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SAÚDE

O impacto do HPV no psicológico da mulher

O impacto do HPV no psicológico da mulher

DA REDAÇÃO

11/11/2010 - 12h55
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O aparecimento das verrugas genitais, que são causadas pelo papilomavírus humano (HPV), causa um grande impacto na vida das mulheres, segundo estudo realizado recentemente com as pacientes do Ambulatório de Colposcopia da Santa Casa de São Paulo.

De acordo com o levantamento, a preocupação e o medo, com 69% e 66% de incidência respectivamente, são os sentimentos campeões quando o diagnóstico de HPV é revelado. Em seguida, estão raiva (31%), tristeza (28%), vergonha (24%), culpa (17%), surpresa (14%), impotência (7%) e indiferença (3%).

O estudo, realizado com 29 mulheres, de 15 a 70 anos, aponta ainda que, entre as razões para o medo, estão a possibilidade de não engravidar futuramente, de perder o útero e de contrair Aids. Quanto ao sentimento de raiva, o principal motivo é a probabilidade de ter sido infectada pelo parceiro. Outros receios são a possibilidade de passar o HPV para o filho ou de desenvolver câncer de colo do útero, que anualmente causa a morte de 270 mil mulheres no mundo e quatro mil no Brasil.

Segundo a Dra. Adriana Campaner, coordenadora do estudo, o resultado espelha o dia a dia do ambulatório. “Na prática clínica, percebemos que, em muitos casos, o impacto psicológico é maior do que o causado pela notícia do câncer de colo do útero, pois este último não é visível. Muitas pessoas não sabem, mas o HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum e afeta 630 milhões de pessoas no planeta. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 32 milhões de novos casos de verrugas genitais são registrados no mundo a cada ano, sendo que, a cada minuto, uma pessoa irá desenvolvê-la”.

No âmbito social, a pesquisa revela que 41% apresentaram problemas na atividade sexual e apenas 49% disseram que passaram a usar preservativos em todas as relações sexuais após o diagnóstico. Entre elas, 21% relataram presença de conflito com o parceiro correlacionando a doença com infidelidade e 10% romperam seus relacionamentos afetivos por causa desse conflito.

Os valores culturais e o estilo de vida exercem grande influência no enfrentamento da doença nos aspectos que envolvem diretamente a mulher e o parceiro. “Como o HPV é uma doença de transmissão sexual, a questão da fidelidade aflora, tornando-se imprescindíveis o diálogo e o questionamento da relação do casal. O parceiro, nessa fase, a faz lembrar-se da traição, do sofrimento e da desilusão”, explica a Dra. Adriana, chefe do Ambulatório de Colposcopia da Santa Casa de São Paulo e professora da disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Ciências Médicas da mesma instituição.

Dentro desse cenário, a prevenção é um fator-chave para evitar esse tipo de impacto na vida das mulheres. A abordagem combinada de vacinação e exames regulares – como o Papanicolau e a consulta ginecológica de rotina– são as melhores maneiras de evitar o contágio do vírus HPV, já que o uso do preservativo diminui a possibilidade de sua transmissão na relação sexual, mas não evita totalmente o contágio, bem como a sua evolução.

Sobre o HPV

A infecção por HPV, a mais comum das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), atinge mais de 630 milhões de pessoas no mundo. Os HPV tipos 6 e 11 causam aproximadamente 90% das verrugas genitais e cerca de 10% das lesões displásicas de baixo grau do colo do útero. Os HPV tipos 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero. Estima-se que esses dois tipos do vírus causem de 40% a 50% dos cânceres vulvares e 70% dos cânceres vaginais.

Todos os anos, ao redor do planeta, 500 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo do útero e cerca de 270 mil morrem vítimas da doença. No Brasil, mais de 18 mil novos casos são registrados a cada ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Sobre a vacina

A vacina quadrivalente contra o HPV é a única que evita o desenvolvimento das verrugas genitais, pois previne o contágio por quatro tipos do papilomavírus humano (6, 11, 16 e 18). Atualmente é indicada, no Brasil, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos, para a prevenção de cânceres de colo do útero, de vulva e de vagina causados pelo HPV tipos 16 e 18, das verrugas genitais provocadas pelo HPV tipos 6 e 11 e das lesões pré-cancerosas ou displásicas causadas pelo HPV tipos 6, 11, 16 e 18. Os HPV tipos 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero, sendo que o HPV tipos 6 e 11 causam aproximadamente 90% das verrugas genitais e cerca de 10% das lesões displásicas de baixo grau de colo do útero.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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