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Operadoras podem acabar com planos ilimitados de internet móvel

Operadoras podem acabar com planos ilimitados de internet móvel

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21/10/2014 - 04h00
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Depois de ultrapassar o limite da franquia de dados, clientes das principais operadoras do Brasil têm as velocidades de conexão drasticamente reduzidas – mas ainda conseguem manter os smartphones conectados e trocar mensagens no WhatsApp, por exemplo. Só que esses planos de internet ilimitada parecem estar com os dias contados: segundo reportagem desta segunda-feira do jornal O Globo, as operadoras Vivo, TIM, Oi e Claro passarão, em breve, a cortar a conexão de seus usuários que extrapolarem na navegação.

No entanto, a ideia não é impedi-los de navegar, e sim começar a oferecer novos planos – no caso da Vivo, a empresa que abrirá a temporada de alterações, um de 50 MB, que custa 3 reais e vale por uma semana, por exemplo. As mensagens com as ofertas serão enviadas aos usuários assim que a cota for excedida, e bastará respondê-las para ativar o acréscimo e navegar com velocidade “alta” – e não a 32 Kbps, como acontece hoje.

Conforme relatado pelo Tecnoblog no começo do mês, a mudança na estratégia começa a valer já no início de novembro, como mostra esta captura de tela. Ela afetará, inicialmente, apenas usuários do pré-pago, que têm à disposição três pacotes de internet diferentes: um de 40 MB por semana e outros dois, mensais, de 200 MB e 400 MB.

Clientes em Minas Gerais e Rio Grande do Sul serão os primeiros a notar a alteração, segundo O Globo. E nos meses seguintes, a operadora pretende estender essas modificações a outros estados e também a usuários de planos pós-pagos, enquanto TIM, Oi e Claro deverão lançar planos similares em breve, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal.

Por que acabar?

Um diretor da Oi entrevistado pela publicação afirma que a mudança segue uma “tendência mundial”, o que não deixa de ser verdade. A operadora norte-americana AT&T, por exemplo, foca hoje na oferta de planos com limite de dados – mas bem mais altos do que os oferecidos hoje pelas marcas brasileiras, chegando a 100 GB mensais no plano mais caro de internet compartilhada, contra 6 GB da Vivo. No pré-pago, são 60 dólares mensais para 2,5 GB e mais 10 dólares para um giga a mais no limite de dados. A concorrente Verizon segue a mesma linha, e cobra, normalmente, 10 dólares por GB acima da cota mensal do pós-pago.

O mesmo executivo da operadora brasileira ainda explica que a redução na velocidade visa até “agradar” aos clientes. Segundo ele, os assinantes têm uma “experiência ruim” e começam a ver as empresas com maus olhos quando navegam lentamente, e ao oferecer uma cota extra – por um acréscimo no preço, é claro –, isso deve acabar. A ideia de aumentar a receita arrecadada com internet móvel também deve entrar na lista, de acordo com o jornal, já que hoje ela representa apenas 29% do total das empresas do ramo, contra 68% do Japão.

Ainda assim, a diferença de preços e limites de dados é gigante se compararmos o que é oferecido lá fora com o que é apresentado pelas operadoras daqui. Ou seja, apesar de seguir uma “moda”, as alterações feitas pelas empresas brasileiras precisarão ser seguidas de uma gritante melhora na infraestrutura de rede – ainda falha em muitas regiões, inclusive centrais – e também nas ofertas de planos, hoje relativamente caros.

Alternativas e o 0800

– Se você tiver excedido a cota mensal ou semana após as mudanças entrarem em vigor, não haverá muito que fazer além de correr para uma área com coberta Wi-Fi, pagar pelo extra ou assinar um plano mais caro e com limite maior. Mas iniciativas como o 0800 Dados devem, futuramente, garantir acesso ao menos a serviços essenciais, como bancos e sites governamentais – mas nada de WhatsApp, provável e infelizmente.

Revelado há dois anos, o projeto tem envolvimento de órgãos do governo e da fabricante de chips Qualcomm, que o discutiu com um grupo de jornalistas, inclusive de INFO, na última Futurecom. Vice-presidente executivo da empresa, Cristiano Amon explicou na conversa que a ideia da “ação pioneira no mundo” é “fomentar a inclusão digital” – algo que, por consequência, acaba expandindo o mercado de smartphones. “Acho que em alguns anos teremos serviços privados e públicos seguindo o conceito”, disse o executivo, que citou o banco Bradesco como exemplo de instituição envolvida.

Fora isso, a operadora Claro já dá acesso gratuito a redes sociais como Facebook e Twitter em sua rede de internet móvel. Enquanto isso, a TIM permitirá aos clientes usarem o TIMmusic by Deezer sem que o serviço de streaming de música – que já cobra pela assinatura mensal – interfira no limite de dados, para ficar em dois exemplos mais conhecidos.

A Vivo, primeira da lista de operadoras a modificar os planos, prometeu à reportagem d’O Globo que avisará antes os clientes sobre a alteração na assinatura de internet. E segundo o jornal, é bom mesmo que o faça, porque a legislação atual já exige que alertas assim sejam dados com pelo menos 30 dias de antecedência.

Tecnologia

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

Tecnologia

Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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