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Obesidade da mãe durante gestação contribui para anemia no bebê

Obesidade da mãe durante gestação contribui para anemia no bebê

oqueeutenho - band

18/07/2012 - 05h00
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Diversos estudos têm mostrado que a obesidade da mãe, principalmente durante a gestação, pode trazer uma série de consequências à saúde do filho logo ao nascer. Agora pesquisadores apontam que a obesidade gestacional afeta os níveis de ferro no sangue do bebê, levando à anemia ferropriva e consequentes problemas na formação do sistema nervoso.

O estudo foi feito com base em uma análise de hepcidina materna, um hormônio que é fundamental em manter os níveis de ferro equilibrados. Participaram 15 mulheres grávidas com índice de massa corporal (IMC) superior a 30 (obesidade) e 15 mulheres grávidas de peso saudável – com IMC entre 20 e 25 – como grupo controle. O sangue materno que serviu de base para o estudo foi colhido durante o segundo trimestre de gravidez e de ferro do recém-nascido foi colhido do cordão umbilical.

Os pesquisadores descobriram que os recém-nascidos de mães obesas e com níveis elevados de hepcidina foram associados a menores níveis de ferro ao nascimento. Segundo a pesquisa, sabe-se que a obesidade faz com que o organismo dos adultos produza altos níveis de hepcidina em comparação àqueles de peso considerado saudável e os autores sugerem que a superprodução do hormônio interfere com a transferência de ferro da mãe para o bebê.

Durante a gravidez, os níveis de hepcidina são mantidos em níveis baixos para otimizar a transferência de ferro da mãe para o feto. “Quando há excesso de hepcidina em uma célula, ela se liga e inibe a função de ferroportina, a proteína que permite que o ferro passe através da membrana celular para a corrente sanguínea”, diz o líder do estudo Simin Nikbin Meydani, do Centro de Pesquisa de Nutrição Humana no Envelhecimento da Universidade Tufts (USDA HNRCA), nos EUA.

“A inflamação crônica de baixo grau, que pode ser um resultado da obesidade, desencadeia uma resposta imunológica anormal, aumentando a produção de proteínas que aumentam os níveis de hepcidina”, acrescentou Maria Carlota Dao, que também participou da pesquisa.

Como o ferro desempenha um papel crucial na formação do sistema nervoso central, as crianças nascidas com deficiência de ferro estão em maior risco para atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo.

“Os dados sobre o impacto dos baixos níveis de ferro materno sobre o feto vem de populações subnutridas”, explica Sarbattama Sen, neonatologista que também participou do estudo. “Este nosso primeiro estudo demonstra que a obesidade pode dificultar a transferência de ferro da mãe para a criança e oferece alguns ‘insights’ sobre o mecanismo de como isso ocorre. Futuros estudos, no entanto, são necessários para confirmar o papel da obesidade associada à inflamação durante a gravidez”, conclui.

Os autores salientam ainda que mais pesquisas são necessárias antes de que se proponha qualquer alteração às orientações dietéticas ou recomendações para as gestantes com sobrepeso ou obesas. Mas eles lembram que os suplementos vitamínicos pré-natais contém 27 miligramas de ferro, a quantidade diária recomendada atualmente pelo Congresso Americano de Obstetras e Ginecologistas.

“Durante a gravidez, as mulheres devem tentar manter uma dieta variada e saudável e tomar as vitaminas recomendadas por seus médicos,” Sen acrescenta. “Metas de ganho de peso devem se basear no IMC da mulher antes de ela engravidar.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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