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Indiano estuda produzir tablet popular a R$ 100 no Brasil

Indiano estuda produzir tablet popular a R$ 100 no Brasil

g1

12/12/2011 - 07h51
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Um tablet de R$ 100 pode ser produzido no Brasil. A fabricante DataWind estuda estabelecer uma produção local para o chamado UbiSlate, vendido na Índia por R$ 104 (3 mil rupias indianas). “Para lidar com os impostos do país, estamos pensando em produzir o aparelho localmente”, afirmou Suneet Singh Tuli, presidente da DataWind, em entrevista por e-mail ao G1.

Em outubro, a Índia distribuiu gratuitamente 100 mil UbiSlates aos estudantes – chamado de “Aakash” pelo governo. Outras 10 milhões de unidades serão comercializadas para a educação pelo preço subsidiado de R$ 60. Para conseguir um preço tão baixo, a DataWind criou uma linha de produção apenas para o tablet na Índia.

Tuli disse que o governo brasileiro também mostrou interesse em fazer um programa semelhante. “Como outros governos ao redor do mundo, o interesse do Brasil é criar uma produção local e proporcionar dispositivos de baixo custo para os estudantes”, afirmou. Outros países interessados são: Tailândia, Turquia, Egito, Sri Lanka, Trinidad e Tobago e Panamá.

“Com as 900 milhões de linhas de celular que existem na Índia, acreditamos que há pessoas suficientes com acesso a redes móveis e eletricidade que podem pagar por dispositivos com preço de celular”, disse Tuli. “Então, sentimos que a última peça que falta no quebra-cabeça são dispositivos de baixo custo. Fornecendo tablets com preços na faixa da maioria dos celulares, vamos quebrar a barreira do custo”, afirmou Tuli.

O G1 entrou em contato com o Ministério da Educação no Brasil, que confirmou que o governo estuda levar tablets aos alunos, com base no programa “Computador para Todos”. Porém, o governo não confirmou o contato com a DataWind. "O edital para aquisição de tablets, bem como o projeto pedagógico da ação, ainda estão em estudo no Ministério da Educação e no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, respondeu a assessoria do órgão.

Aparelhos baratos
Na Índia, a DataWind ganhou uma licitação para fabricar 100 mil tablets para o governo. “Tínhamos um produto que correspondia às especificações exigidas. Era uma licitação pública, e empresas de todo o mundo foram convidadas. Nós ganhamos por termos o lance de menor custo”, explicou Tuli.

Para desenvolver dispositivos tão baratos, a empresa possui uma tecnologia que desloca o poder de processamento e a memória dos aparelhos para servidores nas “nuvens”. “Nossos anos de experiência na fabricação e desenvolvimento de produtos nos permite ter custos menores que a maioria dos fabricantes chineses”, diz Tuli. “Não estamos limitados apenas às margens de lucro do aparelho. Também focamos lucrar com o sistema operacional”.

Fundada em 2000, a DataWind desenvolveu uma plataforma de acesso à internet muita avançada, conforme Tuli. “A empresa se concentra em fornecer dispositivos de baixo custo e acesso à internet para acabar com a exclusão digital”. A companhia tem escritório em Amritsar, Londres, Montreal, Dallas e Nova Déli.

Tablet com Android
O tablet desenvolvido pela DataWind tem tela de 7 polegadas e roda o sistema operacional Android 2.2, do Google. Em novembro, a DataWind começou a oferecer a versão comercial do tablet, por cerca de R$ 104. Tuli afirmou ao jornal “Times of India” que o aparelho já recebeu mais de 300 mil encomendas.

A diferença de preço entre o Aakash e o UbiSlate, segundo a companhia, é que o produto para o varejo vai incluir um modem que permitirá usar o aparelho como celular e acessar a internet de qualquer lugar. O tablet tem ainda conexão wi-fi, suporte para modem 3G e conta com duas portas USB.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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