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Manejo da dor em recém-nascidos é tema de encontro

Manejo da dor em recém-nascidos é tema de encontro

AGÊNCIA FIOCRUZ DE NOTÍCIAS

30/05/2011 - 00h00
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O efeito da dor na internação pediátrica, as consequências da dor não tratada e a importância de manejá-la. A dor está em pauta no Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), que estabeleceu parceria com a Universidade de São Paulo (USP) para tornar-se um centro multiplicador do manejo da dor e organizou o seminário Capacitação no manejo da dor na internação pediátrica. O evento contou com a presença de pesquisadores canadenses

Só porque o prematuo não sabe expressar a dor que sente não significa que ele não tenha o direito de receber tratamento para aliviar essa dor”. Com essa abordagem, o professor de anestesia e psicologia da Universidade Dalhousie e diretor médico do Serviço de Manejo de Dor Pediátrica do IWK Health Centre, em Halifax (no Canadá), Allen Finley, começou a primeira palestra do dia. O médico apresentou diversas pesquisas sobre o assunto. Numa delas, ele explicou que prematuros têm mais dificuldade em manifestar a dor pela expressão facial e, quanto mais intensa a dor, menor a capacidade de demonstrá-la. Entretanto, a pesquisa revelou que, fisiologicamente, o neonato apresenta memória da dor. E, no futuro, apenas um simples gesto como tocá-lo, pode remeter e até mesmo provocar a sensação da dor sentida no passado.

Outra pesquisa apresentada na palestra mostrou que um neonato internado pode sofrer até dez procedimentos dolorosos em apenas um dia como, por exemplo, uma perfuração na pele. Finley explicou como funciona no corpo humano o processo da dor, da pele ao córtex cerebral. De acordo com ele, uma pesquisa com ratos neonatos revelou que animais submetidos a processos dolorosos repetidamente, quando adultos, são mais vulneráveis a dor, apresentando menor resposta imunológica e são mais suscetíveis ao câncer. Ele apresentou as razões para prevenção da dor e orientou os presentes. “Pense na dor – ela é um problema, questione se você tem mesmo de realizar todos os exames propostos, use sacarose para aliviar a dor, lembrem-se que existem procedimentos de anestesia”, defendeu o pesquisador canadense, ao elogiar o IFF pelo uso de sacarose e pelo Mãe Canguru, que aumenta o vínculo mãe-filho e estimula o aleitamento materno.

Na mesa de abertura, representantes do IFF ressaltaram a importância da iniciativa. “Sou um causador da dor, pois o cirurgião é um dos que mais agridem o paciente. Essa é uma evolução. Certamente vou aprender muito e pretendo usar no dia a dia”, disse o chefe do Departamento de Cirurgia Pediátrica do IFF, Paulo Boechat. A necessidade de o manejo da dor avançar tanto quanto o uso da tecnologia foi destacada pelo vice-diretor de Assistência e pelo chefe do Departamento de Neonatologia, Eduardo Novaes e João Henrique Leme, respectivamente. Leme disse ainda que a preocupação com o manejo da dor faz parte de um trabalho maior no IFF, o da humanização. Para o professor do Departamento de Puericultura e pediatra da USP Francisco Martinez, o projeto, além de gerar conhecimento, vai ajudar os bebês, que segundo ele não reclamam muito, mas sentem dor.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

Tecnologia

Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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