultivada no Coy W. Waller Laboratory Complex na Universidade do Mississippi. O local trabalha em parceria com o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas desde 1968 plantando e processando toda a erva usada no país. Segundo o especialista Mayo's Bostwick esta medida é prejudicial para as pesquisas já que todo o material vem do mesmo lugar e é igual. No entanto, mesmo assim, a erva causa efeitos diferentes nas pessoas.

Crianças também consomem
Desde a legalização do uso medicinal da maconha nos Estados Unidos, crianças com sérios problemas de saúde, como epilepsia, consomem a erva para ajudar na redução dos sintomas. A liberação no Colorado fez com que várias famílias se mudassem para lá a fim de terem acesso mais fácil à droga no tratamento dos filhos (o número de crianças consumidoras teria saltado de 50 para 200). Especificamente, estas crianças consomem varições do ativo encontrado na maconha e que têm efeitos alucinógenos mínimos.

Pode ser usada em tópicos
Algumas pessoas fazem uso de pomadas e loções da erva para alívio de dor e inflamações. Usada dessa maneira, ela não tem os efeitos alucinógenos que inalada e, segundo o fabricante (Apothecanna), sua presença não é acusada em exames de drogas.

Maconha interrompe danos cerebrais (em ratos)
Doses extremamente baixas de THC podem proteger o cérebro dos roedores de danos cognitivos de longo prazo causados por prejuízos depois de falta de oxigênio, convulsões, drogas tóxicas e álcool.

Pode prejudicar o QI em adolescentes
Alguns estudos relacionam QI menor e pobreza de habilidades cognitivas em adolescentes que fumam maconha. "Esta evidência não é muito clara porque os jovens podem ter essa condição desde a infância. No entanto, deve-se levar em consideração para estudar os efeitos a longo prazo", explica Dr. Tashkin. 

Maconha vicia
A maioria dos usuários não são dependentes da droga, escreveu J. Wesleu Boyd em seu estudo intitulado "Psychology Today". No entanto, para algumas pessoas o hábito se torna destrutivo para a vida. "Maconha é minha vida, minha família, minha namorada e meu passatempo", relatou um paciente ao Dr. Boyd. Além disso, aguns usuários experimentam sintomas de abstinência, como taquicardia e irritabilidade, quando tentam parar de consumir.

Não é possível ter uma overdose de maconha
A maconha traz prejuízos à saúde, mas a erva em si não é causa de morte. Margaret Haney, professora de neurologia da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e diretora do laboratório de pesquisa sobre a droga, disse ao site TheWeek.com que nunca viu alguém morrer de overdose de maconha nem perder a vida devido a uma reação alérgica ao consumo. Na contramão, em estudo sueco feito com mais de 45 mil homens mostra um aumento na taxa de mortalidade de usuários nos últimos quinze anos.

Porcos comem maconha em Butão e no estado de Washington
Rumores dizem que em Butão, pequeno país localizado no sul da Ásia, os porcos se alimentam da erva simplesmente porque ela cresce de forma descontrolada e selvagem nos campos da região. No estado americano de Washington, um fazendeiro começou a dar a erva aos seus animais com o objetivo de fazê-los ganhar peso mais rápido devido ao famoso sintoma da "larica", a fome que surge após o consumo da erva. "De todas as coisas malucas que já vi em meus 37 anos, esta é a mais idiota", afirmou o professor de veterinária da universidade local, John P. McNamara. 

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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