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Ministério da Saúde quer país com taxa aceitável de hanseníase até 2015

Ministério da Saúde quer país com taxa aceitável de hanseníase até 2015

AGÊNCIA BRASIL

26/01/2012 - 17h45
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Diminuir para menos de um os casos de hanseníase no Brasil para cada dez mil habitantes até 2015 é a meta do Ministério da Saúde. A maior dificuldade, no entanto, é alcançar essa taxa por igual em todas as regiões. No Norte, a taxa é 3,28 casos, no Centro-Oeste, 3,15, e no Nordeste, 1,56, quando a prevalência nacional é 1,24 caso. Somente as regiões Sul e Sudeste já estão dentro da meta, com menos um caso para cada dez mil habitantes.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o grande número de pessoas vivendo em uma mesma casa sem condições adequadas de higiene e dificuldade de acesso ao tratamento podem explicar a alta prevalência da doença nas três regiões. “A nossa meta é ter menos de um [caso] do Amapá ao Rio Grande do Sul”, disse.

Para diminuir o número de casos no Norte, Centro-Oeste e Nordeste, o ministério quer adotar estratégias nos estados e municípios para uma busca ativa de pessoas com a doença, identificando principalmente a incidência de hanseníase em menores de 15 anos de idade. Isso será feito inclusive nas escolas e ampliado a parentes e vizinhos de alunos com sinais da doença.

De acordo com Barbosa, quando um menor tem hanseníase, significa que um adulto da família também tem a doença e não está tratando. Desta forma, os agentes de saúde podem identificar o foco da hanseníase é combatê-lo. “É não esperar que a pessoa sinta alguma coisa e vá ao médico”, declarou o secretário.

Outra medida é aumentar o número de unidades de saúde com atendimento a pacientes de hanseníase. O governo federal vai repassar verba extra de R$ 16 milhões aos 252 municípios que respondem por 53% casos das doença.

Para Jarbas Barbosa, a meta de diminuir para menos de um caso para cada dez mil habitantes até 2015 é alcançável, mas reconhece que o Brasil está atrasado na luta contra a hanseníase. “Perdemos quase uma década nos anos 1990. A desorganização e a resistência do país em adotar nova estratégia [prejudicaram o combate à doença]. O Brasil foi muito avançado em algumas doenças [como no caso da aids], mas em outras foi conservador”, declarou. “Se a gente tivesse partido mais cedo, estaríamos em situação melhor”, completou.

Para o secretário, a demora se reflete na posição do Brasil no ranking mundial de países com hanseníase. Segundo Jarbas Barbosa, “ficamos só atrás da Índia na detecção de casos novos, que registra cerca de 125 mil doentes por ano.

Os dados divulgados hoje (26) pelo ministério mostram queda de 15% nos novos casos no Brasil, de 34.894, em 2010, para 30.298, em 2011. A pasta informou ainda que mais de 26 mil pessoas com a doença estão em tratamento. Do total de pacientes que concluem o ciclo do tratamento, 80% ficam curadas. O objetivo é aumentar o percentual de cura para 90%. O difícil acesso a um hospital e o preconceito contribuem para o abandono do tratamento, que dura de seis meses a um ano.

Transmitida no contato de pessoa para pessoa, os primeiros sinais da hanseníase são manchas brancas e avermelhadas no corpo, dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou a um toque. A doença causa deformidades na pele e nos nervos dos braços, mãos, pés, pernas, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas demora de dois a cinco anos.

A hanseníase tem cura e deixa de ser transmissível assim que começa o tratamento. Disponível na rede pública, o tratamento é à base de um coquetel de comprimidos diários. O paciente pode tomá-los em casa e ir ao médico somente uma vez por mês para avaliação.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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