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Redução de sódio no pão tem aval de nutrólogos

Redução de sódio no pão tem aval de nutrólogos

THIAGO ANDRADE

08/01/2012 - 00h02
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O consumo excessivo de sal é uma das preocupações em relação à saúde dos brasileiros. Com isso em mente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preconiza a redução de sódio em pães franceses em 10% até 2014. A ação faz parte do Guia de Boas Práticas Nutricionais – disponível no endereço www.portal.anvisa.gov.br – que visa oferecer medidas propiciando alimentação saudável com menores teores de açúcar, gorduras trans e saturadas e sódio.

Uma unidade de pão francês, com peso médio de 50 gramas, tem em média 320 miligramas de sódio. Com a redução, a quantidade de sódio chegará a 289 miligramas. Segundo Denise Resende, gerente-geral de alimentos da Anvisa, a medida não é obrigatória, mas por meio do guia, busca-se conscientizar os setores responsáveis pela produção e divulgar o guia entre os associados.

Embora seja pequena, a redução de 10% de sódio no pão francês, segundo a médica gastroenterologista e nutróloga, Luciana Araújo Bento, de Campo Grande, ela tem papel fundamental. “Com essa ação, chama-se atenção para a necessidade de reduzir o consumo de sódio, que no Brasil está muito acima do recomendado”, explica. Atualmente, os brasileiros ingerem cerca de 12 gramas da substância química, quando o indicado fica entre 2 ou 3 gramas ao dia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que se houver redução de consumo de sal para 5 gramas ao dia, isso diminuiria em 10% a pressão arterial da população, em 15% os óbitos por acidente vascular cerebral (AVC, chamados de derrame) e 10% em óbitos decorrentes de infartos. Cerca de 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicamentos para hipertensão e a expectativa de vida dos hipertensos seria aumentada em quatro anos.

“Comemos muito sal das mais diversas maneiras. Desde o tempero do macarrão instantâneo à salada, tudo leva sal em excesso e o paladar do brasileiro é acostumado a isso. Por isso a dificuldade em cortar o sódio da dieta”, considera Luciana.

Segundo ela, em casos de pacientes hipertensos, com insuficiência renal ou cirrose, a primeira indicação é tirar o saleiro da mesa, no entanto, isso não é tão simples. “Qualquer corte brusco não é bem recebido, portanto, temos que reduzir aos poucos”, descreve a nutróloga.

Há 25 anos trabalhando como padeiro na Panificadora Tietê, Aldo Penze de Souza disse que ainda não recebeu nenhuma orientação para iniciar a diminuição do sal, e acredita que a iniciativa, benéfica à saúde, não vai alterar o sabor do produto. “A redução do sal pode trazer os benefícios para a saúde, mas certamente não vai mudar o sabor e nem o aspecto do pãozinho”.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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