Tecnologia

Tricotilomania

Mania de arrancar cabelos é doença causada por ansiedade

Mania de arrancar cabelos é doença causada por ansiedade

G1

17/04/2011 - 23h30
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No caso de Silvana Nunes, de 28 anos, a mania de arrancar cabelos era constante. "Eu comecei a arrancar alguns fios enquanto assistia à televisão e na hora de dormir, que eram momentos em que eu ficava relaxada. Só me dei conta que precisava procurar um médico quando o meu namorado notou que isso estava virando rotina e eu estava ficando com falhas no cabelo", explicou.
 

Silvana disse também que ficou assustada quando foi consultar um psicólogo. "Ele me disse que o que eu tinha não era simplesmente uma mania e sim, uma doença. Eu fiquei desesperada porque ele me explicou que eu teria que fazer um tratamento de meses", explicou.
 

O caso de Silvana é característico da tricotilomania, um transtorno de falta de controle de impulsos. O hábito de arrancar fios de cabelo ou pelos do corpo é feito inconscientemente. Em alguns casos, a doença pode levar à calvície 'alopecia' (quando há falhas entre os cabelos). Em casos extremos, a doença pode chegar à calvície total.
 

O psicoterapeuta Mário Negrão contou ao G1 que o principal sintoma da tricotilomania é a ansiedade acompanhada de tensão. Para os 'tricotilômanos', essa sensação é aliviada quando um fio de cabelo ou pelo é arrancado inconscientemente, causando prazer.
 

"No Brasil, 47% dos casos de tricotilomania são diagnosticados em mulheres. A doença pode iniciar desde criança e normalmente atinge a fase adulta até os 29 anos", afirma Negrão.

"Os tricotilômanos procuram cabelos diferenciados para puxar, como os mais curtos ou mais grossos, por exemplo, que doem mais quando são arrancados, causando uma sensação maior de prazer. Há situações em que tudo começa quando a pessoa arranca um único fio da sobrancelha (de brincadeirinha) até a coisa ficar mais séria, quando ela arranca vários e de qualquer parte do corpo, principalmente da cabeça", explica.
 

A doença pode ser comparada a outros transtornos de controle de impulso, como a piromania (mania de colocar fogo nas coisas) e ao jogo patológico (mania incontrolável de apostar em jogos de azar).


Tricofagia


Negrão explicou também que a tricotilomania torna-se grave quando, além de arrancar os cabelos, a pessoa passa também a engolir os fios.


Essa ação é chamada de 'tricofagia' e, dependendo do caso, pode gerar um "tricobezoar" - quando é formado um 'bolo' de cabelo no estômago. A tricofagia pode se manifestar principalmente em crianças e causa enjoo e perda de peso. Nesse caso, é necessária uma cirurgia para retirar.
 

Tratamento
 

O primeiro passo para descobrir a tricotilomania é ir ao dermatologista. A doença só é diagnosticada depois do médico descartar três hipóteses - esquizofrenia, retardo mental e depressão associada a algum tipo de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Depois do diagnóstico, o tratamento é feito por um médico terapeuta comportamental com medicamentos depressivos e ansiolíticos para os adultos e, no caso das crianças, com sessões de terapia.
 

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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