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CRIANÇAS

Queimadas na Amazônia geraram custo adicional de ao menos R$ 1,5 milhão ao SUS

Queimadas na Amazônia geraram custo adicional de ao menos R$ 1,5 milhão ao SUS

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Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na manhã desta quarta-feira, 2, apontou que as queimadas na Amazônia geraram um custo excedente de pelo menos R$ 1,5 milhão ao Sistema Único de Saúde (SUS) somente para o atendimento de crianças de até 10 anos. A pesquisa concluiu que, nas áreas mais afetadas pelo fogo, o número de crianças internadas com problemas respiratórios dobrou.

Ao todo, em maio e junho deste ano, o SUS registrou a internação de 5,1 mil crianças, 2,5 mil a mais do que o normal, em 100 municípios da Amazônia Legal, em especial nos Estados do Pará, Rondônia, Maranhão e Mato Grosso.

"Nós notamos que, em geral, 6% dos leitos nos hospitais são dedicados à internação por problemas respiratórios, mas nesse período dobrou, chegou a 12%, sobrecarregando os hospitais", disse o sanitarista Christovam Barcellos, da Fiocruz, que coordenou o estudo.

A pesquisa leva em conta apenas os leitos operados pelos SUS, o que indica que o impacto das queimadas na saúde deve ser muito maior. "Neste momento, a pesquisa considera apenas crianças de até 10 anos, mas há ainda os idosos, adultos com problemas respiratórios e população indígena, que tem praticamente um serviço de atendimento de saúde à parte", assinala Barcellos.

A pesquisa levou em consideração as queimadas que acontecem no que é chamado de Arco do Desmatamento, que inclui os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, parte do Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins, em geral, de maio a outubro. E isso também serve de alerta para mostrar que o impacto dos resíduos de fumaça pode atingir pessoas a muitos quilômetros dos focos de incêndio.

"Essa fumaça pode percorrer centenas de quilômetros. "Porto Velho não tinha nenhum foco de queimada, mas foi sobrecarregada de fuligem. O aeroporto de lá chegou a ser fechado por falta de visibilidade", ressalta Barcellos.

O pesquisador destaca que os números servem de alerta para um melhor aproveitamento das unidades de atenção básica à saúde - boa parte dos casos de internação, segundo ele, poderia ser evitada se houvesse um melhor atendimento nos postos de saúde.

"O SUS tem que ir para rua. Não pode esperar que as pessoas cheguem ao hospital, tem que ir às comunidades, fazer busca, reforçar os serviços de saúde do indígena, orientar sobre como se comportar nesses casos, fazer um primeiro socorro dentro de casa, procurar posto de saúde", aponta. "Na Amazônia, as distâncias são muito grandes, às vezes um atendimento pode levar dias só com deslocamento", alerta.

Os dados constam no informe técnico elaborado pelo Observatório de Clima e Saúde, projeto coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz, que contou também com cientistas da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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