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Estudo: dormir tarde pode afetar aprendizado de crianças

Estudo: dormir tarde pode afetar aprendizado de crianças

BBC

10/07/2013 - 01h00
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Pesquisadores britânicos concluíram em uma pesquisa que dormir muito tarde e a falta de rotina na hora de dormir pode prejudicar a capacidade de aprendizado das crianças. O estudo, divulgado na publicação científica Epidemiology e Community Health, relacionou o padrão de sono à capacidade intelectual com base em um levantamento feito com mais 11 mil crianças hoje com sete anos.

As crianças que não tinham hora para dormir, ou que iam dormir depois das 21h, apresentaram resultados mais fracos em testes. Segundo os autores do estudo, isso acontece porque poucas horas de sono podem afetar os ritmos naturais do corpo, dessa forma prejudicando a forma como o cérebro assimila novas informações.

Cumulativo
Foram reunidos dados das crianças pesquisadas nas idades de três, cinco e sete anos. O estudo tinha como objetivo avaliar o nível de aprendizado das crianças, e entender se existe realmente uma relação entre aprendizado e os hábitos de sono.

O estudo mostrou que a falta de regularidade na hora de dormir era mais comum nas crianças com três anos, onde uma em cinco crianças ia dormir em horários variados. Quando completaram sete anos, mais da metade das crianças passaram a ter um horário regular para dormir, entre 19h30min e 20h30min.

Em geral, as crianças que nunca tiveram hora para dormir apresentaram maior tendência a ter resultados mais fracos que seus colegas nos testes de leitura, matemática e também percepção espacial. O impacto foi mais evidente na primeira infância (de zero a três anos) de meninas do que de meninos, e aparentou ser cumulativo.

Fatores familiares
Os pesquisadores, liderados pela professora Amanda Sacker, do University College de Londres, dizem que a falta de regularidade na hora de dormir possa ser um reflexo de configurações familiares caóticas, e que talvez seja isso, e não o sono interrompido, que tenha um impacto sobre o desempenho cognitivo das crianças.

"Tentamos levar essas coisas em consideração", disse Sacker.

O estudo mostrou que as crianças que dormiam tarde, e não tinham hora para dormir, vinham com mais frequência de classes sociais mais desfavorecidas, não escutavam histórias antes de dormir, e, em geral, assistiam mais televisão - muitas vezes em seu próprio quarto.

Mas, mesmo levando em conta esses fatores, a relação entre o fraco desempenho intelectual e a falta de regularidade na hora de dormir ainda foi considerada significativa, de acordo com os cientistas.

"A mensagem que devemos levar para casa é que a rotina é realmente importante para as crianças," disse Sacker. "O melhor é estabelecer uma boa rotina para a hora de dormir desde cedo, mas nunca é tarde demais para começar."

Por outro lado, Sacker diz que não existe prova que colocar a criança para dormir antes das 19h30min faz com que sua capacidade de raciocínio possa melhorar.

O médico Robert Scott-Jupp, do Royal College of Paediatrics and Child Health de Londres , disse que "à primeira vista, esta pesquisa parece sugerir que dormir pouco torna as crianças menos inteligentes, no entanto, é claramente mais complicado do que isso".

"Embora seja provável que os fatores sociais e biológicos do desenvolvimento do cérebro estejam inter-relacionados de forma complexa, na minha opinião, para que crianças em idade escolar tenham o seu melhor desempenho, todos elas devem, independentemente da sua origem, ter uma boa noite de sono", analisou.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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