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Google aposta em demanda e cria gadget do zero pela 1ª vez

Google aposta em demanda e cria gadget do zero pela 1ª vez

TERRA

01/07/2012 - 00h00
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Uma pequena esfera preta com luzes LED conhecida como Nexus Q é o primeiro hardware desenvolvido do zero pelo Google. Ele é uma central de mídia que conecta o Android a dispositivos como TVs e aparelhos de som pela casa do usuário - reproduzindo nesses aparelhos músicas e vídeos da loja multimídia da companhia, o Google Play, ou até mesmo do YouTube. O aparelho, mostrado na quarta-feira pelo Google, lança a pergunta: o que será que a gigante das buscas pretende ao se arriscar na área do hardware e lançar seu primeiro gadget?

A revista americana Wired visitou o laboratório do Google que projetou o gadget antes mesmo da companhia anunciar o Nexus Q na quarta-feira, no Google I/O, seu evento anual para desenvolvedores em São Francisco, onde também surgiu o Nexus 7, tablet fabricado em parceria com a Asus. Segundo a revista, a principal razão que levou o Google a se arriscar no mercado de eletrônicos de consumo é um dos pilares mais básicos da economia: há uma demanda enorme para um aparelho como esse.

Os usuários de iPhone têm dezenas de acessórios - fabricados pela Apple ou por outras empresas - para alavancar a fidelidade à marca à disposição, enquanto os usuários de Android - sistema que já roda em 400 milhões de aparelhos das mais diversas marcas em todo mundo - têm muito poucos. Com o Nexus Q, esses usuários têm pelo menos um aparelho Android importante para considerar. O problema, diz a Wired, é que o Google é uma empresa de software e de publicidade online, e esse DNA corporativo é difícil de mudar. Mas o Google precisa fazer isso se quiser continuar a ser relevante, já que a explosão de smartphones nos últimos cinco anos não está só misturando a relação entre smartphones e computadores, mas também entre smartphones e TVs. Todas as empresas estão em uma corrida para emplacar um dispositivo próprio nessa convergência, e o Google quer um papel importante neste futuro.

O Nexus Q também representa um passo crítico para o Google: é a primeira tentativa em hardware após a compra da Motorola. O Google decidiu que todas as peças serão fornecidas por fabricantes americanos - o que permite que os engenheiros da empresa visitem qualquer passo da cadeia de produção a qualquer momento. Mas apesar de fabricado por americanos, será que o Nexus Q será comprado por americanos? A Wired afirma que, se a análise for focada somente no hardware, o aparelho é um ótimo produto e fácil de usar. Mas há problemas.

O primeiro é o preço: o Nexus Q chegará às lojas por US$ 299. Além disso, a falta de suporte a outras plataformas, como iOS e Windows Phone, impossibilita que o aparelho seja usado por uma vasta área do público ligado em novidades de tecnologia. O aparelho também depende 100% da loja do Google Play, o que vem sendo encarado por alguns usuários como uma tentativa única de recrutar usuários para seu ecossistema. A novidade Nexus Q chegará às lojas em julho, e inicialmente apenas nos Estados Unidos. Resta dar tempo para ver se a aposta do Google é correta e se ele terá o papel relevante que a empresa imagina.

Tecnologia

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

Tecnologia

Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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