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Escassez de doadores de tecidos prejudica técnica para cirurgia de joelho

Escassez de doadores de tecidos prejudica técnica para cirurgia de joelho

agência brasil

01/07/2012 - 13h41
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 A escassez de doadores de tecidos em todo o Brasil tem criado dificuldades para cirurgia de transplante de cartilagem em joelho, uma técnica inédita no país que vem sendo aplicada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O procedimento é feito em pacientes jovens, entre 15 e 45 anos, que tenham sofrido grave lesão traumática no joelho. A técnica já é usada há mais de 30 anos nos Estados Unidos e no Canadá mas, no Brasil, por dificuldades com a legislação, o primeiro transplante do tipo só ocorreu este ano, no dia 26 de março.

Desde então, cinco pessoas já foram beneficiados com o transplante. “Os pacientes estão ótimos”, disse o ortopedista Luís Eduardo Tírico, médico do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas (HC), em entrevista à Agência Brasil. O grande problema para a utilização dessa técnica no país, de acordo com o médico, é encontrar doadores de ossos, cartilagens e tendões. “Em 2011, [no banco de órgãos do Hospital das Clínicas] havia aproximadamente 1,9 mil doadores potenciais. [Deste total], 198 pessoas efetivamente doaram órgãos. Mas apenas 12 desses pacientes doaram osso, cartilagem e tendão. Ou seja, de 2 mil potenciais doadores, conseguimos em torno de 1% [de doadores]”, disse o médico. Segundo ele, isso ocorre, em parte, porque os pacientes não se enquadram no critério de doação, mas a maioria deles não doa esses órgãos por desconhecimento. A falta de doadores provoca atrasos no transplante, mas a cirurgia, segundo o médico, é um processo rápido: demora em torno de duas horas.“O paciente fica internado por dois dias no hospital. Em média, em três meses [o paciente] pode andar sem muletas e retornar ao trabalho ou às atividades em torno de seis meses ou um ano, dependendo da lesão. Se ele trabalhar sentado, em torno de três meses já poderá estar trabalhando”, explicou. Para voltar a correr e andar de bicicleta, só depois de um ano.

Segundo Tírico, o transplante é a melhor alternativa para o paciente jovem que tem uma grande lesão no joelho. “O caminho deles seria fazer uma prótese e isso é desastroso porque se troca várias vezes de prótese ao longo do tempo e o paciente pode acabar com uma infecção ou até com uma amputação da perna.” Além disso, acrescentou o médico, o transplante diminui o ônus do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com o pagamento de auxílios. “Os pacientes são jovens e estão dando ônus ao INSS, recebendo auxílio invalidez ou doença, sem conseguir trabalhar. A ideia desse transplante é que esse paciente volte a trabalhar e a ter uma vida normal.”

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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