Especialistas alertam que mastectomia impõe riscos e só deve ser feita em casos de predisposição genética, mas reconhecem que atitude da atriz pode ajudar a reduzir preconceitos e quebrar tabus.
É o medo do câncer que leva muitas mulheres a retirarem os seios. A chamada mastectomia é um procedimento de remoção do tecido mamário, que geralmente é substituído por enxertos de gordura ou de silicone. O mais recente exemplo de escolha por esse passo – para muitos radical – foi o de Angelia Jolie. Mas ela não é a primeira celebridade a fazer essa opção.
Sharon Osbourne, mulher do roqueiro Ozzy Osbourne, fez a cirurgia no ano passado. Christina Applegate, conhecida pelo papel de Kelly Bundy na série de TV Married with Children (Um Amor de Família, no Brasil), viveu a mesma experiência em 2008. Nos dois casos, ao contrário do de Jolie, ambas já haviam sido diagnosticadas com câncer.
Na Alemanha, é cada vez mais comum as mulheres optarem pela operação como uma forma preventiva de tratamento. Porém, isso só é indicado quando há uma predisposição genética, afirma Suzanne Briest, médica e porta-voz do centro que pesquisa câncer de ovário e de mama na Universidade de Leipizig.
De acordo com o Instituto Alemão do Câncer, cerca de 74 mil mulheres recebem o diagnóstico de câncer de mama todos os anos. É o segundo tipo mais letal da doença. Cerca de 5% das pacientes estão geneticamente predispostas. Aquelas que têm na família três ou mais parentes diagnosticadas em uma idade jovem com câncer de mama ou ovário devem fazer um teste genético, dizem os médicos, de forma a aumentar as chances de cura. Com o teste é possível saber se a mulher carrega os genes BRCA1 ou BRCA2, causadores do tumor.


