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H1N1: país registra 210 mortes neste ano

H1N1: país registra 210 mortes neste ano

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26/07/2012 - 07h00
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O Ministério da Saúde registrou este ano 210 mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1 em todo o país. O dado se refere ao período de janeiro até o último dia 21 de julho.

O maior número de vítimas fatais da doença se concentra nas regiões Sul (134) e Sudeste (57). Juntas, as duas regiões, cujo clima mais frio facilita a transmissão do vírus, concentram 91% das mortes. O Centro-Oeste registra nove óbitos. As regiões Norte e Nordeste, cinco cada.

De acordo com o Ministério da Saúde, já é possível detectar que o pico do número de mortes em 2012 teria sido ultrapassado. Ele teria ocorrido na 25ª semana do ano, entre os dias 17 e 23 de junho, quando foram notificadas 41 mortes. Nas três semanas seguintes, esse total caiu para 30, 17 e 12 mortes. Como ainda há óbitos em fase de investigação, os dados devem sofrer alterações nos próximos dias.

"É possível que o pico tenha mesmo ficado para trás, mas ainda seria preciso avaliar se a doença não irá apresentar curvas diferenciadas de ocorrências em cada região do país", afirmou à Agência Brasil a médica infectologista Nancy Bellei, da Universidade Federal de São Paulo e do Comitê de Influenza e Virulogia Clínica da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). "Em 2009, durante a pandemia, o pico foi registrado no mês de agosto. A volta às aulas pode vir a ser um complicador nas regiões mais frias."

Os números do Ministério da Saúde também mostram que as mortes pelo vírus de subtipo Influenza H1N1 representam 86,1% do total de 244 mortes provocadas pelo vírus Influenza. Em relação ao total de 860 mortes registradas por síndrome respiratória aguda grave, o percentual é 28,4%.

"Os dados demonstram, como era esperado, que já começamos, sim, a vencer o pico [de mortes], mas as nossas equipes seguem investigado os casos", disse à Agência Brasil a secretária substituta de Vigilância em Saúde do ministério, Sônia Brito. "Tanto os médicos quanto a população em geral estão mais atentos hoje, mas ainda existe certa cultura de que gripe não se trata, o que não deixa de ser uma barreira."

Estudos técnicos ainda em andamento no Ministério da Saúde apontam que parte das mortes registradas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul foram de pacientes que receberam o tratamento tardio, tinham outras doenças preexistentes ou se encontravam em ambas as situações.

 

Pandemia de 2009 

O total de mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1 registradas em 2012 corresponde até o momento a 10,2% do que foi verificado em 2009, quando 2.060 pessoas morreram no Brasil. O fim da pandemia foi decretado em agosto de 2010 pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

"Em 2009, nós tínhamos uma população inteira suscetível à doença. Hoje, grande parte está imunizada ou mesmo já foi infectada em anos anteriores e até podem voltar a se infectar, mas não de forma tão grave", explica infectologista Nancy Bellei. "O acesso facilitado à medicação é outra diferença importante."

Com a confirmação de que receberia mais doses de vacina, a Secretaria de Saúde do Paraná decidiu ampliar a faixa etária das crianças vacinadas para até 5 anos incompletos. Já a Secretaria de Vigilância em Saúde do governo federal confirma que alguns estoques restantes de vacinas contra a gripe estão sendo remanejados para os estados da Região Sul, mas explica que a orientação geral do ministério é manter a vacinação dos mesmos grupos prioritários na campanha nacional, encerrada em junho.

Fazem parte dos grupos prioritários para imunização idosos a partir dos 60 anos, crianças entre 6 meses e menores de 2 anos, gestantes, trabalhadores de saúde e portadores de doenças crônicas."Todos os estados têm o remédio oseltamivir em estoque. A prioridade do ministério, hoje, é garantir o acesso à medicação", diz Sônia Brito. "A vacina demora até três semanas para ter algum efeito e ainda não tem 100% de eficácia."

Os médicos de todo país estão orientados a prescrever o medicamento antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu, a todos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento.

A gripe é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, muscular ou nas articulações. O antiviral, que reduz as chances de que a doença evolua para um caso grave, tem maior eficácia nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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